domingo, 31 de dezembro de 2017

CHOPIN COGNOME SEBÁ

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Tudo de bom para todos
Que sejamos sempre bons
Pois assim somos melhores
Que Deus nos abençoe gratuitamente
Durante os dias do novo ciclo
Contam o tempo no calendário
Do velho Imperador romano
d'Atlantic d'Aquárius
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quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

#NãoAdotoEsteSilêncio

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Essa é a campanha que mexe com a grave polêmica envolvendo a "Igreja Universal do Reino de Deus" atuante também em Portugal na retenção induzida de crianças carentes para posteriores adoções ilegais para o exterior. Além das extorsões materiais inacreditáveis e inaceitáveis que esses falsos profetas em nome do Cristianismo fazem às pessoas (perdidas) com tanto descaramento e naturalidade. Mas não é só isso. As sociedades consomem às cegas, poluem de todas as formas, invejam o próximo e competem até em pensamentos alimentando o ego mortal. A humanidade moderna, carente de iluminados, iludida por governos políticos ditos poderosos, apoiada em bases antigas com cerimônias sem fundamentos práticos, nos mostra, às portas de um novo ciclo anual, na infância do primeiro século da Era de Aquárius, a verdade que o fim dos tempos já se sente. São esses os sinais apocalípticos previstos que reforça a necessidade de uma justiça tão bravia quanto realmente divina (iluminada/diferenciada) capaz de mudar o curso dessa História. Eu tenho FÉ no invisível!
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terça-feira, 26 de dezembro de 2017

O PODER DAS CARTAS OFICIAIS

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LIS, XXVI . XII . MMXVII
Esta foi explicativa
Começa em MMV
No Arquipélago e o mar
Fala dos barcos de pesca
E dos estudos dos peixes
Depois chega ao Continente
Fala da cidade dos Bispos
E dos trajetos nos trilhos
Da extração dos cristais
No extremo norte do Minho
Fala da família quando perto
Fala da cria distante
Da idade que tem
Do tempo que poderá voltar
Das atividades de plantio
Dos estudos de agora
Do que irá desvendar
Fala da vontade de servir
À armada de branco milenar
Fala dos passos peregrino
Da pena e da espada
Da Ordem e do Amor
Dos documentos tidos
Do Escondido
Dos por conquistar
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“Não tenho pretensão de entrar na fila dos apoios sociais por subsistência, vindos do Governo e da União Europeia, exceto estudantil que se aplica nas descobertas, como antigamente. Uma vez que já atuei como voluntário no auxílio a estrangeiros extremamente carentes e em situações mais difíceis, ainda somado às catástrofes naturais e os que fogem de guerras, quero que acreditem no meu potencial para bem conquistar um lugar nesta “Babel do Mercado de Trabalho”, sendo independente e contribuinte com o País, seja como cientista, estudante, escritor e acima de tudo trabalhador”.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

