quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

IMAGEM EM AÇÃO

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Inspirado por uma Nata da infância da Pracinha
E com o Flu a ganhar de goleada na Guanabara
Uma das poucas coisas que passo pra frente, falo
Um nobre mestre me disse, coisa rara hoje em dia
“Que os espíritos da escrita estejam com você”
Isso tem cara que sabe a rango de microondas
Lá na serra, a mais genuína, alta, meio oculta
Mora gente de outrora que só se sabe partes
Descendentes da mistura do tempo das Fundações
As máquinas quando muito esquentam, param
As tirinhas da pesada com o efeito fake news:
Que o Neymar Jr. enfie o mindinho no meio da bunda
Que a Vale cate os caquim tim tim por tim tim
Que o Governo faça a reforma agrária!
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O TRABALHO DO PENSADOR PERTENCE-O (A LA BEATNICK)

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A frente, no meio, lá longe no final
As exposições
Das emoções
São como ondas gigantes
Constantes
Um mapa
Que o barco experiente da alma conduz
O corpo e a mente
São mistérios
A melhor explicação
Talvez seja uma diferença de ser estado
Estar e ser
Consciente, palpável
Além de tudo, além
Saca? Quem?
Ainda que aparente dormente
Perto está-se em transe
Como um oráculo, mora?
Pá, calma. Brava Sentinela!
Quando juntas as nossas iras
Brotam expressos, impressos pensamentos
As ações, as nossas calças
O que eu penso, acredite
Colam as potências bagunçadas
Com a melhor condução
Já me disse um rude: "Pega um número e concorre"
Mas a sorte, é verdade que existe
Com grana você faz uma floresta, fera!
Há quem construa templos
Nestes se arrecada moeda
Há quem construa estradas
Que racham as governanças traíras
As cidades crescem, o sol castiga
Sempre houve histórias míticas
Das florestas, das dramáticas
Das pirâmides, dos balões
Da maldade, dos risonhos
Tá quente pra caramba
Ok, Google?
Liga a televisão
Há corpos mortos
Pós
Enxurrada
De viscosa massa
Água lama
Drama, óh drama, sangue e terra
Quem o diga a/o Bauxita, ainda
Diz a consciência
Tente se alegrar
Ou preocupe-se
Olha a diversidade da sua marca de nascença
Índios pedem desculpas à Tupã
O Deus dos índios é o Deus de tudo
Meias centenas deles apenas
Com essa quase extinta consciência
Num país novo brasilis passando
Até que encontrei duas caixas de incenso
7 varas, 6 contos as duas
Mirra e Sândalo
Até poderiam ser nomes de filhos
Do filho de Marte
Já que Rans, o Zinza
Tem olfato polo husky siberiano
Digo: "Essas frases virarão poesia"
É assim, o Destino
Se você me ler outra e próxima vez
Veja-me como simples e preciso
Sem labirintos ou roletas russas
Que aceite a força dessa escrita
Como uma arma bruta e lapidada linda
Então não lute comigo
Por tudo ou por nada
Pode ser que eu consiga viajar ao norte
Lá chegaria antes, livre e só
Para o berço cheio de gente elétrica
Que abraça
Então cuidado com o choque
Talvez te entendam mal
Talvez te entendem bem
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terça-feira, 29 de janeiro de 2019

