quinta-feira, 6 de agosto de 2009

The Moon


Críticas à Humanidade

Caro mestre escritor, venho observado ao andar com passos de peregrino, como homem humilde que sou, observador dos acontecimentos periódicos no tempo a todo instante, o quão a nossa humanidade actual é desorganizada e muitas vezes feia, negativa e confusa. Em muitos aspectos, não em todos, salva guardada por alguns nobres de espírito e bem feitores da harmonia e correctos actos. É somente uma crítica referente ao Mundo e ao homem, que posso dividir em três exemplos, primeiramente negativos, sem nunca esquecer da sequência de pontos positivos que há por toda parte. A positividade aliás é nossa própria procriação, a oportunidade de existir para construir, fazer e realizar. A construção em sí não deve ser vista como a matéria bruta ou expansão de terreno horizontal ou vertical, como fronteiras e apartamentos, mas sim a formação do ser interno, da mente e do que os membros e as capacidades podem fabricar em benefício ao Mundo para a posteridade. Enfim, o que há de mal no mundo é a má comunicação. O simples bom de tudo, divino entendimento do todo.

CONTO

Certa vez em terras da península ibérica aconteceu um grande e simples desentendimento num diálogo de um francês com um hindu, nativo da América do Sul. A conversa entre ambos é baseada num rapaz do velho mundo, “civilizado”, em pose de comando e cheio de artimanhas exteriores, como a própria vestimenta e instrumentos que carregava – uma máquina de registar paisagens e conexões numa rede de mensagens instantâneas, estas que fazem conectar pessoas do globo terrestre no mesmo tempo, independente do local e da hora em cada lugar – e um simples homem andarilho de ordem sabedora das terras por onde passara.
Pois, o nativo hindu sul-americano olhou o céu no fim daquela tarde e início da noite e viu no horizonte ao longe, acima das árvores da floresta a lua cheia e disse:
- Look, the moon
- Demon?
- No… mira, la luna, the moon…
- Luna?
- Yes, look – Apontava avante o nativo mostrando aquela gigantesca lua branca no céu, mas mesmo assim aparentemente o francês não entendia e demonstrava estar perdido, confuso.
E continuou o hindu a apontar o dedo ao céu, fazendo ver o civilizado homem do velho mundo:
- Olha meu amigo, look brother, mira la luna, en sky, el globo de prata, luz en la noche, a lua, satélite. – Assim falou o simples homem numa grande frase diversifica de sinais, justamente aquilo que gostaria de prosseguir numa conversa.
Então, depois de toda esta insistência num tempo de conversação quase perdido, onde a essência era a contemplação da lua que despontava cheia no horizonte, e só mesmo depois de tanta descrição e formas tão fáceis de entender uma mensagem simples, visual e universal, é que o diálogo se completou, sobre a lua, todos os dias e noites existente sobre nossas cabeças.
Por fim disse o hindu a sí mesmo em voz alta ainda de olhar fixo na lua que movia pelo céu:
- Falei em três línguas ou mais por você, dama da noite, e vi que somente eu e a lua nos entendemos. Por amor estarei vivo, até quando apareceres sobre qualquer ser inferior à luz que o sol lhe proporciona.


Eis aí um enorme pretexto para se criticar a humanidade: A falta de atenção comunicativa entre raças, sobre línguas latinas ou faladas por muitos, sobre a dificuldade de levar adiante o entendimento harmonioso com o tempo e a continuidades de assuntos ramificados de factos mundanos, simples assim de permanecer ou rejeitar na espiral evolução mental.

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