Jogos são passatempos
Como conviver com irmãos
Sobre a imaginação de inimigos
É a possibilidade de criar sistemas
Desde as teorias mais fundamentadas
Às realizações tão simplícias
Desta e d´outras vidas
*
*
Uma regra fácil
Absolutamente sistemática
Simples e incontestável
A gente morrerá
(Nós todos morreremos)
Avisem aos "poderosos"
Expliquem aos ignorantes
Acalentem os que agonizam
Eles morrerão
Os bons morrerão
Os maus morrerão
Morrerão os pobres
Morrerão os ricos
Os bichos morrerão
As plantas morrerão
Morrerá a "madre"
Morrerá o padre
Morrerá quem mata
O velho e o novo morrerão
O belo e o tosco morrerão
Eu morrerei sabendo
Que a morte existe no tempo
O tempo é uma criação
E o tempo acabará
Então a morte morrerá
Só Deus que não
*
*
Não é nenhuma novidade da última hora
Mas isto é o máximo
Estou escrevendo só com o som da fala
Isso é a prova que o Mundo é uma bolinha de surpresas
Neste Universo vasto
Tem hora que o Mundo parece uma bola sem graça
Nos momentos mais parados
Tem hora que aparece alguém de longe e mexe, simplesmente
Tem hora que as imagens lembram o que já foi passado
Tem hora que nada funciona mesmo
Nem mesmo o entendimento da fala
Mas, isso é mesmo o máximo
Porque mesmo sem teclado eu falo
E surpreendentemente as palavras aparecem
No branco digital da tela
Dá-se conta de que é alguém que fala sozinho
Dentro de um quarto a pensar
Em tudo que há por aqui
Em pessoas do lado de lá
E mais, em tudo que há dos dois lados
*
Surgem preces que precedem o embarque Rumo ao verde mata que morre por mim Ai de mim se o folclore me encontra falho Lembrará que plantei vi...