SOBRE OS HOMENS... HÁ MULHERES

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Lembro-me do jovem marroquino que conheci na Rodoviária do Rio quando perdi o primeiro voo. Sentei-me no chão às 3 da madruga com o muçulmano que me garantia vigiar meu sono como um guarda leal. Era de Casablanca, morava em São Paulo, sabia de Alcácer-Quibir e dizia que havia castelos e que eu precisa vê-los. Naquela mesma madrugada juntou-se a nós um conterrâneo, de uma família nobre da minha cidade, com mansão em frente à linha férrea e que tinha um filho no Peru. Conhecia ele meus professores de História e São Tomé das Letras. Era (é) um daqueles livres hippies à moda antiga. Tanto é que dissera que iria para uma cidade mas resolveu de última hora ir para outra (...) Não tenho andado com a cabeça baixa desde que meu ortopedista resolveu meu problema lombar dizendo para andar como hoje ando. Mas ainda sinto como um íman nas filas dos mercados. Reumatismo aos 34 é verdade ou é a falta do caldo do feijão ou a desabituação do frio? Achei um canivete aberto no canto do meio fio da paragem do autocarro na frente do Tejo. Afiado pois, cabo preto, marca tuga, talvez de um marinheiro ou pescador, ou de alguém dentre tantos que entram e saem dos barcos vai e vem pelo Rio-Mar. Eu mesmo fui para o lado de lá encontrar um fogo alaranjado, delicado, como a narizinho do Sítio do Pico Pau Amarelo para andar pelo Terreiro do Paço e ver as estátuas dos maiores (melhores) homens que já existiram um dia. Acredite! Conheci o Capitão Haddock do Tintim. Senhor alto, gordo, forte, voz altiva, ativo, conduzindo uma moto pela ponte vermelha a 100km/h, eu na garupa - como no avião sobre o deserto - com o frio cortante do rosto na melhor intenção de ajudá-lo a juntar placas numa piscina de uma mansão na costa da margem norte, mas não... Nem Tintim conseguiria. E o escritor “sem nome”, aquele com medo de gente, me disse coisas tão... motivadoras, que me fez sentir o Conde de Monte Cristo, quando ainda estava preso. Tenho um professor, José, que já tenciono convidar para meu tutor/orientador. Tive dois José`s Mestres e apontadores de direções, ou de puxões de orelha. Concordarão se é que me leem. Mas só o conhecerei em 2018. Já tenho muito a lhe dizer, os horizontes que pretendo ir, as submerções, as possibilidades de acordos de Armadas Marinhas, sobre os patrimônios, para desvendar ocultos, não só nos mares mas também nos rios do antigo Império e do Quinto. (...) Encontrei no Cais do Sodré o André e o Gonçalo, homens que conheci nas ilhas e nos barcos de pesca daquele mesmo Arquipélago. Mas não entendo como a cigana de Braga me disse que havia um protetor de pele negra em São Miguel que ainda hoje não me cobre alguns escudos? Eu tenho à minha espera - se não morro antes - as Brancas ao norte, os chás, cervejas, comidas da Índia e da Rússia, as carnes e o calor das casas Vikings. Por isso, meu dia de Natal será como os que passei sobre os vulcões no meio do Atlântico. Numa meditação profunda, com a sala infestada de fumaça de incenso, pão, água, talvez vinho e a solidão. Como um bom Cristão irei à Missa do Galo, pedirei perdão pelas minhas falhas e agradecerei por estar longe das garras do diabo. Já repito esse ritual há anos, é verdade. Mas, o fim do ano, o finalzinho mesmo é também o início do próximo. E nestes dias finais e iniciais irei encontrar uma gata, literalmente uma gata, de olhos claros, fera e pêlo negro, o que me dá imensa sorte. Então, Feliz!
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quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

