quarta-feira, 30 de setembro de 2015

PLATÃO TÔNICO

*
Tenho cá eu umas prendas pra Senhora
Na verdade levo uma barriguinha cheia
Culpa dos ovos caipiras dos campos
E a receita de inhame de mi madre
Juntamente vou com meus olhos verdes
Para juntar com seus esmeraldinos
Um bornal de linha grossa feito à mão
Dentro dele “cousas” como diz em Trás-os-Montes
Para usarmos no nortenho frio que avizinha
Juntos aos sons dos bons amigos a beber vinhos
Levo peças de metal, rolamentos engenhosos
E os ícones variados do altar multifuncional
Levo a sola dos meus pés para irmos ao fim do mundo
E o Chackra da coroa onde o sol amanhece e dorme
Tudo isso porque virei a mira pro seu peito
E é dentro dele que vou depositar o meu amor
*

terça-feira, 29 de setembro de 2015

O SER TEM QUE ESTAR ACIMA DO TER


Por fé escrevo as minhas paixões ao Mundo 
Com a sina de fundar uma família forte
Onde conste no dia a dia o estudo da vida
Desde as ciências humanas às artes magníficas
Com tendência a ensinar a mensagem do título
Aos filhos que se sentam à mesa e agradecem o alimento
Sequenciando a honra com cultura pela posteridade
Não cobiçar as coisas alheias é o décimo mandamento
É uma frase tão antiga escrita em pedra histórica
Só que o coração dos homens é uma pedra lisa
E é por isso que existem as boas missões
*
“Bem-aventurados os humildes,
pois eles receberão a terra por herança.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça,
pois serão satisfeitos”.
--- Sermão da Montanha - Mt. 5, 5-6
*

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

DESAPARECEU E APARECEU

*
Eu vi as 4 estações da lua, na quinta hora noturna do dia. Ela mostrou-se completamente cheia e nos pulsos do relógio começou a minguar. Ficou vermelha como a lua nova. Sumiu no céu revelando as estrelas que já estavam lá. Eu a via debaixo pra cima, deitado ao lado da água no mesmo quadrado onde cresceram espigas de milho, figueira de doces figos e uma parreira das mais belas flores de maracujá. A lua que desaparecia era como uma vela que reluta apagar. No topo existia uma coroa de luz convexa e nos seus pés um côncavo clarão como um arco a navegar. Lembrei que o que via era mais uma prova do movimento do tempo. Pensei que ele passa desde os tempos inimagináveis e seguirá a passar por tempo infinito. Na hora da umbra (sombra) eu me apaixonei pelo o espaço. E tenho certeza que em nenhum momento a lua deixou de amar o sol, nem ele a ela. Nem mesmo quando a Terra separou os dois. Porque o Universo existe para nós.
*

domingo, 27 de setembro de 2015

CAMARADA PROFÉTICO

*
Meu voto é claro e mostra
Que os votos outros sejam
De uma natureza clássica
Onde o líder impulsiona
Com conselhos e mestrias
Não somente a economia
Mas as tradições e as bases
Essa democracia de partidos
Ganham granas para sujar
Enquanto há escolas sem ar
Hospitais com macas de chão
Estradas que não circulam
Que o povo tem que amargar
Isso tudo aplica ao elo amplo
Não quero ser singelo no entanto
Quero que um cometa venha
E rasante passe em minha casa
Pois o montarei tranquilamente
Para lá de cima montar o mapa
Donde centro as quatro quinas
E as rosas cruzes destinadas
*

sábado, 26 de setembro de 2015

PRAÍ

Já vou
Tô no ir
Não “no” 
Yá (sim)
Vou
Pra ti
Meu bem
Taí alguém?
Tô só
Com “pica” (vontade)
De mar
De amar
De ser
Seu par
Pow PÁ!
AL
A

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

O NARRADOR FUTURISTA

(...) Acabara de chegar à Terra Santa, vindo a pé margeando o mar à sua esquerda desde Lisboa até Santiago de Compostela. Na sétima vez ele confessou. Após o ritual do botafumeiro em meio aquela euforia de peregrinos e turistas foi ao primeiro confessionário de madeira dos muitos que existem na Catedral. A primeira coisa que fez foi perguntar se havia algum padre que falava português. A segunda coisa que disse foi que era necessário ser da Ordem. O padre que ali estava era o mais velho sacerdote ativo e por mais que entendesse português atendeu ao primeiro pedido do confessor. O padre pediu que esperasse e depois de exatos 5 minutos voltou acompanhado de outro padre, talvez o mais jovem da Catedral. O velho padre disse ao confessor em galego: “Somos todos da Ordem”. E se retirou para sentar-se justamente num dos bancos à frente como se esperasse retomar sua função enquanto rezava suas orações. O confessor então passou longos 30 minutos em conversa com o confidente, dizendo-lhe tudo que era para ser dito. Ao final desse tempo o confessor e o padre saíram do confessionário e foram de encontro ao outro padre que curiosamente ainda estava concentrado em suas preces. Então o novo padre tocou no ombro do velho padre e disse-lhe: “O senhor precisará tomar o primeiro avião com destino à Roma para entregar uma carta do confessor nas mãos do Papa”. O confessor ficaria mais 3 dias em Santiago, sob tutela da Ordem à espera do próximo passo. (...)

