sábado, 28 de julho de 2012

Morte e Vida

Não canta, não vê, não ouve, não crê
Não remete, não compete, não destoa, não ser.
Mas vale, tal como a vida, porque compõe o novo dia.
E guarda lembranças do tempo que se foi, ao viver.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Comparação


Olhai para todos os lados, com a cabeça imóvel e o espírito alerta.
Tenhais certeza do futuro, saber do autocontrole e agir bem querer.
A montanha longe igual, silhueta biomineral.
A montanha semelhante, qual cristal minuscioso.
Essa brisa que disfarça, fortes raios, grande sol.
Hoje a nuvem esconde o céu, ontem ondas balançaram.
Esperança de um dia, esta terra revigorar. 

***
O tempo que decorre, em paradas meio ao nada.
Não atrasa nem diverge, deste foco saliente.
Pensamento logo a frente, com ciência reforçada.
A defesa hoje e sempre, não abala, vencerá!

***
Casa grande, casca de caracol, consumidor de folhas.
Insetos que voam, a transportar fragmentos,
 Derramam em copos de flores a prole, cor e alimento.
A dispersão é abrupta, rastejo e correrias.
Arranham os braços fortes, afastam os desatentos.


segunda-feira, 23 de julho de 2012

Guardai


Guardai ilesa a sapiência de ilusórios coadjuvantes. Pois em mancha fica o Karma ao prender-se em ausentes. Tanta estrela a brilhar, tanto canto a desbravar, e a sonora bandeirada a se perder no sentido. Cruzar um mar de espinhos para descobrir condução difere de cantar os Santos Nomes do Senhor, em vão.

domingo, 22 de julho de 2012

Vislumbre


Rapinas, que unem o bando pequeno, a forçar partida absurda.
Galopam, cavalos em campos de ovelhas.
Os pássaros consomem na lã refresco alimento.
O dorso é pico raspado de ouro.
As pernas são máquinas, de fé e saúde.
E o truque do jogo são verdadeiras palavras.
O alvo é a força. Vitória dos justos.
Nova ordem massacra maldades dos podres.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

É.



Olho aberto, o mapa, exposto despeço
Extremo, alongo, sonho, espero
Horas da prole, peixes e suas cabeças
Diante do sol a paisagem vibra
Pessoas juntas, de várias línguas.
Eu sei que quero, fazer (agir) um mundo novo
Não sei se posso viver a outra vida.

Pender



*
Transformar visão da paisagem na mais alta árvore do espaço.
Topos e cristas verdejantes e os rios calmos sem transparência.
Campus, bandeiras das torres de sinos, andantes e campesinos.
Os vales antes foram cheios de água salgada. Só ilesas as montanhas.
Sucumbirá o velho Mundo no mesmo instante que tudo se renovará
**
Um ato por vez, um milhão de pensamentos
A ordem é autónoma. Aguardem os Sacerdotes.
Ciência consciente, compaixão e fuga. Das armadilhas do desejo, da na natureza de conquista.
Confiança nata, no “eu real” que é além e infinito, de qualquer formato ou ilusão.
***
Casarão, estrada de chão, milho novo, bichos gordos.
Nuvem, sol ofusco, voos livres e hortaliças.
Haja auxílio para a planta que perfura o solo, estende ao céu e não se apoio em ar.
Porque o fruto contém futuro e o passado já foi dito.
****
Divisão de pedras, muradas são, relíquias do ocidente.
O lado do castelo que se sente, fica ao lado do oriente.
Tão oculto que se abre com as palmas de energia.
Surpreende novos entes e atrai os novos crentes.
A rosa cruz flutua qual lótus, nesta necessária simbologia da existência.
*****

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Verão tortuoso, sobressalente se faz ser.

Flui no silêncio lembranças de horas sentidas.
Visão de margens verdes, reflectidas, paisagem multiplicada no orvalho.
Esforço motriz, que conduz a caminhos finitos em breves adrenalinas.
A busca do lado do trevo perfeito,
da sorte que transforma passado em futuro,
leal eloquente, quando antes lutava em tempo certo.
São confirmados acontecimentos,
expostos à luz do enigma vivente,
a realidade presente.

MEMÓRIAS DE UM IDO (S. MIGUEL/AÇORES - 2004)

Acredito: Depois que você entra no paraíso você descobre tudo aquilo que projetava e o que realmente existia. Além disso o que haveria ou nã...