SÓ O VELHO DA TORRE TE VÊ

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Ninguém, nem “tchum procê”. Nem lá, enquanto 3 centos de árvores crescem. Nem cá, com as meninas no comboio de cabeça baixa, perco para o celular. Nem se tivesse algo brilhante na cabeça, aro ou a toca tricolor. Nem passos de Salazar. Escrevi para um escritor “sem nome” que tem medo de gente. Por cá os velhotes cospem menos que no norte. Na televisão as propagandas ocupam 90% da minha atenção. Vou tentar falar com o Clero Patriarca. Tenho que dosar o tanto. Não acredito que me mande matar mas se não provar pode ser que me mande internar. O meu calendário vem a diminuir. Vou me reunir com os homens que me deixam ficar. Dos quintos realísticos que eu tinha foi-se de súbito um 1 terço equivalente a 2 dedos de um pé de meia. Gosto muito do Sr. Presidente, afinal ele é professor. Imperadores japoneses não exigem vênias de professores. Tem uma lógica nisso, mas não é uma regra geral. Tem-se que saber o que se ensina. No Parlamento os vídeos parecem de Circo. Votam o veto de animais silvestres nos picadeiros. As agências de correios no interior estão fechando as portas. Ferram os analfabetos que só lhe restam enviar cartões prontos de natal para seus parentes. E o futebol em Portugal come a cabeça das pessoas como no Brasil. Diante de muitos planos, da espera do encontro com meu sangue e da busca de uma impressora que consiga imprimir a revolução exponho uma temática socialista, quiçá imposta como bem:
“PAIXÃO PELO FUTEBOL E AMOR PELAS FLORESTAS
Um grande problema em Portugal refere-se às dificuldades de gestão das florestas, pelo fato de suas dimensões situadas em relevos escarpados, o cultivo de monocultura extrativista como eucaliptos, o abandono de terrenos num fenómeno conhecido como desertificação de Vilas e a má gestão dos camponeses quando ateiam fogo para eliminar arbustos em períodos de seca. Inclusivamente às problemáticas anteriores insere-se a falta de recursos do Governo para fiscalizar e orientar a população campestre no melhor uso da terra e dos bens florestais. Dado essa primeira explanação de problemas lembremos das consequências do fatídico incêndio florestal acontecido no ano de 2017, com muitas mortes e perdas de bens materiais, flora e fauna. Não somente em 2017 ocorreram incêndios em Portugal e na Península Ibérica em geral, mas também nos anos anteriores numa sequência repetida e até prevista. Neste sentido a ideia aqui apresentada tem a ver com a melhor gestão das florestas de Portugal, e isso não é tarefa fácil dado as informações de baixos recursos, pouca instrução e desastrosos manejos pelos próprios homens campestres. Acredito que precisamos destacar publicamente a necessidade de angariação monetária com intenção de criar um “Fundo Financeiro Legal para as Florestas de Portugal”, com aplicações em projectos de salvaguarda das florestas, em bases físicas com equipamentos de manejo e estratégias para precaver e combater incêndios imediatos, com participação de pessoas qualificadas das áreas da Engenharia Florestal, Ambiental e Agrónoma, criando-se assim oportunidades de emprego a essas e outras áreas biológicas e educacionais. Fundo este também destinado às comunidades autónomas, ONGS por exemplo que possam ter peças humanas qualificadas inseridas dentro das comunidades campestres a fim de melhorar a educação da população, sugerir novas técnicas e cultivos florestais e também fiscalizar de perto as acções inconsequentes muitas vezes causadas pelos próprios homens campestres directa ou indirectamente. Para criação deste Fundo, logicamente seguindo critérios legais, a parte principal da ideia é o “casamento”, adesão, de uma das maiores paixões portuguesas, o futebol. Devemos elaborar e lançar uma campanha anual contínua, pública, televisiva, em jornais, nos estádios, a fim de conseguir a adesão de adeptos e principalmente dos Clubes de Futebol do país e seus atletas profissionais, estes, com ganhos exorbitantes, e que possam consentir com a ideia de destinação de percentagens de seus lucros para tal Fundo. Em suma a ideia visa a criação de um Fundo para as Florestas bem gerido, com acréscimos provindos principalmente do meio futebolístico, propagado nos meios de comunicação, pelo fato de ser um dos grandes arrecadadores monetários do país. Tal Fundo seria destinado à criação de bases físicas minimamente equipadas e remuneração de pessoas qualificadas que pudessem tanto trabalhar na educação da população, formatação de novas técnicas de cultivo como o próprio manejo das florestas e fiscalização e combate imediato de incêndios em períodos de altas temperaturas, isto é, verão. Acredito que a ideia de cativar Clubes e atletas de futebol a usarem parte dos seus lucros para o bem do Ordenamento do Território, traga automaticamente benefícios sociais e uma responsabilidade de partilha menos gananciosa em auxílio da governança nacional. Tal ideia poderá ser replicado por outros países que vivem a mesma paixão para angariação de parcelas de seus lucros destinados à outras necessidades.” 
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sábado, 16 de dezembro de 2017