PROVE OS VERBOS DE GÃO

Procure agradar mais a Deus conduzindo melhor os homens porque na hora da sua morte os homens carregarão seu corpo e Deus abraçará sua alma. O homem sorri espontaneamente quando está tranquilo com a sua consciência. E a consciência é o melhor manual para a próxima vida. Não pense no castigo que os que traem receberão. Pense que eles já foram castigados por trair. 

DÚZIA

*
Eu posso bem fazer
Mandar que os ares te levem em mãos
O que sinto quando imagino o amanhecer
Pois meu brilho emana um som
Perfeitamente igual ao seu espelho
Que energiza as luzes pobres
Quando disputam por razão
A dedicação dos aprendizes
Evapora barreiras como água
Isso são coisas do majestoso Dom (Sebá)
É como uma romaria leve
Percorrer ilhas atlânticas
Ter que convencer a todos
Que a ilusão não vence o Rei (Sebastianismo)
Nos ecos dos casarões recuperados
Pilastras são escondidas por portões
Fechados pelas lendas esquecidas
Semi abertos aos passeantes
Em praças, avenidas e estações
Quem observa absorve a ideia
Que nas primeiras horas do dia
A noite é menos sombria e mais fria
Porque este hemisfério sul é empinado
Em verdade é muito fácil o que faço
Igual a dezenas de clássicos musicistas
Todos companheiros fidedignos e legítimos
Quando cravam seus acordes como armas
Em todo ato bom que torna constante o trabalho de ação
*

MEIA NOITE NO JARDIM DO BEM E DO MAL

O mendigo anda de chinelo
Em raízes de solos belos
O mendigo levanta o velho
E agita estádios longes
O mendigo treina as feras
Aprimorando suas garras
Não se fere nem de perto
O mendigo sente frio
Quando o calor se instala
Por sentir o ar da estrada
Ele tem um cheiro verde
O mendigo vence o inimigo
Sem causar-lhe por pena
O mendigo pede o fruto
Que lhe sobra no seu Mundo
Ele finda a sua liberdade
Quando se encontra morto

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

NOSSA SENHORA (Ápice)

*
Dentro da minha prece
Vejo-te e peço pressa
Sua graça me conquista
Atrai-me como farol
Eu entraria na guerra
Carregando só bandeiras
E atravessaria mares
Remando no braço
Soprando as velas
Para estar ao seu lado
Porque a vida é magnífica
E você faz parte dela
Viva, para me fazer mais vivo
Eu te dedico livros e canções
Eu te nomeio a Nossa
Do mais belo berço
Nos quatros cantos do Reino
Você está no meio do meu coração
*

A CARAPUÇA

Dizem que ela serve justa
Àqueles que se escondem
É como um tapa de luva
Derruba do muro o galo que canta
Dizem que ela revela os olhos
Aos olhos dos que condenam
É como um jogo de justiça plena
E quem vence é por própria conta

terça-feira, 22 de setembro de 2015

POSEIDON, QUEM MATOU PIXOTE?

Pivetes,
Eu não tenho nem chicletes
Muito menos uma tela móvel 
Por aqui vou perdendo a vontade de ficar
Vou ficando cada vez mais ranzinza
Por causa dos políticos
Que arrastam desvios
Por causa de vocês, também
Que anarquizam a nossa terra
Por causa do clima abafado
Fico maluco com o sol longe do mar
Por causa dos "secos" das serras
Tem muita gente mesquinha
Nesta cidadezinha de história dormente
E pouca gente de alma nobre
Que aventuram-se em artes novas
São raros os que convidam para um copo da casa
Outros crescem os olhos sobre o dinheiro pouco
Meu time não ganha mais (até hoje)
Não tenho presentes para a minha mãe
A mulher que habita minha cabeça mora longe
E eu vou mesmo embora atrás dela (me espera)
Ela é linda, sábia e isso é tudo que me alegra
Mas aviso antes, seus pivetes de *****
Aí nestas praias de beleza e caos
Mora uma onda gigantesca, "na moral"
Na verdade ela não liga muito para vocês
Porém eu sei como fazê-la se mexer
E "pode crer", ela chega até vocês
Sobe morros, invade palácios e planaltos
Limpa as sujeiras do Brasil por completo

