quarta-feira, 29 de junho de 2016

A NOVA PONTE PÊNSIL

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Sorria "(?)", você está sendo filmado
Claro, estamos na era de Aquárius
Você fala o que tem que ser falado
Relevantes evidências da mudança
Note que a justiça tem seus mandos
Bons natos munidos de atos fortes
A política está a povoar os palácios
Das alvoradas escassas de encanto
Autorias boas são as armas certas
Porque o tempo sabe os seus planos
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quinta-feira, 23 de junho de 2016

QUE MARAVILHA DE PORTO, RIO!

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Na volta, a cidade de Pedro estava toda branca. Toda a serra estava nublada. O frio de fora ultrapassava o vidro do carro alto. A noite chegara cedo. Já às cinco e meia estava tudo breu, o mesmo que há doze horas estava no meu erguer. O sol deu um "oi" e um "tchau", o suficiente para tirar a manga comprida. A cidade que tem nome de água doce, ora às vezes agridoce, ora às vezes amarga, e que também é olímpica, estava agitada. Havia construções por toda parte. Na ponte longa e ondulada, por cima circulavam, por baixo navegavam, e o porto na baía revelava-se tímido entre os casarões imperiais. No meio da praça espaçosa pousado estava um projeto de aeronave que voaria muito mais que 14 vezes justamente por causa das repetições do inventor. Uma coluna em forma de pilar romano destacava uma estátua de Mauá aparentemente satisfeito. Eu, intrigado, pensava em quê aquele Barão poderia dizer daquela vista? Diria: "Que bom, além de construir estão a recuperar". Contudo sem dúvida alguma eu digo: "O Aquário é um colosso, gigantesco. O Adamastor está a nosso favor".
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terça-feira, 21 de junho de 2016

A VERDADE DE KISSHOT

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Tu, Pança, por que é que mudas? Por que é que calas? Para quem te fala?
Tu, Pança, que chulé te afeta? Qual barriga olhas? Que desenhos tens?
Tu, Pança, em que mesa apoias? Que incenso cheiras? Qual fazenda tem frutos do mar?
Pança, teu amigo é Poseidon, teu amigo é de Atlântida, de um porto vem para em outro morar.
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sábado, 18 de junho de 2016

CRÔNICA: AVE É BOM

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As avenidas da cidade continuam robustas e arborizadas
As ruas tombadas, aliás, as praças
As gentes nascidas nessa terra são igualitárias
Iguais por terem vida, mesmo que diferentes
No ponto de vista romântico são boas "nalguma" coisa
Desde os que cativam aos que não têm pratas
Há pois uma diferença física que impacta
O trem não passa trazendo ou levando nada
Por causa das máquinas a densidade demográfica foi aumentada
Isso é uma crônica por isso conto o que aconteceu...
Me questionaram se eu trabalhava
Respondi: Com cristais de peixes
E perguntei a seguir: Isso paga?
É lógico! Estamos na Era de Aquárius
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sexta-feira, 17 de junho de 2016

O PASSADO DO PRESENTE

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Amei a alma de alguém tão fria como um gelo
Mergulhei o corpo em mil mares da imaginação
Fiz cartas aos astros todos além Terra e Via Láctea
Vesti os mesmos panos por mais de uma década
Doei meu fértil sangue ao velho norte renovando-o
Ganhei fios de ouro de uma sereia que me encantou
Juntei as pautas e os almanaques em coletâneas
Desenhei sublimes labirintos nos mantos dos gigantes
Com ímanes e esferas abri a porta onde a sorte mora
Descobri tesouros de naufrágios por conchas que me guiaram
Acordei de um sonho que o futuro chegou assim
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quarta-feira, 15 de junho de 2016

APRIMOREI: SEBASTIANISMO, A CRENÇA

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Ela existe viva neste tempo desde há outros
No lócus natural perceptível das letras lusas 
Sustentada pelo destino dos nascidos fiéis 
Brilhante como cristal polido em corredeira
Bruta como torrão de terra ouro encoberto
Nela mora a prole por seguinte ensinada
Sina de formar a perfeita geração nossa
Nota que a comunicação é contributiva
Visto que os movimentos são revelados
São ilesos os puros pensamentos claros
Pois seus atos não ferem a castidade própria
Por ser boa constam nobres qualidades natas
Assim sendo os aptos, adeptos são atraídos
Para a fundação de uma ordem inabalável
Que reinicia a expansão equilibrada do Império
Na unção de um Grão completo com a sua terra inteira
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"O REI"