FIEL À FORÇA DE 2 MIL

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Sobre os poderes que há no Mundo
Tem o Mundo domínio sobre seus nomes
Interno no fogo do mágma da terra
Externo nos ventos e águas padrões
Graças à piedade das forças do tempo
Elementais tão básicos e tão complexos
O intelecto humano constrói e destrói
A ignorância humana é um castigo de pena
Essas forças bélicas, petrolíferas, científicas...
Forças energéticas, tecnológicas e as filosofias....
A maior força humana é mesmo o amor
Ultrapassa milênios, une, procria, perpetua
O amor é um bem que paira no Universo
Que pousa e fixa na beleza feminina
Na majestosa luz dos iluminados
Na inabalável insistência dos sonhos mais difíceis
Inspira os amantes, poetas, escribas
Fazedores de artes, arranjos, melodias
Com o amor cria-se, inventa-se, progride
Permanece intacto à queda de sistemas
Responsável por surgimentos e resgates
O amor é filho do infinito
Dele surge a esperança
O impossível torna-se possível
O exemplo ensinado nos atos e saído da boca de Cristo
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sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

GOD'S NOT DEAD

Filipenses 4:11-13
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11
Não estou dizendo isso porque esteja necessitado, pois aprendi a adaptar-me a toda e qualquer circunstância.
12
Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura. Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade.
13
Tudo posso naquele que me fortalece.
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FÉ EM DEUS

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

QUASE TUDO É POSSÍVEL

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Já no Tom Jobim, uma hora antes das 8 horas do primeiro trecho, sentei-me numa lanchonete para comer e beber os últimos açúcares e sais do Brasil. Da caixinha de som só saía uma música, repetida mais de 30 vezes cantada em inglês pelo Caetano Veloso e não era o Jokerman do Bob Dylan. Cuidadosamente, treinando o meu imperativo (!), pedi às meninas atendentes por favor que trocasse a música, pois gostamos todos do Caetano, mas a mesma música em inglês 30 vezes, é dose. Parece que no saguão de embarque - talvez por ser novinho com um carpete bom para se andar - a nossa voz se destaca mais. Há um certo efeito de estúdio e quando disse isso às meninas, três outras mesas sorriram para mim em apoio, pois notaram a repetição da música. Deu certo pois ao vir do banheiro já estava sintonizado numa rádio. Na chegada ao Marrocos reconhecera uma das pessoas que me vira pedir para mudar a música e uma das magias dos brasileiros é fazer "amizades" em viagens. Fomos em conversa até Lisboa. Mas, parece que em Portugal minha voz fica mais rouca que o habitual e o tal efeito estúdio passa para o efeito obras e construção, pois tenho que falar mais alto, ainda contendo o imperativo (!). Ao entrar no metrô com três bagagens, aquela galera me prensou sem dó nas paredes do azulzinho (cor interna dos vagões). É uma das características das metrópoles, não é? A massa em circulação frenética. E juro que disse a uma das senhoras que estava bem próxima a mim, que bem podiam inventar um metrô de dois andares, para caber mais pessoas, uma vez que a altura e a profundidade das galerias subterrâneas proporcionam tal feito de engenharia e arquitetura. Ainda disse a ela: "Se construíram um elevador que liga a parte baixa à parte alta, por que não um metrô de dois andares?". Ao chegar em Almada após cruzar o Tejo num barco vai e vem em 10 minutos, senti um cheiro tão bom a peixe que parecia estar nas festas de São João do Porto ou nos atuneiros do grupo central dos Açores. Na verdade estava nos braços da Capital, na foz do Tejo, numa das trompas dos úteros do oceano atlântico, no país famoso pelos frutos do mar. Mas acabei por me sentar numa pastelaria onde esperaria meu velho amigo belga a beber uma Sagres long-neck por 1 euro. E eu com um tom de atenção às facilidades do consumo de álcool no Brasil. Após a chegada do Geoffroy conversamos bastante e reparei que havia uma velhota sem dentes bebendo uma sopa de ervilhas sempre atenta às minhas falas. Num momento disse que gostaria de tentar publicar livros ao estilo Camões e Pessoa por mais que minhas escritas sejam mais simples e nada floreadas e complexas como tais. Foi então que a senhora fitou-me mais ainda, como se esticasse o pescoço pra ver bem quem era esse, ou talvez ouvir alguma declamação minha para fazer algum juízo. Na saída da pastelaria despedi-me de todos e juro que lhe disse, precisamente a ela: "Agora, só falta Dom Sebastião voltar!". Então, pude ver sua "canjica aberta" num sorriso eufórico excitada com a minha eloquência. Na manhã seguinte fui à beira Tejo e a Marinha estava em peso com seus navios de guerra. Pensei comigo: "Tanto quero servir a Marinha...". E é verdade que escrevi-lhes anos atrás prontificando-me, porém eles me disseram que é fator crucial ser cidadão natural do país para o ingresso. E ela ali cinza, com helicópteros em exercícios, armada, imponente, servindo-me. Eu muito gostaria que o título desse texto fosse: TUDO É POSSÍVEL!
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sábado, 9 de dezembro de 2017