DIPLOMACIAS

Eu te falo (a ela e somente a ela)
Como é certo (a chegada)
O abraço (sem demora)
Neste ano (ainda)
Uma carta (passada)
Chega antes (novamente)
Como o corpo (quente)
Tem calor (a seu favor)
Então espera (por favor)
Um pouco só (há tanta coisa)
E guarda o peito (para mim)
Sonhe com o som (da nossa voz)
Frente a frente (me diga sim)
Por que eu sim (vou me entregar)
Pedir-te-ei o tempo (todo que há)
Para juntarmos e construirmos (em qualquer lugar)

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

THE PLAN

Requer andarmos lado a lado
Para reforçarmos nosso laço
Onde conheceremos espaços
Nos interiores e nas margens
De milenares casas imensas
Até as naves pousam nos lagos

ULISSES

Homem comum
Viveu Semideus
Polifemo ciclope
Venceu, astúcia
Irando, seu pai
Netuno, fez mar
Mesmo bravio
Máxima salvação
Deus Zeus Hare
Início, meio e fim
Brahma Vishnu Chiva
Parte que o infinito existe
Pois
Existe

EASY

Revelo-te
Como ninho
Também como um rio
E mar grandioso
Em terra revelo-te
Por amar-te tão presente
E tão distante o olhar teu
Meu diamante esconde
Suas facetas são como rosas
Suas bochechas, lábios, cabelos
Deusa minha Wicca duradoura
Sois tesouro
Seu ventre
É naturalmente
A nossa criação do mundo
Sempre que Deus se manifesta
AMEM

domingo, 20 de setembro de 2015

QUANDO SOBRA

Vem chegando a hora
Vou roendo as unhas
E estalando os ossos
Bem queria uma cabine
Mesmo que mercante
Para a travessia Atlântica
Lá do alto antes o pouso
Disseram é seu o Porto
É possível que o tome
E tornar-me mais invicto
Por conter o próprio Tejo
A tranquilidade me procura
Eu correndo busco respirar
Como agora a brisa nota-se
Indicando que a mudança
Só me importa uma coisa
Quem no Porto importa?
Seja uma ou todas as pessoas
Eu irei mesmo que contrário
(Não é este o caso)
Vou a continuar o plano máximo
De viver oculto até ser revelado

sábado, 19 de setembro de 2015

FRANZ

 “O agrimensor K. chega a uma aldeia coberta de neve e procura abrigo num albergue. O ambiente sombrio e a recepção ambígua dão o tom do que vem pela frente. No dia seguinte o herói vê, no pico da colina gelada, o castelo. Como um aviso sinistro, bandos de gralhas voam em torno da torre. O personagem nunca conseguirá chegar até ao topo, nem os donos do poder permitirão que o faça. Em vez disso, o suposto agrimensor – porque nem mesmo sobre sua ocupação se pode ter certeza – busca reivindicar seus direitos a um verdadeiro cortejo de burocratas (maliciosos), que o atiram de um lado para outro com argumentos que desenham o labirinto intransponível em que se entrincheira a dominação.”
*
Fonte livro: O castelo; de Franz KAFKA. Companhia das Letras, 2008.
________________________________________________________
P.S.: Agrimensor = Aquele que executa a arte de medir terrenos

VIVÊNCIA

Essa história já foi contada
Ela foi conjuntamente vivida
Será então reeditada em prosa
Para terras da península ibera
Caminhavam do sul para o norte
Peregrinos de continentes e ilhas
Um por sinal disse que ouviu os anjos
Que tocavam trombetas divinas
Indicava-lhe a rota até Finisterra
Eu como crente em tudo, evidente
Propus-me a chegar ao fim da terra
E encontrando o homem dos anjos
No fim da rota e o mar como estrada
Doei-lhe minha harmônica de prata


