quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

SOBRE A LÓGICA DA DUALIDADE



A montagem é um processo lento
A desmontagem é um processo rápido
Demoram 100 anos para uma árvore ficar gigante
E alguns minutos para virar madeira
Então a solidão que temos é maior que o tempo que ainda teremos
De tão lento o procedimento por nós na montagem dos elementos do crescimento
Não sabemos em que ponteiro está o tempo que ainda temos
O pensamento defende a necessidade de começo, que é a construção da nossa vida
A teoria é isso, palavras, não basta, só fala, leituras, esquecem, massacra e não é prática
A própria prática é o movimento interno e externo dos corpos
Onde a mente quer exatamente o que a outra mente quer e o calor se nota quando próximos
Isto sim agiliza o processo lento que é a montagem dua da vida plena do homem e da mulher
Dua apenas até certo ponto, pois, ainda vêm as consequências
Mas a espera gasta, mesmo com a teoria pronta, mesmo com a prática imaginada
E a lógica de ser um em dois depende dos presentes, de certa forma manifesto em mil frentes
Escolher nada a fazer, é deixar – sem qualquer ato ou graça – o tempo escorrer

PARTE 2 DE DOM KISSHOT



Trecho de: Dom KissHot e Santo Pança 
Capítulo.: A Dora Té não te quer, Dom
(…)
Porque o seu cavalo é alto
E como galopante enfrentas tudo
Tem medo ela de cair da garupeira
Talvez prefira um pangaré rasteiro
Assim a queda na terra é como travesseiro
Mas é claro, ela não verá o pôr-do-sol mais tempo tal como a sua sorte
Tão pouco sentirá a brisa leve no seu rosto do mar imenso
Pois ela quer bem menos que natureza bela
Coitado então do escolhido que sem um porte como o seu
Estará ao lado dela sabendo ser ovelha comportada
Sem querer ousar brigar com o lobo seu
Olha! Por que não pega boleia naquele moinho de vento?
Lance a lança na pá mais alta, ganha impulso e vá parar no Monte Branco!

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

NÃO TENHA MEDO


O comboio é conduzido por bons primazes
Lá fora ao longe no alto o ar do céu tem cores
Mexido foi o terreno de quem ficou pensando apenas
Porque com a marca da boca nas mãos ainda pensa
O que é certo, puro, forte, belo, grande, extenso
Querer de todos a deidade viva cumpridor do esplendor perpétuo

domingo, 23 de fevereiro de 2014

O PÉ DA ÁRVORE É O PÉ DO ELEFANTE

Permeável bolha que engloba, infiltra e dosa as aproximações entre escudos das mais belas gentes
A ignorância é certa quando não se sabe quase tudo desta vida, retiro as passadas, as por vir
Humildade é renascer, isto iguala o mais novo e o mais velho, retiro a morte como exemplo
É uma dádiva receber a missão de sonhar mil e uma noites e isso me faz mais velho um pouco
Tranquiliza saber que há alguém a segurar bandeiras mesmo dentro de uma caldeira de emoções
Como ter casa e morar no Mundo, ter um tatâmi certo e uma rede para embalar
Namorar a lua é oferecer um beijo a quem a olha num outro lugar
Melhor buscar de perto um par para a prole de estrelas no céu fixar
Uma simples poesia me prepara muito mais que ascender o estopim do estrondo dos trovões
É verdade, toda chance é de ouro, mas quem conhece antes as certezas destas Opus?
Sendo chance apenas um pressuposto tenho todos os dias para encontrar respostas
Não é fácil, tenho sempre as mil coisas dos mil e um sonhos para equilibrar
Confiante cá estou, firme e forte num ditado popular:
“O que é para ser (é), seu ninguém lhe tirará”

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

RELATÓRIO DO MAIS NOVO MOR


Num mesmo quarto com três camas, dificilmente conseguia dormir depois de uma tarde agitada a correr na praça e a subir as árvores. Até conseguia rezar escutando músicas e seguro estar junto de dois gigantes, um quieto, outro delirante.

Minha fortaleza tem muitos átrios, isso quer dizer que tem muitas portas. As muralhas nunca estão tão perto. Poderia dizer que a maior muralha é o aro da grande esfera.

Aquela noite negra foi magia. Mas isso as muralhas não impedem a invasão do espírito. Porque a mística é invisível e imaterial. Contudo tenho as sete vidas, uma destas que foi gasta, levada pelas mãos do meu anjo da guarda. Mais seis vidas me sobraram, estas, ficaram nas mãos dos meus anjos reais.

O que desmoronou na verdade foi um gol contra. Mas, eu não jogava na linha. Não era o camisa 7, nem o 9, nem o 10, nem o 11. Eu era o 1. O goleiro. E não foi frango. Foi mesmo um gol contra. O pior de tudo é que no time eu tinha uma promessa em formação, goleador(a), nato(a), que agora não treina mais comigo. 

As feridas, as nossas, são iguais e ao mesmo tempo diferentes. É fácil entender assim: Se uma abelha nos ferroa enquanto na mesa estamos comendo seria de xingar esta abelha que aplica dor sem mais nem menos. Mas se na roça nós mexemos na colmeia, então justa é a ferroada. 

Me preocupo e me alerto, por isso meço, quando aponto os canhões para o céu. Pois, dependendo do ângulo a balística pode atingir-me. Dependendo da força a balística perfura a tal barreira, do tal aro, que é a muralha, mais resistente. O certo é que meus canhões funcionam para o bem da irmandade. 