segunda-feira, 13 de junho de 2016

CRÔNICO BRASIL: SINAIS DOS TEMPOS

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As músicas que essa turma ouve e dança, fala de palavras tão baixas e absurdas, desde há algum tempo, que as escolas, base de educação, estão sepultadas. As igrejas, aquelas de outrora banhadas a ouro, que “vendiam” lotes no céu sem tanto apelarem e casava casais que procriavam em casas fundamentadas, talhadas de artes, rococós e rodeadas de poetas, maestros e pintores, está sufocada pela liberdade desequilibrada das libertinagens de hoje. A República, Democrática, esta, caduca e centenária que arrasta explícita sem confiança e manchada por sedentos egos em busca de poder, controla a população ao confundir rebeliões com revolução. Porque estes são sinais dos tempos, do quinto dos infernos, de algum cavaleiro apocalíptico, que mata a capacidade do povo ser feliz em meio às desgraças. Um povo, ainda que sacana, prezava amante as curvas e silhuetas das mulheres comparado-as aos recortes da natureza, agora, expõem suas entranhas. Um povo, ainda que descalço fortalecia os corpos das crianças brincantes nas ruas, trocadas por uma seleção de penteados e estilos que foi roubada – vejam bem que golpe – pela mão de um “índio amazônico Inca”, tendo em conta o agravante haver gente que se chame “Hulk?”, “Dunga?”, “Ganso?”, entre outros nominados menos caricatos, todos ganhadores de milhões de dinheiro para sequer saberem falar direito... É de suspeitar até se haverá um próximo carnaval.
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É O FOGO

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Domingo de manhã, um friozinho à luz do sol, da sala vejo a praça pela porta envidraçada. De onde estou vejo a mesa da cozinha branca e o pardal sobre ela que bica as cascas de pão que fora antes comido com o queijo branco e sal do campo. Meus pensamentos voam ao passado onde vejo a cria correr no corredor rumo ao quintal aberto e o meu suspiro pertence àquela que me fez pai em outros ambientes. Ainda que o tempo passe trazendo o dia da subida à serra para descer ao Rio, ainda que meus pelos cresçam sem controle como um peregrino focado em fé, ainda que a noite chegue sem nenhum calor constante humano, eu continuo vivo crente no amor, porque eu amo quem amo.
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sexta-feira, 10 de junho de 2016

VAI E VEM DA RODA GIGANTE?

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É notável que após voltar de um lugar distante, logo no início, seus colegas te abraçam como nunca antes. Por outro lado ao rever amigos de longa data eles não te reconhecem mais. Existem pessoas na corda bamba que só querem saber o que deu errado na sua vida enquanto você prepara o pouso com um paraquedas. De uma hora pra outra o seu “papagaio de estimação” tem o nome do jogador que agora joga em outro time. Quão interessante é a pontuação da vírgula numa frase capaz de modificar todo o sentido da expressão e também o sentimento, gerando assim dúvida ou afirmação. O sono é um dos remédios para o cansaço de qualquer trabalho, qualquer. A saudade de alguém vivo é um embate tão cruel que se compara à perda de um pedaço do corpo a cada dia que passa ou; à melhor motivação de reencontro, para quem está desaparecendo. Alcunha lembra cunhagem que é um tipo de impressão como as feitas nas moedas. Contudo é um sinônimo de apelido, neste caso, quase o mesmo sobrenome de um inconsequente político que agora está literalmente “prensado”, isto quer dizer, “doído”.


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terça-feira, 7 de junho de 2016