LENDA URBANA: DO TEMPLO

Reza a lenda que dois cavaleiros, um comerciante e outro professor, empreenderam uma campanha de reconhecimento pela cidade onde viviam. O comerciante era um típico capitalista possuidor de moedas cotidianas enquanto o professor era um mero mestre da sabedoria. A certa hora da noite os dois se viram às portas de uma festa onde o ingresso de entrada era o equivalente a uma quantia monetária que só o comerciante possuía. O professor por sua vez, sem conter moedas, continha lealdade, por possuir sabedoria. Foi então que uma velha bruxa vestida semi oculta em uma capa negra onde só se via seu nariz, sussurrou ao ouvido do comerciante prometendo-lhe a entrada naquela festa sem que gastasse suas findáveis moedas. O comerciante sem pensar duas vezes entrou na festa abandonando rapidamente o professor à porta sem qualquer comunicado ou saudação de companhia ou despedida. O professor tranquilamente logo prosseguiu sozinho a campanha pela cidade onde morava. No dia seguinte o professor foi ao estabelecimento do comerciante e com alguns fragmentos do tesouro que possuía de seus antepassados mandou servir o prato de comida mais caro do estabelecimento. Assim que o caro prato farto chegou à mesa, o professor fez um sinal ao comerciante para que viesse até ele e sentasse na cadeira. O professor proferiu as seguintes palavras ao comerciante: “Segure aqui a quantia equivalente a este prato de comida. Estou pagando esta comida. Mas não vou comê-la. Quero que você sirva este prato, que seja quente, a qualquer primeira pessoa que fizer este mesmo pedido de refeição. Tal pessoa não pagará por este alimento, pois já está pago aqui agora por mim”. Então o professor se despediu e levantou-se da mesa. A lenda conta ainda que durante muitos anos ninguém pediu tal prato naquele estabelecimento. A comida paga naquele dia pelo professor nunca apodreceu e o comerciante não mais ganhou dinheiro por décadas. Dizem que o professor sumiu no horizonte para ensinar povos distantes.
***
MORAL DA HISTÓRIA: O dinheiro é um mau consequente e a sabedoria é um bem incontável.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

THE LIVE MAKE ON

*
Será profético
Muitos não dormirão tranquilos
Aviso que o estalo virá como um raio
Que atravessa o circuito longo de um rio
Frente àqueles que sugam energias
Pense em um socialista neste momento
Que defende o não trabalho por saber
Pois de fato há tamanhas obras já sabidas
Onde palcos vagam em avenidas iluminadas
Esclareço que sucumbem os debaixo iludidos
E os debaixo não sucumbem os de cima
Garanto que sou eu o que dita as letras todas
Eruditas, soube que a corda rompe
A todos que ousam a coroa acima
Ela parte instantânea e some
Surge em terras que a consome
Estes objetos todos presos
Para mim são livres desapegos
Abuso aceitar o não, sempre equânime
Ainda mais quando fecham as fronteiras
Pois chegará em breve o tempo em que a ceia
Será para os que dizem sim
*

DOUTOR

*
Com o fio da barba azul
E o sangue mais que vermelho
Vou ao caminho moderno
Do prédio na mata atlântica
Enquanto espero o Palácio
Impulsionar meus planos
De voltar à terrinha saudosa
Para ver “Ana” Rainha dos Castelos
Entre outras serras, corpos e litorais
Onde os rios mais limpos nascem
E deságuam nos quintais do atlântico
Vou pra escutar nas calçadas velhas
Nos vagões, nas janelas e estradas
Que a volta de quem foi um dia
Traz alegria ao alimentar a esperança
*

QUARTO A VELAS

*
Eu quero muito
Cruzar o mar
Chegar a tempo
Para o café
Ouvir a rádio
Em língua lusa
Sentir seu beijo
De boca rubra
Cheirar seu pelo (cabelo)
Mostrar meu sopro
D´um mantra velho
Beber mil vinhos
Novos e velhos
Morar no Douro
Estudar o Minho
Gritar, leões! (futebol)
Fazer fogueiras
Abrir castelos
Subir nas torres
Casar na igreja
Comer caseiras (comida)
Criar abelhas
Fazer do mel
O nosso anel
Pintar a casa
Construir o ninho (cama)
Dormir contigo
Quentar o peito
No inverno bravo
Montar cavalos
Nos campos fartos
Andar descalço
Nas praias todas
Voltar às ilhas
Num barco branco
Juntar meu sol
Com a sua lua
*

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

AS 7 DAMAS PERPÉTUAS

São sete belas maravilhas
Elas são todas iguais
Cada uma em sete castelos
Elas não são pecados capitais
Com seus sete cavalos de guerra
Elas abrem os portais
São sete filhas férteis
Elas são os cristais dos vitrais
São do ocidente e do oriente
Elas são potenciais
Conquistam os pontos cardiais
Elas alegrarão um pai
Com seus filhos dourados
Elas florescem rosas matinais
As sete damas pertencem
A um único ÁS






