domingo, 25 de agosto de 2019

10 CAÇAS

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Este é também um tempo novo
Para poucos que impactam tanto
Os muitos que sofrerão com isso
Quadrados na floresta tropical
Onde estão gigantes arbóreos e subterrâneos
Primas matérias de barcos inteiros
Produtos primários para luxos das metrópoles
Internos e externos, mundanos
Soma-se às consequências antigas
E o clima está com estações confusas
Os polos e os cumes derretem
Líderes que propagam ruindades
Comandam autos ignorantes e maldosos
Taram por progresso e ganância nesta rica terra
Uma expansão interna sem balança
Incendeiam para semear capim
Que serão mastigados e pisados por ruminantes
Que serão comidos em casas e restaurantes
Quando um foguete sobe levando lentes
Retratam a bio, morfologia do Planeta
Então precisamos de bons guerreiros
De amor, essência, força e inteligência
Para proteger nosso berço e honrar a nossa bandeira
SELVA!
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quinta-feira, 22 de agosto de 2019

O GRAN PLANTIO

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O ideal será no meio da tardinha
Pudera o poderio ser todos os dias
Quando os leões cruzam o rio
Desde a margem larga onde encontram
O sítio ondulado e alinhado de verde
Cheio de nativos professores
Que estarão em tranquilas corredeiras
Fixarão fotos, fonéticas e letras
E a esperança dos espectadores
Nas beiras, no centro e sobre as pontes...
E a grandeza das forças conjuntas
Estes sim serão dias magníficos!
A vista
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"A ardência da Floresta Amazônica é um sinal do fim dos tempos humanos"
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quarta-feira, 7 de agosto de 2019

O MAL NÃO ATINGE

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A equanimidade
E a consciência
Do pensante
Bom
A sua passada
As suas fortalezas
Todas as paisagens
As abundâncias
Até as competições
De tudo que alavanca
Mas mede apenas o que fere
O distúrbio
E a ignorância
Do ser
Maldoso
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quinta-feira, 1 de agosto de 2019

NECAF


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Quem fala é o Dom, Eco, Bio, Lógico
Vivo sobre assuntos de formação
De indivíduos bons, matutos e ocos
Nestas parcelas da Terra Brasilis
De Conservação e Preservação
Mantidas por esferas e logos
O histórico desse mapa mater
Onde se esconde a água limpa
Remete bem aproximadamente
Ao início de fundação desse brasão
Desde antes 150 anos, já havia algo
Logo uma considerável fazenda de café
Até metade da segunda década do sec. XX
De posse dos lados da lusitânia, típico extenso
Sabendo que no início bruto das posses
No manejo de produções ou construções
De qualquer terra virgem, pelo homem
Há devastação do espaço da flora e da fauna
Ocorrida desde meio milênio no mundo novo
Um tapa que modifica drasticamente a paisagem
Com poderio de ser alterada para marcas novas
Alterando calores, migrações, frios, florações
De um tipo tal de elemento usável, rentável
A história das madeiras nobres tocadas pela gana
As rasteiras nos vinháticos, pau-brasil, angicos
Et al “gigantes” e micros, para o “lucro prima”
A derrubada de parte do paraíso para café
Do resquício material físico visível daquele tempo
Permanece em ruínas, pilares, fundações, trilhos
Um casarão centenário mastigado pelo verde
Que poderia ter um telhado transparente, aliás
Um Solar que permite sonhar nesta vida ainda
Com curvas de nível onde cresce a floresta, a mata
Atlântica, secundária, híbrida com manchas exóticas
E faixas de terreiro de secagem em formato de escada
Três níveis de platôs de pedras tipo degraus compridos
Que remetem à ideia de triagem dos melhores grãos colhidos
Uma pausa imaginativa para as técnicas e condutas antigas
É sobre este lócus do território que explícita a importância
De tudo que envolve o nativo e o próprio solo pisado
Repito, com três platôs compridos de pedra, poderão notar
Se quiserem na prévia escrita, imagens e sentidos presentes
Terão sensações de um templo maia, hindu em meio à imperiais
A análise, o desfecho disto é pauta de oportunidades investigativas
Aprofundada por amantes da história da natureza, humanidades e produções
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MEMÓRIAS DE UM IDO (S. MIGUEL/AÇORES - 2004)

Acredito: Depois que você entra no paraíso você descobre tudo aquilo que projetava e o que realmente existia. Além disso o que haveria ou nã...