AO CRISTO REI

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Realmente minhas lágrimas voltaram
Como a chuva que cai nas plantas do quintal
Não sei se só pela felicidade de ir à Iara
Não sei se por causa da minha falta a ela ou a que ela me faz
Um misto de alegrias por Brasil e Portugal
Com tristeza sobre as maldades das pessoas
Eu não tenho muita coisa física e material
Acredito possuir o invisível, mas real
Mas só tenho mesmo roupas ganhas, flauta e gaita
Também peças, conchas, amuletos e trevos de 4 folhas
Assusto quando peço e assim testo a reação dos homens
O que pensam sobre quem diz possuir o invisível?
Doo coisas simples como palavras e sonhos
Escreverei sobre as descobertas dos navios naufragados
Com tesouros nas costas da lusofonia
Ora, estes de fato ainda estão invisíveis
Tenho fôlego para aguentar mais tempo
E a mochila nunca cheia até a morte
*

NÃO ESTÁ TRANCADA

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Fui às portas das miscelâneas de pessoas
Há conversas mais pesadas que moedas
Nas bordas das linhas imaginárias
Dentro consta o desmanselo de falsos poderosos
Como pode alguém incitar guerra grátis?
Discursar o próprio fracasso gasto?
Torcer por desgraças alheias?
Comparar suores e dores?
Afastar próximos e longínquos?
Já morei com inimigos e não os "matei"
Nem sou "morto" por zombadores que ultrapasso
Ainda que urubus espreitem vacilos
O fim só tem início e meio
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sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

NOSTRADAMUS E OS ESTÁDIOS DO MUNDO

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Essas construções imponentes edificadas
Metafóricas réplicas dos Coliseuns de Impérios
Serventes até como fortes combatentes
Como marcas resistentes mantém-se em pé
Como a análise de observar florestas
Postas abaixo acelera o Universo
Postas na terra para equilibrar a Terra
Então essas ilhas serão como feudos
E a Era dos Reis voltará ser História
*

PARA A ROSA: * SSO ° NNE * NE °

*
Se eu tivesse um anel
E se o anel tivesse um "nome"
Seria Oceano Atlântico!
Pois sou aprendiz do eixo das oscilações
Observante das fusões no horizonte
Amante de formas que não se vê
E temoroso ao ciúme do Destino
*
AXÉ
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terça-feira, 5 de dezembro de 2017