ALTO ESCALÃO

Resume a vida toda com a própria
Fórmula de consciência humana
Estampa uma anomalia disfarçada
Na genialidade face da evolução
Enxerga imagens de seres antigos
Chega a qualquer lugar ao pensar
Cruza montanhas com imaginação
Descobre que o início é mais puro
Na culpa do ar elementar composição
O globo rajado de caminhos verdes
Azul marinho de oceanos profundos
O homem resguarda palavras no tempo
Herança aos que verão verões voltar
Existe uma praia de neve junto ao rio
É o solo do mar que espera a sola pisar
Será mais velho que antigamente via
O Espírito Santo celeste o irá mostrar
A paz absoluta vem com o fim do desejo
Mas antes colherá tudo o que plantar

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

KISS HOT MÍSTICO (Isto é uma ficção)

A maioria dos amuletos está sobre uma bancada
Três deles encabeçam minha esteira do sono
Outros poucos andam a encher meu bolso
Meu corpo é novo, mas minha alma é velha
É por isso que aproveito para observar o tempo
Sobre os combates é verdade que evitei alguns
Não gasto panos para começar conflitos
Mesmo que logo esteja dentro deles
Eu tenho um plano para reunir os reis
Mas sei que os demônios comparecerão
Eles não conseguirão nos desconcentrar
Porque estamos ungidos do óleo que a terra dá
Porque estamos molhados com a água de sal
Porque estamos iluminados pelo fogo noturno
Porque respiramos o ar mais puro que existe

terça-feira, 15 de setembro de 2015

PROSA EM HOMENAGEM A OKARA * A BARCA DE DOM MANUEL I

*
Vejo gente à porta
Eles não têm casa
Mas eles veem TV
Como pode ser?
Eles migram como ratos esfomeados
Montam barracas, fundam favelas
Pedem o troco, mijam no chão
Já viu o ouro nos seus dentes?
O Papa João Paulo II andou de Roma
O Papa Francisco alertou para o mal
A velha Europa é uma zona atrativa
Será que haverá água para o feijão?
*

O PORCO DE SÃO BENTO

Eu chegava do norte até aos encraves altos feitos pelas cicatrizes do rio douro para me formar ou ser formado, ou simplesmente, formar em Ordenamento do Território. Passava uma hora e quinze minutos dentro da linha do Minho a observar os campos ou conversar com as pessoas. Assim que chegava à estação de trem mirava o grande relógio redondo dependurado, mas antes de entrar no primeiro átrio de azulejos era notável um velhinho que escarrava brutamente no chão. Juro que lhe chamei atenção algumas vezes, mas nos dias seguintes sem mudança tive mesmo que pedir ao segurança: “Tirem esse velhinho daqui! Ora essa. As pessoas estão chegando à cidade e às portas tem um personagem minando o chão com cuspes? Não! Não! Tirem esse velhote daí, já!”. Os leitores mais medrosos pensarão em preconceito ou rudez. Porém a maior jurisdição justificativa é científica e salvaguarda a saúde de todos. Um indivíduo cheio de catarro nos pulmões está em processo de cura natural contra vírus ou bactérias em seu corpo. Nós possuímos anticorpos, isto é, células que combatem certas doenças onde o processo decorrente desta “guerra interna” é o surgimento de muco, o escarro, a mistura do resto imprestável. Não devemos jogar esse mal excremento para as ruas, sujeitar o nosso mal interno ao ar livre onde pessoas transladam. Além de feio o ato do cuspe, é maléfico e condenável pois o indivíduo errôneo contribui com a propagação de doenças. Os cientistas ensinam que os vírus cristalizam, viram esporos, se encapsulam. Bactérias resistem e “mutam” (mutação). Esses males ficam por horas dentro de uma poça de cuspe provindo de infelizes inconsequentes ignorantes, com a pena aceitação de tantos outros que fazem o mesmo ou não agem em contra ação. O velhinho com certeza tinha seus 80 anos, deve ter tido uma educação campesina. Aceitável cuspir no campo sendo que no campo é bem diferente que no cimento da cidade. O líquido na terra se agrega ao solo, é secado e misturado, não dá tempo nem chances aos micro-organismos sobreviverem. Mas nas calçadas o cuspe é como um oceano, no universo onde pisamos, tocamos, comemos, respiramos. O velhinho que foi tirado dali não contaminava mais. Todas as pessoas com hábitos de não se importarem com seus simples atos por seguirem tendências da maioria, precisam ser formadas (desde crianças com educação) ou justamente eliminadas. Os ministérios responsáveis pela saúde social recomendam quarentena, isto é, repouso, tratamento e devido fim a resíduos excretados com contaminação de “biomales” (parasitas) de indivíduos em processo de cura. Os ministérios recomendam, porém devem ensinar e ao extremo recolher e separar da normalidade. O Quinto Império é um palco tão detalhado a par da perfeição que exemplifica um caso, que de fato são muitos, a não constar para que logo assim conste num novo mundo, um rumo para o que é certo e deve ser bom. 