CARTA AO TRIBRAECO NEWS

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Como ictiólogo aficionado pela macro paisagem marítima e dulcícola
Gostaria de revisar as legislações de pescas em prática e teoria
Empolgar a Marinha e os Institutos para mais manejo e foco das áreas internas e litorâneas em Cia.
Da Amazônia Azul, as bocas, as fozes, as veias líquidas delgadas e largas ora verdes, amarelas, marrons e cinzas
Afinal no conjunto da gran máquina há utensílios, qualidade humana científica e o dever como título
Para constatar os prejuízos diários das barreiras nos rios sobre os migradores e os fixos
Por análises em campanhas de capturas e registros diretos, in locos, in situ e ex situ
Com conteúdo ecológico num palco oportuno onde se extrai amostras bios e outros materiais de pesquisas
Com isso provamos a dependência das realidades contemporâneas
Um tanto estacionadas ou fracassadas perante as alternativas do futuro
Treinamos limpas energias dos ultravioletas lá de cima desde as ondas in-paráveis até potenciais nucleares aos cuidados de Einsten
Estudamos as espécies de peixes com populações reduzidas em risco de serem extintas
As comunidades aquáticas afetadas por descargas abruptas como as rupturas dos restolhos das usinas
Por causa do próprio sol que racha a terra, por causa das economias!
Que trazem desequilíbrios na cadeia das presas e predadores
E devastam quase todo tipo de vida, além de alimentá-las, duo dilema
Tenho ases para saber se as peças anatômicas que registram o crescimento dos peixes gravam as marcas dos acontecimentos do meio ambiente nas linhas agregadas ao tempo
Se a qualidade do que se come são para o prolongamento ou envenenamento da biodiversidade
Para que as espécies sejam mais protegidas e possam crescer silvestres
Ou criadas, soltas e repovoadas como sementes neste oásis paraíso
Algo expedicionário conjunto com o desenvolvimento forte e inteligente
Que cace quem degrada terras, nas águas e margens, quiçá a atmosfera
Isso sim é um sinal do novo tempo, uma enxurrada de esperança
Uma arquitetura ideológica clássica planejada temporal por 1 a 4 anos intensivos
Perpetuando as melhorias das qualidades de nós mesmos
Onde o cheiro externo mude de fétido para o que agrada na natureza
A exemplo das cartas territoriais, uma minúcia que nos faria tomar banho de rio limpo
Recrear mais o físico e a mente desprendendo dos toques e cliques da rede info
E poder comer as carnes brancas grandes dos natantes que já deixaram descendência abundante
Não é tão difícil, é possível, com plano bem dito (bendito)
Que se quer com todo o coração agir em continuidade
Isto é de certo modo uma pontuação do que fazer e repetir
Junto de logos e brasões tão fortes dentre tantos coletivos com os dentes à mostra
Essa chama é provável que inflame clara
Essa ponte é preciso ser estendida agora
Essa gana é de quem ama o Mundo e o Brasil
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segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

DEL REI DELA MATA


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É bom ter as armas em mesa, mesmo em passos brandos
Como há diversas armas, pois, dentre elas psicológicas-inteléctas, científicas, literárias...
Além de estalo ou trim de aço, ferro
A lavoura e o homem já eram afetados antes da crava pelo minério
Eu estudei os sagitaes, micro cristais de pontas lanças
Três pares dentro das cucas dos peixes ósseos d ´água sal e doce
Independente de qualquer bandeira mundana, ao Franciscano
Os militares trabalham de certo modo, doando a vida pela terra
Agora em vida onde sangra e pós morte para onde vão?
Para fincarem bandeira pátria num campo estéril onde povoam peças suadas
Nos sinais dos fins dos tempos os tremores racham megas grandiosidades, realidades e pensamentos
Nas bases da babilônia, Judá, enquanto há gentes de sotaque intra televisionadas
Dos nossos sofridos dias de progressos
Del Rei Dela Mata.
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sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

MINAS MARRON

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O capitalismo mata mais que acidente de avião, todos os dias. O capitalismo gera câncer, transgênicos, entupimentos, ganância, poluições, competições e um ilusório poderio. Você que hoje bate na Vale – e eu também – precisamos do alumínio que embala as cervejas e os refrigerantes que bebemos a ver os novos craques milionários do futebol brasileiro. Para os catadores de materiais recicláveis o quilo das latinhas de alumínio vazias é o melhor peso para um mísero ganho repartido, quando estas não estão afundadas nos rios. É preciso de elementos periódicos, minérios, metais, calor, água, gás, para fabricar as pecinhas dos smartphones e os botões dos computadores de bordo dos carros, relógios e computadores. É verdade que as rodas e os eixos dos veículos da Vale, são tão grandes que servem de modelos para a NASA circular em Marte. Enquanto isso aqui em Minas Gerais o povo tem um sotaque bonitinho, fazem comida farta e boa à lenha, (uma herança pro rei) e prosam sobre tudo e todos nas praças meio iluminadas. Minas Gerais tem a marca na história do Império, do Brasil, dá um feriado mórbido e traidor, revolucionário e mártir da liberdade, onde brotam pedras coloridas e metais frios, brancos e amarelos. Em Minas Gerais tem um mar de montanhas, áreas naturais protegidas (mais ou menos) e um rombo financeiro político administrativo causado pela filosofia de um partido quase extinto, que caiu no colo de um empresário “rico”, coveiro dos falidos. Em Minas Gerais tem rios lindos e bichos aquáticos que batem nas barragens querendo subir os rios e não reproduzem de acordo com a ecologia desequilibrada da natureza, entrando assim para o Livro Vermelho da fauna da ICMBio. Em Minas Gerais os peões ganham 1, 2 salários mínimos, trabalham sob o sol sem ar condicionado e morrem na lama súbita, entupidos. Enquanto diretores, presidentes e todo tipo de representantes engravatados dessas logomarcas capitalistas que patrocinam as compras de todo dia de Minas e Energias do Brasil, ganham 7, 8, 9, 10 salários, dormem de meia e toca no verão, viajam de primeira classe, mas não caem lá de cima.
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quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