JÁ NÃO É POUCA CHUVA MAIS

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Adoro fazer títulos completos
Adoro paisagens gigantescas
Por mais que modificamos a natureza
Ela tem uma maleabilidade tal
De acelerar e atrasar chuvas
Vazar rios e enterrar peixes
De abrir e fechar nuvens
Clarear noites e escurecer dias
Torrar grãos e queimar ninhos
De manter ou colapsar cidades
Mostrando-se assim independente
Em verdade é só uma parte
Do poder que a natureza tem
Fico preocupado com as gentes, nós
Pois as cavernas de antigamente
Talvez fossem mais seguras que os aglomerados
Até mansões afundam, tremem
Entopem-se de lixos das ruas
Essa terra pelada encharcada
Minada de restos fabris
É muito mais profunda
E muito mais altiva que imaginamos
*

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

MANUAL DO ESTOPIM LONGO

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Primeiro você trata a pessoa como "Brother"
Se for um natureba, jovem, você o chama de "Bro."
Se ele não entender você o chama de irmão
Se ele falar: "Não sou seu irmão não, pô!"
Aí você já pula pra "véi", porque colega e amigo é difícil
Se o cara é lunático tente chamá-lo de "maluco", carinhosamente
Se ainda assim ele resmungar você pensa: "Vai pra PQP!"...
Mas, só pensa, não fala
Depois você tenta mais uma vez amigável
70 de novo, faz uma piada
Aí você repete o que a pessoa diz pra ver se a agrada
Se ela ficar mais "puta" ainda prepara-te para a "guerra"
O estopim vai encurtando...
Aí véi, o que você faz?
Na bica do colapso, ignore ao máximo
Porque enquanto a letra ataca
O silêncio desarma
E se por algum motivo explodir
Fique tranquilo
Todos os sons vem à tona em seu auxílio
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EXPLICAÇÃO SOBRE O PLANTIO DE UMA (1) ACÁCIA AMARELA NA PRAÇA SANDOVAL AZEVEDO “(PRAÇA DR. LÍDIO)”

Cataguases, 04 de Dezembro 2017

Eu, Thiago Pinheiro Nunes, Biólogo e Ecólogo profissional, cidadão brasileiro RG: SSP-MG-11.940.777, funcionário contratado pela Prefeitura Municipal de Cataguases para trabalhar na Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, atuante de fevereiro a novembro de 2017, gostaria de relatar a ação de plantio de um (1) exemplar de Acácia Amarela (Vachellia farnesiana) sobre a Praça Sandoval Azevedo ocorrida no dia 03 de dezembro de 2017.

Começo por dizer que sou morador da Praça Sandoval Azevedo (carinhosamente conhecida como Praça Dr. Lídio). Isto é, vivo na residência dos meus pais o que automaticamente é o meu endereço informado aos sistemas de registros de pessoas, desde o meu nascimento, local das minhas estadas temporárias e até mesmo o imóvel/bem, que um dia passará à descendência, tudo isto está ligado à área em questão.

Como profissional do Meio Ambiente e amante da Cultura e das Artes da cidade de Cataguases, sei que a Praça está dentro do perímetro tombado historicamente pelo IPHAN. Sei também que a praça tem um conjunto arquitetônico de casas (talvez o mais relevante), uma quadra para atividades esportivas (nomeadamente patins), um poste de iluminação central com apenas 4 luzes (falhas e fracas, por assim dizer), compridos bancos de pastilhas, árvores marginais e um busto de Sandoval Azevedo (sem placa informativa, inclusive) também central, acompanhado de um jardim (área gramada em forma de “poça”).

Diante da campanha de arborização da cidade, mobilizada pela Secretaria do Meio Ambiente, tanto em áreas verdes específicas e também em bairros, ruas, praças e centrais, teorizei a iniciativa de plantio de um (1) exemplar arbóreo num destes lobos de jardim da Praça Sandoval Azevedo.

Levei em consideração consultas profissionais e os seguintes pontos positivos para a iniciativa de plantio da árvore sobre a Praça.

1) No período de verão intenso, o miolo da praça fica completamente exposto à radiação, a Praça fica muito quente. Ausência de sombreamento que é sanada naturalmente com a frescura de uma sombra de uma árvore.