O BODE SACRIFICADO

Conta uma história do oriente que um bode ia ser sacrificado por um sacerdote e no momento que o punhal foi içado para o golpe o bode soltou uma gargalhada. Surpreso com aquela situação inesperada o sacerdote assustado pensando alto perguntou: - Por que está sorrindo se vou lhe tirar a vida neste exato momento? O bode então disse: - Eu vivi e morri dezenas de vezes como um bode, e esta é a última vez que morro como tal. Na verdade eu era um sacerdote antes de reencarnar vezes seguidas como um bode. E fazia exatamente o que você fará comigo agora. Voltarei a nascer novamente sabe lá Deus em que forma. Mas se eu nascer como homem e sacerdote, tenho que estar muito atento para não fazer oferendas de vida com mortes.
(...)
Essa é uma concepção do efeito do Karma para os estudiosos da Vedanta. Eu, neste tempo decorrente, nasci sem querer alimentar. Tive que experimentar as mamas de mulheres tantas. Hoje já crescido e forte, superei o primeiro drama do Karma, graças a natureza e a todos que me alimentaram, e, estudando os Vedas, reconheço a próxima vida na morte dos que vivem a zombar da morte.

MANUAL DE UM PRÉ PROJETO MUNDIAL

Eu tenho uma gama enorme de desenhos abstratos
Cerca de três mil desenhos em formato digital
Fiz uma seleção de 50 destes desenhos
Eles foram separados em estilos, em padrões
Tapetes, papel de parede, arquitetura
Máscaras, tabuleiros, réguas, círculos, natureza
Preciso mostrar esta seleção para um “mister”
Estas 50 imagens precisam ser impressas e emolduradas
Depois precisam ser expostas num grande salão
Elas custarão meio milhar de real, um quinhão
Se não forem vendidas todas no primeiro salão
Poderão ser itinerantes em outras cidades
Novas exposições, em outros salões, regiões
O eco aos convidados chega a museus e galerias
Tem papéis timbrados preenchidos de explicações
E assim se dá o casamento da promoção com o artista

SRI HANUMAN

*
Sonhei com você
Tive um bom sonho com você
Sonhar com você é diferente de ter um pesadelo com você
O sonho é mais bonito e mais calmo
Para mim é como sonhar com Deus
Os pesadelos com você são bizarros
Certa vez tive um pesadelo com você
E você tinha a forma de uma feroz ave gigante
Outros pesadelos não quero nem lembrar
Mas ainda é fresco o sonho de ontem que tive com você
Estávamos caminhando lado a lado a conversar
Cruzamos uma ponte
Eu avistei uma árvore com sombra no meio da montanha
Apontei para irmos lá assentarmos para comer e beber
Nós fomos até perto desta árvore, mas você não quis parar
Então continuou subindo a montanha e eu ao seu lado a acompanhar
Mas acordei antes que chegássemos ao topo
Mesmo assim acordei feliz porque bem te vi no sonho
Nós andávamos numa estrada, cruzamos uma ponte
Subimos a metade da montanha onde tinha uma árvore com sombra
Mas não paramos
*

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

RI

*
De Tudo
Falei
De amores todos
Fazei
Paz é verdade
Cantei
Um Dom sisudo
Rei
*

CRIO

Do miolo da ponte Verona
Padrões que bem podem untar
Azulejos sobre tijolos das casas
Tapetes e átrios de qualquer lugar
Bandeiras flamejam nos tetos
Ao longe caminhos por chegar
Reflete a potencia da marca passada
E indicam que o reino assim será

domingo, 13 de setembro de 2015

AVOHAI

Falai
Em qualquer língua
Aos índios ou todos os antes
Povos antecedentes,
O elemento brando é o caminho
Vivaz é contemporâneo, viva!
Novo como um crente aprendiz
Ser de força e fronte eternamente
Pacífico como as águas dos rios
Absinto, sinto dizer que gosto
Das águias em observâncias
Trago um bolso vazio de som
Regado de álcool e fogos sãos
Pois quem diria o rei partir mais uma vez
Longe além dos sons de sua flauta em punho
Chegam gentes de fora
Para contemplar aurora
Aurora é Dama
Que abraça una
Seu par constante
Até o fim

SOMOS MAIS QUE SEIS

Nós todos devemos ler
Só assim iremos entender
Que nós temos um gosto
Diferente de tudo que comemos
Somos doces quando bem dizemos
E amargos até em pensamentos
Nós temos que aprender
Que seremos condenados
Se invejarmos uns aos outros
Mas seremos salvos já em vida
Se doarmos nossos corações