CARTAS DO ATLÂNTICO SUL

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Meu bem. Está um inverno abafado em Minas. Frio só mesmo perto da Argentina. O Brasil está fazendo gols, mas são outros os goleadores. Mais que o Vasco da Gama em campo. Voltaram os veículos sobre trilhos entre bairros, como aqueles urbanos e intercidades da terrinha. Esperemos que o modelo possa ligar o Mercosul, como os que ligam a UE. Afinal já vivemos o futurismo. A “PF” é um prato feito para quem acredita em heróis. A “PF” é a Polícia Federal. Os políticos começaram a usar “coleiras” ao invés de gravatas. Então você consegue imaginar o que está acontecendo por aqui, não é? Se os políticos e os magnatas estão inda para a cadeia por roubar o Estado, onde estarão e o que estarão fazendo os marginais sem diplomas? Pense num filme de terror com todas as maldades possíveis. Por isso, precisaremos construir mais cadeias que hospitais ou escolas. Entenda que primeiro precisamos conter, quiçá, eliminar esses males. Em simultâneo cuidar e educar da nova geração. Entenda novamente, que a emergência é sobre um combate preciso e imediato contra os males, ao mesmo tempo que se forma gradativamente uma nova mentalidade. Mas não se preocupe, a pirâmide social vem ficando cada vez mais homogênea. Há casais reprodutivos e não reprodutivos e descasais. Respeito e boas ações são os atos que importam mais. Não acredite em Golpe de Estado. Isto não aconteceu, ainda. Os políticos que caíram choram querendo voltar. JAMAIS! No passado teve um presidente que desceu a rampa por roubar o país. O tempo passou, o povo esqueceu e ele está hoje novamente nos complexos dos Palácios. Não é que não o viram subir. Pior, votaram nele para que ele subisse novamente. O voto é um poder atribuído ao povo, para escolherem seus representantes. Isso é que deve ser JAMAIS. Os políticos que estão sendo mirados negam seus novos roubos sem ter para onde escapar. Escapar? JAMAIS. Mas o que quero lhe assegurar é que se o povo não souber se comportar minimamente o exército atuará para honrar tudo que há dentro do terreno, e mais, salvará além-fronteiras. Gostaria que aumentassem as fronteiras e para isso não há espaço para jamais. No meu ver há possibilidades pacíficas. Se o povo aglomerar-se nos morros a fim de zonear a ordem, aí então não será tão brando, pois a Marinha tem anfíbios que escalam a Mata Atlântica para içarem a bandeira nacional como prova que a ordem existe. Imagina nas planícies das praças pichadas e quebradas pelos anarquistas? Por fim, ainda sobre o terceiro pilar da Armada dessa manca República, infelizmente é verdade que a Aeronáutica ainda leva e traz esses políticos degradantes do país para suas pompas descartáveis rodeados de jornais. Mas, felizmente algum senso humanitário também existe na ajuda à medicina. Se bem me entende, e não tenho dúvidas disso, continuo minhas preces com uma mão na pena (escrita), e com força das maiores dessa tríplice, tenho a outra mão na espada. Isso quer dizer que o destino segue o seu curso natural, enquanto nós temos um elo para ser colado. Não tenha medo! Tenha confiança e fé!
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MOSTEIRO

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Esse é o som que sai dos meus dedos certos
É a base dedilhada e batida de um solo oculto
Uma reza ou um mantra cantado internamente
Dentro de um mosteiro próprio e recatado
É também o movimento que vence guerras
Conquista mares, montanhas e amores
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https://soundcloud.com/thiago-pinheiro-nunes/monge

domingo, 5 de junho de 2016

ARTHUR

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Seu filho é o máximo
Conquista com bravura 
As tempestades armam
Mas não caem ao seu filho
Arthur
As poses são finitas, fáceis
Aprimoradas em observações
A posse é abstrata, é trabalho
Simples é o rei de coração
Arthur
O corpo é forte dádiva
A alma um grão oferecido
O tempo passa no eterno
Renovação dos atos livres
Arthur
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O álcool é uma droga
Aceite, é uma alteração
Então, não compre!
Plante!
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Arthur
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quarta-feira, 1 de junho de 2016

A ETERNA LUTA DO MAL CONTRA O BEM

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O bem é desejável e seguido
Por isso o mal inveja intranquilo
O mal é o combustível das mentiras
Enquanto o bem é a límpida maestria
O bem é consumível nas raízes
Enfermo fica o mal com o ínfimo
O mal é o manípulo dos covardes
Seguro segue o bom barco do bem
O bem é sano em qualquer tempo
Confusões são os castigos do mal
O mal é a fachada nua do pré juízo
Ninguém toma o que ao bem pertence
O bem é o equilíbrio dos benditos
Tristeza é o comportamento dos malditos
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O VELHO DA TORRE ESTÁ FORA DA TORRE

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Está na atrofia (Loucura) que mora ao lado da consciência
Assente (Pendente), inerte na quadra aberta que é vista d´alto 
Na fala rouca da mulher bem quista de alma e corpo (Beleza)
Nas conchas valiosas das praias de (Segredo) Atlântida revelada
Na ilusão de controlar (Excesso) as forças humanas sem amor
O velho da torre está nos segundos lembrados dos Paços (Terra)
No céu que se abre para o aparecimento do desaparecido (Rei)
Está na primeira e na última inspiração dos surgidos (Vivos)
Sustentado pela inteligência dos iluminados de fé (Deus)
Protegido da degradação (Provas) das formas e essências
Atuante como um próprio ser, bom e pensante (Sapiente)

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MEMÓRIAS DE UM IDO (S. MIGUEL/AÇORES - 2004)

Acredito: Depois que você entra no paraíso você descobre tudo aquilo que projetava e o que realmente existia. Além disso o que haveria ou nã...