sexta-feira, 15 de abril de 2011

Montanha irreal

Se o vigor do sentimento emanado do momento provar que o dia é válido para sempre, então constata que a vida tem espasmos de valor. E quando as emoções superam a ventania de maus presságios terás consigo um sorriso constante, e chegarás ao fim, para uma nova vida.
E do trevo há quatro partes onde o comboio cruza matas. Onde cidades se ligam por trabalhos. E no bolso a chave, com cruz e espada. E no jogo o ganho de uma espera possível da sorte.
De terra ao mar, o ar. Verão antecipado, parente de fogueira e calor. Nos campos as flores, areias dunares, casinhas de pedra e peregrinos a caminhar. Desejo o sucesso, aguardo o momento, espero as respostas com forte alento.
Alerta nos cantos, dos olhos abertos, escudo traseiro meus passos são certos. A fé escondida, sabida por quem, mais deve saber, que é perda do tempo, os pobres incertos, quem mais vou benzer? Eu vivo para ambos, o bem o mal, a um revigoro a cria a outro transformo-lhe em pó.
Tal simples vigor me mostra a paixão, reflecte alegria no meu coração. A vida é mistério e hoje existe mais pura noção que o dia é de paz.  

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Palavrões de palavritas

O chulé do tapete
A fumaça que pira
O alimento que mastiga
E a espada que paira
O cheiro é inverso ao perfeito
O ar, o que porta, é loucura
Da boca vem o alimento
E a força que sempre perdura.

Teoria é um acaso do pensamento
Um lampejo de tempo infinito.
La prática és un movimiento, involuntário
Dos membros do corpo que analisam os acontecimentos.

“Vou ao Porto, pescar peixe
Vi  horizonte e pontes sem fim.
Fui caminhando, sentado no trono
Em pé fui mirando o reino de Avis.”
Fragmento de realeza em livro de montar toda sela.

sábado, 2 de abril de 2011

Tropeço


Um ano cheio de dúvidas, um tempo cheio de esperas. Escritas que não são lidas, palavras que desespera. Notícia de quão negativo é este destino que não escolhi. No túnel não tem nem lampejo tão pouco um desejo de um mestre divino. Sorriso que tenho escondido bem feito o caminho que ruma ao tempo. São rimas, não risos, são ditos de própria lei.

Sem choro nem mama


Acabaram os esconderijos, caíram todas as grutas, não há espaço, não há abrigo. Os bêbados todos jorram vinho pelas ruas, os loucos atravessam pontes na contra mão e não há sinais que indicam a mulher dos seus sonhos ou a menina que te encanta. Pois os sonhos são memórias ilusórias de amantes, para amados, que se escondem agora em vitórias ou derrotas. O que digo são palavras não molhadas com um pingo d’água, o que digo é apenas um desperdício. Tal como a guerra usa seus fabricos eu vomito minhas palavras que não são minhas.

MEMÓRIAS DE UM IDO (S. MIGUEL/AÇORES - 2004)

Acredito: Depois que você entra no paraíso você descobre tudo aquilo que projetava e o que realmente existia. Além disso o que haveria ou nã...