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

CONFIA

Aguarde e guarda seu peito cheio pra mim
É muito bom te ver, melhor será te ter, assim
Tenho um atlântico e meio dia para vencer
Absorver gestos do povo e adornos dos campos
Mas quando exatamente seu rosto tocar o meu
Perderemos a noção do fim, como Prometeu
As entrelinhas mostram “a cara” destas cartas
A importância do elo novo com a linda Lusa ***
Que une sorte e sangue, iguala o nobre e o pobre
E não duvida nunca que o amor é mais forte
Porque gera a descendência dos que continuarão
A confiança nossa está nos raios das horas do sol
Que já te brilha, que me procura e faz sentido
Assim da gosto, viver disposto, a construir de novo

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

NA CASA DE DAVI E SALOMÃO

Avisa lá que o gigante ainda dorme
Porque o núcleo é berçário de corruptos
Que mancha o sistema todo da república
Onde bobos (palhaços) governam a maioria
Pois é claro que o gigante dorme sem culpa
Se a realidade é escolha do povo que amontoa
Uma escumalha de pessoas sem amor ao próximo
Sequer pelos rios, solos, frutos e culturas
Amargam notícias repetitivas das notas que não compram
Já havia dito que valores invisíveis alavancam
Bem mais potentes que os brilhantes que rebaixam
Por isso quero mais filhos da Lusitânia futurista
Se o oriente cedeu-me no centro o que levei do ocidente
Agora preciso que o centro me aceite convicto pra sempre
Como é que Saramago conseguiu o Nobel sem pontuação? Heim?

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

JUSTO

Cabe a mim esse destino
Viver exatamente assim
Tocar pessoas de qualquer lugar
Com letras certas e sede de amar
Nestas ricas praças de pedras
Com traços triangulares no chão
E escadas com conchas acústicas
Aqui nesta grande nação
Até além-mar distante
Sejam lindas terras férteis
Os meus amores sejam bons
Cruzem sérias belas donzelas
Venham abertas pra mim
Mesmo que me olhem torto
E murmurem sobre meu rosto
O desgosto dos primeiros loucos
A falar melhor com cães e passarinhos
Eu sou o quarto filho sano por completo
Estudioso de vitórias e honrarias
Esperarei um sinal mais misterioso
Não a porta que emperra e não corre
Esta me tranca dentro de um salão nobre
Mas aquela porta que mostra o horizonte
É um aberto compasso do espaço
É um aro pousado no topo
É um arco sem fim

PAR.AL.MAR

Eu vou chegar com a frente forte
A olhar bem dentro dos seus olhos
Com cuidado, pois na sua boca mora o sol
Tão feliz porque seu ventre abraça a lua
Seus cabelos longos me agrada imenso
Trago a boa nova revelada a toda hora
Sons aveludados de uma flauta ao dente
Os teatros abrirão portas a Dom e Maria
Calçadões com transeuntes contentes
Portos com marinheiros bem dispostos
Irei pronto a recomeçar uma nova história

terça-feira, 8 de setembro de 2015

HOMENS DE JIHAD

Certa vez na ilha verde reunimos-nos, os 5 melhores cavaleiros da Ordem de Santo Cristo, numa grande casa de quintal junto ao mar. Havia certa tensão no ar, porque um dos homens mostrava-se com comportamentos maliciosos e indicações que iria se rebelar contra nós. Neste quintal havia um poço raso em forma de estrela de Davi, onde naturalmente enchia-se de água nos períodos de chuva, sendo um local de respeito referencial às fontes da Terra Santa. A gota d´água ocorreu quando tal membro mal visto juntou um punhado de lenha e colocou dentro do poço sagrado a fim de atear fogo, algo que feria os nossos princípios e manchava a nossa tradição. Ele ainda tentou nos desvirtuar dizendo que a noite seria fria, não chovia e o Rei não iria se importar. Um segundo membro quase que tomado pelo mal começou a concordar com a situação proposta pelo rebelde. Vendo aquela contaminação mental se alastrar eu mesmo tive que tomar uma atitude drástica antes que perdesse todos os homens para aquele malfeitor. Resolvi testar a fé dos homens – a nossa fé – diante da justiça de Deus e lancei um desafio. Algo que dava brio ao ego de qualquer cavaleiro. Disse a todos que entrássemos no mar e enfrentássemos 5 ondas. Ao mesmo tempo fomos ao mar e fizemos o proposto. Porém só 4 de nós retornou. Aquele homem mal fora eliminado e não existia mais entre nós. Chegamos próximos ao poço, ele estava sem lenha e cheio de água. A lenha estava empilhada fora do poço e o fogo já queimava. Então aquele segundo homem que quase fora contaminado pelo mal, ajoelhou-se entre o fogo e a água do poço e em prantos chorava. O acontecido mostrou-nos que para vencermos o mal temos que enfrenta-lo com lealdade e fé no que é bom.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

