sexta-feira, 29 de junho de 2012

Delá Delá


Leste poesias de Vinci?
Quando foi que a memória gravou todos os pensamentos.
E o pilar que a sua frente prostra, tão direito como as cordas do relógio.
“Havia, de haver”. Há um fosso composto de sons, um semi círculo de arte errante.
As vinte e cinco horas de um dia maior emanam no tempo energia vitelo, vitalícia.
No teto a pedra, ao lado as hastes, no chão a terra, no meio o ar.
Deitas o corpo, alongam suas pernas e cruzam nos olhos sinais bem-querer.  
Para os cientistas deus é o Big Bang.
Para a ética o legal não gera dúvidas.
O ilegal provém de génese e géneses são recriações.
Multi vigentes são entes, e as cobaias e a população.    

sábado, 23 de junho de 2012

TRI


Tranquilidade há para traduzir todas as religiões ao situar-se no meio entre o passado e o futuro.
* * *
E se as conchas me mostram somente uma de suas faces,
então me concentro e me transformo em sal.
* * *
Peço ao fogo de minhas velas, que encaminhe meus pedidos aos corações dos anjos, para que esses possam iluminar a minha vida!

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Material


Toda a mão.
Tudo à mão.
Horizonte extenso.
E o vértice pendular.
Uma cinza que ardeu,
Como fogo que espalhou.
Um tesouro de puro ardor. 
Tempestade, calmaria, nova era.

sábado, 9 de junho de 2012

Casarão


Confusão presente, natureza ausente.
Seja frio a noite nebla, seja o sol incandescente.
O caminho traça a frente, sem piedade, franco e ardente.
Na casa velha, descansam pedras que um dia enfim reerguerão.
Despontam ervas de bravas forças, rompem pisos em solo fosco.
Na presença do inimigo, a língua pousa ao céu-da-boca e prevalece a retidão.
Um sorriso pertencente ao mais nobre sabedor que atento ouve o pio do anúncio protetor.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Purifica


Raízes dormentes, sujeitas ao corte do ferro.
Imóveis aglomerados e terras sem gente.
Sujeitos inúteis em postos vigentes.
Justiça alarmante, os podres, os pobres.
Purezas que brotam, entranhas da mente
São calmarias e esperanças, são súplicas e fé.

MEMÓRIAS DE UM IDO (S. MIGUEL/AÇORES - 2004)

Acredito: Depois que você entra no paraíso você descobre tudo aquilo que projetava e o que realmente existia. Além disso o que haveria ou nã...