Essa é a foz do ribeirão Meia Pataca. O fim de um rio que desemboca em outro. Afluente de outro rio. Esse ribeirão deságua no Rio Pomba que está logo ali abaixo, mais largo e profundo, e também assoreado. O ribeirão Meia Pataca está muito assoreado. Ilhas de areia de ponte a ponte, impacta-se. E é fétido, sujo de plásticos humanos e descargas, é raso, há animais natantes, voadores e mamíferos, más provavelmente todos contaminados. Algo a registrar para se organizar fazer um artigo científico sobre os ecossistemas silvestres e humanos ainda existentes na própria cidade que você nasce, cresce, reproduz e morre. Nota-se há anos cada vez mais que está assoreado o ribeirão Meia Pataca. Seus cílios estão sendo retirados há décadas, ontem mesmo, derrubaram grandes árvores e outras em crescimento. E há quem diga quando contemplando a caminho, mirando a calha pelada do rio ao longe: "Como é bonita a paisagem, vê-se a água corrente...". É que o retrato traduz camadas do tempo de descuido com a natureza. As cidades creciam primeiro com os mandos, depois com os títulos, a seguir as produções em volta, as vendas dentro, as vendas fora, depois as grandes feitorias e as transformações, agora as tecnológicas, tudo isso sobre o solo brasilis atlântico. A matriz natureza. A saber que os abates das arbóreas prejudicam as contenções naturais dos torrões das margens, fora ou dentro dos meios urbanos, estendendo aos meios rurais até a foz, pois, deveriam ser preservados, diz a lei com métricas, quiçá conservados em administrações políticas, e mantidos, replicados, reforçados, mas não removidos. Indivíduos arbóreos exóticos ainda que não nativos executam a função de contenção e composição natural do solo. Justifica-se permanência até substituição por causa natural. Derrubar gigantes entopem-nos de farelos. Quem é o Diretor?
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