2) Um (1) exemplar de árvore que demorará cerca de 10 anos para atingir a fase adulta, NÃO descaracteriza conjunto arquitetônico qualquer. Pelo contrário, vem a compor a abertura da Praça sem impedir a intenção de clareira que é o modelo inicial da Praça.

3) A espécie escolhida foi a Acácia Amarela (Vachellia farnesiana). Esta, não se mostra com copas cheias, passa por períodos de “desfolhagem” natural (fica “pelada”), quando maduras e viçosas fazem cachos de flores amarelas. A árvore é atrativa de polinizadores, que atraem pássaros e contribui com a equilíbrio ecológico.

4) A expectativa de embelezamento (colorido/amarelo) de uma Praça antes cinza e sem chamariz, inclusive sobre o busto. (O transeunte poderá ser atraído para se aproximar do busto justamente por causa de uma árvore amarela paralela ao mesmo). Já pensou nisso?

5) O terreno é propício, pois não houve a necessidade de perfurações de chão sólido. O gramado possui terra fértil. A localização da planta não está próximo ao piso sólido, e a característica de crescimento da raiz não irá danificar o piso com estufamentos, por exemplo.

6) A participação de 90% da população pré-informada do plantio, inclusivamente crianças e moradores antigos, participaram da ação fazendo disso um marco histórico registrado e estímulo de identidade e proteção do ambiente onde vivem (EDUCAÇÃO AMBIENTAL).

7) O crescimento de uma (1) árvore no meio de ambiente urbano, remete às necessidades de adequação, melhoria e evolução dos espaços, ainda que tombados (sem alterações drásticas), como a própria Praça. Se pensarmos em problemas futuros, já enfrentamos na atualidade a inércia para resolução dos problemas presentes com relação à iluminação atual. Com certeza prevista no passado quando a construção da Praça. No entanto tal árvore não serve de argumento negativo no sentido de afetar significativamente o prejuízo da iluminação original, tendo esta a necessidade de já ser acompanhada por outros focos e pontos de iluminação.
(...) Entre outros

Pontuados estes 7 argumentos, basicamente convincentes, tenho que defender a ação e continuidade de desenvolvimento da planta no local. Ainda que um morador já tenha feito queixa, alegando questões pouco convincentes como o impedimento das suas câmeras de vigilância na totalidade da Praça, quando as câmeras eram para apontar para o perímetro de sua residência e não na vigia de transeuntes em meio público. E a péssima associação, para não dizer ignorância das pessoas que afirmam que aumenta a criminalidade com o plantio de árvores.

Confio piamente que a maioria dos profissionais precisamente das áreas da Arquitetura, Paisagismo, História, Cultura, Botânica e Meio Ambiente, dos órgãos municipais, estaduais e federais do Brasil, e a própria maioria dos moradores da região, estarão de acordo com a ação, pelo fato de apresentar bons argumentos e destaco um dos mais importantes a Educação Ambiental (vivenciada neste caso pelos infanto-juvenis), participantes da composição dos espaços onde vivem.

Atenciosamente,

Thiago Pinheiro Nunes.

sábado, 2 de dezembro de 2017

KING POP

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Quem poderia rogar pragas só por rebater maleditos?
Quem propusera frente aos velhos a condução dos novos?
Quem de fato acredita no poder dos médicos?
Quem se veste de sacerdote em ministérios?
Quem comprova a carga do castigo divino?
Quem potente capaz de fundar ordens?
Quem ileso ao escarro do condenado?
Quem presenteia terras com árvores às sociedades?
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sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