A DEUS

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A figura de “Tetél” para mim é como de um anjo sabedor de muitas coisas
Um santo corajoso bom diante do aprendiz, também, ainda desde infanto
À mesa – não somente uma vez – mas todas as vezes bem farta de alegria
Como a utopia explícita no texto produzido tão profundamente do simples rei
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terça-feira, 22 de janeiro de 2019

KTÁ = CEARÁ + RJ + GAZA

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Já dizia uma mística de casa, estou no meio das labaredas de um quadro pintado com anjos e demônios. Vazo ou morro pela Pátria? Fico, como alguém que espera um filho cruzar a ponte atlântica para os braços dos avós, tios e primos. Não durmo, suo, levanto, olheiras, ralo, instalo, podo, corto, planto, educo, cheiro os fedores e os perfumes do povo, vejo os cocôs nos rios, pedaços de carros, cacos de vidro, plásticos, o veneno dos ingratos, piso nos tijolos quebrados dos despejos e jardins de espinhos. E a cidade cresce com verdes e bafos. Imagino os personagens que não sentem nada. O Velho da Torre descendo a correr as escadas, KissHot mergulhado no seio da amada, Sebá dando um coice nos males com Ogalo. Todos vestidos de armaduras e uma arma imbatível chamada átma (alma). Parei com a fumaça, voltei dos vikings, desci ao inferno, me acham na mata, da comédia não rio quase nada. Ressuscita o frankstein, o sansão não move uma palha, urubus dão rasantes como águias, eufóricos estão os primatas, gargalham os que votam, os votados, mas choram as três bandeiras, quando idolatram os piratas. Dos Supremos, Fux me deixa ansioso, Barroso, "me adote", por favor e óh MA, impere e puna essa falha máquina! Pois há sangue nas fardas, e terão nas calçadas, os guerreiros não expandem sentados em rampas áridas, os gravatas engordam às custas das massas da Terra, os maldosos não fazem o bem.
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sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

