quarta-feira, 23 de março de 2011

Pesado

Faça do peso de seus olhos e pensamentos sobre o julgamento de outrem os seus cuidados das armadilhas da malícia desta vida.
Meça a garantia de absorver os frutos deliciosos provindos da justiça mor ou amargar os pecados das aventuras da sensualidade.
E viva, como o ritmo do suspiro, como o longo respirar.
Mago, mestre de cajado, olhar cintilante num foco distante.
Peregrino, sempre justo fiel dos santos, amante do campo e do povo campestre.
Guerreiro, de paz e de guerra, em terras e mares com marcas que jazem.
Flautista, sois raro cantante, seus pios celebram os pios dos deuses.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Registro no vento


Um vento que trás movimentos as coisas distantes e leva para longe as coisas de Avis. Um tempo que corre e demora chegar ao destino e não se esconde. Melancolia, sentimento do pobre, felizes artistas que bebem alegria. Na brisa, está escondida a velha poesia do meu caminhar. Lá, bem longe a montanha, as ondas que chegam só beijam uma vez as areias do mar. Monta seu sonho menino, levanta essa lança, descrava do peito e devolve ao ar.

domingo, 20 de março de 2011

Partirei

O horizonte não cabe nos meus olhos, o tempo escorre nas minhas mãos, o tempo escorre pelas mãos de todos os vivos. O mestre verde sábio me escreveu e me alegrei por tamanha importância de participação. O meu futuro a Deus pertence, adeus todo dia, amanhã responderei. Chego agora além do horizonte, num simples piscar de olhos. Durmo, sonho, bela dama, ao lado, perto longe canto. E o mantra Hare Krishna, vejo a bela pequenina, saltos como amazônas, tenho medo de acordar. Abro os olhos vejo a lua, meus cabelos crescem crespos, calejados de andanças, frente ao vento, sob o sol, lisas apenas as raízes que regam o meu coração. Não sou nada simples homem, que um dia partirá.

segunda-feira, 14 de março de 2011

O DOM

O Dom da crença, o Dom do mistério, o Dom Sebá. Sebastião novo, de negro em cavalo branco, com face branca, pálida de vida e talco, morte escondida ainda. Há quem diz, há quem canta, quem escreve, pensa, espera e ainda vê. Eu sou, tenho-o dentro de mim. Não misturo outras crenças, nem messias, nem outros reis que existiram, existem ou existirão. É o dom da crença que faz despertar o auto-conhecimento e o poder de consciência sobre as coisas simples. E sobre as coisas simples a morte é mais poderosa que a própria espada, paralisa até o trote da besta. E sobre as coisas altivas, nobres, só uma imagem. A imagem de um homem iluminado, sem crias, triste e belo, com destino certo e final incerto, corajoso frente seus inimigos, incompreensível por seus súbditos porque ele desapareceria… por quê? Para ter uma história assim, para que em Sebastião meditassem muita gente, poucos nobres, muitos fiéis, tantos sábios e religiosos, onde o paganismo até se curva diante de tanto sobrenatural momento da história. Se ele está, aqui presente está. Se ele voltará, há-de voltar. O seu passado já foi dito. Se ele aqui está, assim ele é. Quando ele voltar assim ele virá.
Viva Sebá!

Por: Thiago P.N.

terça-feira, 1 de março de 2011

Mundo Globo

Não digo não, pois o Mundo é positivo
Estou parado, mas o globo aconselha-me andar
Vejo inverno hoje, sinto as flores a sussurrar
Brisa leve caem folhas, no verão irei reinar.
Dizer do sol como homem, simples manto iluminado
Manto este de esperança, cantos, nomes do Senhor.

MEMÓRIAS DE UM IDO (S. MIGUEL/AÇORES - 2004)

Acredito: Depois que você entra no paraíso você descobre tudo aquilo que projetava e o que realmente existia. Além disso o que haveria ou nã...