ADEUS GERAIS

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Começou o último mês de 2017 e já escuto o primeiro apito da nave avisando que está tudo certo para a 17ª cruzada atlântica. Vivi mais um ciclo completo no berço que me faz forte. Passei 10 meses gerado dentro da Máquina Pública em Ofício. Aprendi o que não sabia. Agora sei. Apliquei o que sabia. Ainda sei. Confirmei a falta de óleo nas engrenagens. Mesmo assim vi o motor funcionar com suor, como milagre de "alguns todos nós". Comi, bebi, sujei, limpei, paguei... Contribui? (Questionaram-me). "E mamei direitinho na teta que eu tinha" (Cuspiram-me esse desaforo um dia e por dias seguidos senti úlceras. Passou). Convivi com Órgãos, Comitês, Universidades, Escolas, ONGs, Institutos, Clubes, Indústrias, Fábricas, Companhias, Associações, Grupos, Conselhos, Lojas, gentes vindas de outras cidades, Militantes, Militares, Idealizadores, Projetistas, Inventores, Produtores, Professores, Pesquisadores, Hospitalários, Fiscais, Agentes, Condutores, Construtores, Procuradores do Direito, partidos da direita, da esquerda, necessitados, gratos, ingratos, certos e errados. Pus os pés, as mãos, a boca, os olhos, ouvi a terra, sentindo o cheiro das riquezas culturais, patrimoniais, artísticas, artesanais, campestres, silvestres, naturais, rurais e humanas desse meu mapa Natal. Alegrei-me com resoluções de problemas ambientais e as chances de mostrar teorias e experimentar práticas para evitá-los, corrigir e melhorar o bem-estar. Entristeci-me com fulos, impacientes, autoritários, inertes exigentes para suprir suas individualidades ao telefone, na rua, boca a boca, em casa e com a mancha de radicais, afobados, inconsequentes, intriguistas e contraditórios, estes, alarmando rádios, esquinas, praças, mesas e ministérios sobre quase nenhuma árvore morta dentre "35 mil" (Jungle City), chuto "5 mil" manejadas suas cabeleiras exageradas. Enquanto os galhos e as folhas apodreciam, mais 1 mil examplares de espécies arbóreas - sem contar que os cabelos das podadas já estão crescidos - eram postas na terra para comer ultravioletas, fixar carbonos, sais minerais, húmus e beber a pouca chuva que ainda cai. Ao mesmo tempo que outras "30 mil" crescem vigorosas e o povo diz: "Tem gambá entrando na minha casa"... "Se ventar hoje cai um galho na caixa d'água"... Tenho dito: "Conservem os verdes nas cidades e preservem os remanescentes florestais originais. Conectem as ilhas de Mata Atlântica!". E não entendo como pode, estudantes uniformizados ainda jogarem sacos de plástico, papel e porcarias no chão? Onde estão os contentores de lixo e rejeitos recicláveis? Nós também precisamos muito de melhor e mais Educação. Os rios, os córregos, os bichos todos, as matas ciliares, os minerais e os metais nas serras, as cachoeiras, não podem extinguir! Não! Pude me expressar com todos os Secretários, Vereadores, Diretores, Chefias e pessoas diversas, eu, um fiável funcionário sedento por conhecimentos e enérgico por resoluções à disposição de muitos Setores da Máquina. Muito Obrigado a todos. Cataguases, amigos e familiares, Obrigado. Ao Prefeito Willian, Assessores e Auxiliares. À SAMA (Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente), ao José Emilton, Eduardo, Amarildo, Maria José, Manoel, Felipe, Tiago, Marco Aurélio, Jamaica, estagiários, adolescentes cidadãos e todos os colegas do Complexo Administrativo e da Sede. Ao amigo Marcelo do IEF MATA, Obrigado. Despeço-me grato. Vou ali estudar mais. Não chorarei por lamentos, ou talvez sim pela despedida dos elos que fizemos e mesmo sem vê-los sentirei forte, distante. Mas é sempre certo que vou com o coração cheio e aberto levar o meu País.
T.P.N.BRA.17.
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MEMÓRIAS DE UM IDO (S. MIGUEL/AÇORES - 2004)

Acredito: Depois que você entra no paraíso você descobre tudo aquilo que projetava e o que realmente existia. Além disso o que haveria ou nã...