A LANÇA

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Cerca Onça, acho que já conversamos via internet outras vezes (na sua especialidade) e é bem provável que ao vivo também, uma vez que "não sabemos" (sabemos sim), quem é a real pessoa que assina esta postagem. Já que são alguns os "cerca onça" é bom que todos saibam. Eu não fui eliminado do Horto Florestal. Esse deve ser um dos muitos boatos daqueles que coçam o saco na "boca maldita", no calçadão ou daqueles que ficam sobre o muro invejando a vida alheia. A minha opinião sobre a tomada do Horto do Estado para o Município, foi drástica e cabível sim, tal como às que você opina em sua página, sem grande oposição, aliás. Não tenho medo. E é triste que a sua especialidade seja interferir na liberdade de expressão dos cidadãos, assim sem mais nem menos, a fim de tentar "queimar" ou conturbar as pessoas. Você merece uma punição por isso! E terá. Algumas coisas você até acerta, mas infelizmente você tem a mania de cutucar a onça com a vara curta. É por isso que eu te lanço agora. Sou contratado para atuar em funções práticas dentro e fora daquela Unidade de Conservação (Horto Florestal) e pela Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente. Uma delas em cooperação na elaboração do Plano de Manejo da Estação Ecológica Água Limpa (você sabe do que estou falando, não é?!). Uma das razões, Mané, é ter este contratado da Prefeitura para ajudar o Estado a fazer o que tem que fazer, entre muitos outros pontos falhos, só visto por quem atua e trabalha lá no terreno. Se ao menos as ONGs ambientais de Cataguases dessem sangue à causa, mas não, alguns membros de ONGs, não fazem pífia e acreditam serem contribuintes vestindo uma máscara virtual para implicar com as pessoas. É o tipo de elogio que enche de brio o ego anarquista. Pois, então, eu sei o que estou falando. Estudei pra caramba, cerca onça, voluntariei em parques e reservas do Brasil desde o primeiro ano de FAFIC e hoje tenho dois títulos superiores fora do Brasil, sem nenhum tostão do Ciência sem Fronteiras, nem dos meus pais (um torneiro mecânico de 73 anos e uma costureira). Fui um daqueles alunos que obtinha a média, respeitava os professores, estudava o meu domínio (biologia), e amante da escrita, e por isso sei escrever minimamente com muita segurança sem precisar criar apelidos toscos e ficar atrás de figuras meméticas. De acordo com a sua pergunta, sobre como eventualmente o Prefeito irá conseguir gerir uma área daquela, que você acredita ser protegida? Você escorrega toda hora. A Prefeitura rala para cumprir suas obrigações sem ajuda do Estado. E cumpre. Dever cumprido. Outras demandas da Cidade abrangidas pela Prefeitura e pela Secretaria que atuo, cerca onça, é o plantio de árvores em áreas verdes. Em falar nisso, você contou quantas árvores morreram após a última poda? O show que deram por cortar os cabelos das árvores. Melhor contar de novo, porque plantamos muitas árvores pela Cidade. Outra função, cerca onça, é o apoio às Associações de Coletores de Recicláveis. Você não joga lixo no chão, pois não? Por favor, não faça isso, já que sua natureza é sacanear. Por fim, o "parasita" aqui que você acha que eu sou, ainda vai nas Escolas de Cataguases, fazer comunicados, palestras, convidar e receber alunos no Horto Florestal, onde crianças perguntam se existe girafa na floresta, tudo para educar infantos juvenis, talvez até parentes de bitolados "cerca onça" e adeptos destes que dão likes nas piadinhas nada intelectuais que vocês fazem por aqui. Grandes bocudos, ingratos e ignorantes, é o que são. Aparece lá. Quero ver.
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segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

POVO NATO DE SEBÁ

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Observância arcaica do convívio
Numa mata grande, nativa, crescente
Sobre o espaço ondulado nascente
De baias onde cresciam cafés e experimentos
Conhecida por todo mundo em movimento
Ah, corria água de um vasto olho d'água
Era bruto o que hoje ainda é belo
Mas onde as teias são tão finas e constantes
Como o globo todo iluminado pelo sol
Animais se mostram ao som das árvores
E todo tipo de homo sapiens busca a transcendência
E, evolução!
Eis que ser presente é tradução simplesmente
É a vida, biologia
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quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

VIROU POESIA

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Eu vim de lá do "Clóvis Salgado", a pé, rumo ao centro. Estava em visita à irmandade Rèche. Caminho, normalmente, pois sou peregrino, além de escrever as coisas que observo (isto virará poesia). Aliás, troquei uma vieira e um crucifixo por uma estampa de vida na carne externa, a imagem de uma espada e uma cruz vermelha na perna direita oposta superior à bandeira do Brasil interna na dobra maravilhosa da pisada. Além mar eu andava 20km por dia, durante 6 anos, quinze dias, seguidos, lógico, não todos os dias do ano, o que me fazia chegar numa praça com uma grande Catedral próxima ao mar do Atlântico, lá no fim do mundo (Finisterra). Seguramente afirmo, livre, que sou um peregrino. E já pensei ir à Cordilheira dos Himalaias andando, donde estou até onde vive o Shiva (Índia). E porque escrevo fico imaginando as paisagens remotas que chegaria ao vencer o caos da vida. Rans, o Zinza, diria de prima das piores coisas para no fim da poesia, talvez, dizer algo de esperança. Desses passos porém, noto o fim dos tempos. Muitos lócus (galpões, garagens, varandas) juntam gritarias que extorquem as matérias das almas iguais às bizarras boemias da Babilônia. Soltos perdidos, bárbaros presos e televisionados, vestidos não condizentes, salários bizarros, bizarros que falam... E as avenidas, os planaltos, as planícies, onde fedem excrementos das descargas das mansões de cantos e metrópoles, juntos com o inferno calorão dia e noite, num corguinho aos pés das árvores barbadas, um trilho do velho progresso perdido, assim não são bonitas, francamente, tão pouco um orgulho modernista.
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MEMÓRIAS DE UM IDO (S. MIGUEL/AÇORES - 2004)

Acredito: Depois que você entra no paraíso você descobre tudo aquilo que projetava e o que realmente existia. Além disso o que haveria ou nã...