Sobre envios de mais coisas ou de voltas de surpresa e de mares, maremotos, vulcões, movimentos fugazes, só sei que sou um homem simples, que sorrindo ou chorando, vivo intenso, imenso, amando, até a hora certa do destino, da vida que me cabe.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

LA VELOCIDAD DUM METEORO

Salpicados os gramados já explodem mini sóis
Por causa da bacia encharcada que invadiu calçadas
As gaivotas se confundem com as cinzas nuvens que no céu ainda pairam
Ao meu lado não só espero, tão só ainda quero, ser consumido e consumir a ti, amada.
Paixão do sol
Luz do farol
O mar abranda
Dança a ciranda
Aceite o toque
Presença nobre
Abre o castelo
Que eu vou entrar

.CIA.

“Verás que um filho teu não foge à luta
Nem teme quem te adora a própria morte”

(…)

É a parte mais crua que alavanca a força de seguir
Pois a criação é vida que prolonga a própria história
Com a chance de formar um mundo novo de benditos
Justamente com seus passos, sinais próprios ternos
No compasso, em melodias, badaladas do pulsar
Na fartura de alimentos que a terra sabor dá
Será quando o grão crescente descoberto reconquistar

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

DIÁLOGO ENTRE O EASY E O HARD

– O texto tem som, emoção e profundidade. Este é um movimento chamado obra de arte. Perdoa-me, ó Deus, porque isso não mata a fome de ninguém

(…) No âmago da sua consciência, Deus responde:

– Faça os textos que matam a fome. Faça os textos que reformam. Eu já não te testo mais

– Para isto devo esconder-me no meio da cidade?

– Não! Revelar-se em cima de uma torre. Como sempre, estou consigo.

CONTINUAÇÃO

O MEIO ANTES DO FIM
AO: MASCOTE DO BENTO E AMIGO FRANCIS
***
Depois do grito – o brado – do bravo
Virou costas com firmeza
Desbravou covardes e injustos
Seguiram os próximos a sua nuca
De longe diziam: “Leão Feroz!”

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

CENÁRIO HALL

Trecho de: O Grito do Rei - Mais um Brado 14
Capítulo: Como um tambor no coração de todos

(…) Os que estavam mais distantes tudo o que viam era a cabeça de um leão, mas ouviam bem atentos

(…) Reunidos, disse:

“Eis a minha posição. Vou servir com nobre estímulo a todos prontos protetores e conquistadores. Esta farda que vós vestíeis é a capa do País. Os que a usam saibam que sob a pele a mesma farda é armadura, alma dura. Esta segurança é provinda de um trabalho antigo que gratificante hoje é o vosso. Os castelos, as fortalezas, as muralhas e as vias até fronteiras, inultrapassáveis por modificadores das bandeiras desde a cruz azul no branco até as de mais cores, são por causa da presença ativa nossa. Estejam cientes que guardadas estão as vossas vidas quando com honra perderiam mais um suspiro depois do último inspirar. Por cobrirem quem vos arma com AMOR é que mantem-se o povo, reprodutores de mais guerreiros como nós, em nossas terras, nossas águas e nossos ares”.

(…) E venceram assim.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

AS PERGUNTAS RESPONDIDAS SOBRE O DINAMISMO DO SER


Iº.: Sobre o posto dentro de um regimento é o comando explicado. A justificativa começa quando mostra que um soldado completo deve ser de corpo e alma. Como bem lê o livro da Ordem da Cavalaria: “Um montante tem os seis pés quando sobre a besta e as duas mãos têm que ser seguras, pois uma mão apenas ou cinco pés em combate seria uma escolha errada do mando”. No conjunto consta cada um no seu posto.

IIº.: Desgraçado não só quem falta partes físicas mas de raciocínio. Isto é uma rudez necessária. Como dizer ao cego: Veja! Ou ao surdo: Escute! Ou ao mudo: Fale! Porém há quem olhe e não vê, ouve e não escuta, fale e não diz. O pior de tudo é não entender, porque tem dentro da cabeça uma massa que mexe uma energia mega rápida e ainda assim: O quê? Concentre, por favor, concentre.

IIIº.: Para não pesar o escrever: “Francês é um ´bicho´complicado”. Por quê? “Porque entende mas não entende”. Entende? É melhor explicar sobre os nomes em mais línguas. Sem dúvida que qualquer nacional da sua própria língua prima, que estando sob a língua territorial, esta matriz, teria que perceber mesmo que entre colunas de sons eminentes, que a chuva é a chuva, e só, isso explica muito sobre a chuva. Perderia tempo em dizer: “ Que perda de tempo não saber”. Eu mesmo, que não sei na ponta da língua a língua inglesa, faço malabar para falar. É certo que um poliglota não é um totalista. Saberá mais, mas não todas as línguas.

IVº.: Para mim são muito fáceis os códigos. Plan, Maçom, Maison, direita, esquerda, frente, triangulação. São os meus sete. Confirmo.

Vº.: Agora, o sol faz lembrar que a chuva passa. Mesmo que dentro de casa. Não se alcança o céu molhado nem os raios ultra flora (violeta). De qualquer forma são os elementos que nos tocam.

MEMÓRIAS DE UM IDO (S. MIGUEL/AÇORES - 2004)

Acredito: Depois que você entra no paraíso você descobre tudo aquilo que projetava e o que realmente existia. Além disso o que haveria ou nã...