OLÁHI

O final não é difícil
A não ser que seja rápido
O final do início é lento
Isso é de fato descansar
Beira o precipício das fascinações
Chega aos solos mais profundos
Só por caminhar entoando canções
Porém antes voa livre como pássaro
Solto como sempre em meio ao tempo
Nota-se um sorriso à toa amplo
Afinal é mais fácil partir já
Mesmo assim chego neste instante
Como em qualquer quina deste brasão
Em posição, distinto, forte, instintivo e puro
Entre espaços cheios d´água ou casarões
Atreverão me deixar unido à chuva
Nada sozinho porque pingam gotas do céu
Ficarei fixo como alguém mor raríssimo
Porque Deus envolve como o aro do anel
É então que me despeço dos viventes
Vou refugiar-me num claustro por querer
Vocês por muito tempo não verão nada diferente
Mas acalmai os vossos corações dispersos
Voltarei do mesmo modo como agora, sempre
Quando na despedida da estação mora ela
Na iniciação de um sistema velho ao REI

IRÁ PARA VIR

O cheiro do milho verde ouro
Lembra os Verdes desta terra
As mesas sem cadeiras de balanço
Acumulam mais o meu impulso
Os desencontros de amigos
Proporciona-me novas paixões
Perguntam-me o que vejo
Vejo bustos móveis
Vejo fuscas como porsches
Vejo faces de leões
Perguntam-me o que fascina
Fascina-me testar a multidão
Perguntam-me se tenho medo
Não, tenho, não
Se o querer é um tropeço do poder
Prazer, eu sou a ponte de conexão
O Fusco e o Branco me motivam à poesia
Por enquanto um mero criador de bordões
*
“O acaso gera casos que perduram pela eternidade”

A DANÇA DA CHUVA

Conta a história que os índios da América do Norte costumavam acender uma grande fogueira onde ao redor dançavam, cantavam e tocavam instrumentos com intuito de agradar o deus da chuva para que este manifestasse sua alegria com água vinda do céu. A tradição se iniciou por conta do tino apurado de ancestrais anciãos, homens espirituosos, aqueles que estão conectados com a natureza e são observadores do espaço sideral. Eram estes que assentados numa pedra viam no horizonte da terra o mormaço oscilar o ar rumo ao alto. Associavam a força do sol que aquecia a terra, remexendo a atmosfera, fazendo subir o ar quente e descer o ar frio. EUREKA! Vamos fazer uma fogueira! Eis que ciência e cultura são bons ingredientes da evolução.

sábado, 5 de setembro de 2015

MAIS UMA RAINHA “MORTA”

Talvez por causa do bafo
Ou da pança de cevada
Talvez pelo sapato, barba ou farda
Programado à ardente realeza
Nem mesmo abstratos expostos
Que revela o ponto máximo
De uma pintura do seu ventre
Tem sinal a sua boca em minha
Mas há porém, há, nunca e sempre
Ela é minha sempre!
Não é minha nunca!
Por isso vive e morre consequente
Quando vista junto ao nobre vivaz

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

ANFITRIÃO

É aquele que une mesas
Que pousa as jarras frias
Destampa a massa fresca
Que abre a porta e chama
Os que vivem bem a vida
Em Portugal diziam estar mal
No Brasil ouço o mesmo, igual
Do pró-reitor à banca científica
Eu vivo para os que me executam
Porém doo pilhas de energia
Na linha que mata ou glorifica
Entre moinhos de cabelos longos
Sonho com os cachos dela
Com a cor dos olhos dela
E o sabor dos beijos nossos
Procuro começar bem o dia
Mas há quem me diga não
Então adianto o passo e o rumo
Pois tranquilo sei quem é o anfitrião

(LEON)

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

MORAL EM PROSA

João não tinha nada
Ele namorava Maria
Que o amava
João foi-se embora
E Maria bem guardou
Por João o seu amor
João voltou adiante
Ouro e prata, brilhavam
Maria não gostava
Ela gostava de João
Do seu coração
E mais nada
Maria é rara
João sou eu
Moral da história
O ouro esconde
A prata em piso raso
As pedras brilham todas
Tudo isto é "meu"
Mas meu coração
Maria minha, é seu

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

TAT SAT

Você descobre que eu preciso
E só por isso pensa em poderio
Eu só sei que necessito tudo isso
Saber que você precisa de arbítrio
Para não dizer nada de maldito
Ganhar é ter meu fruto bendito

O CASTIGO DO SAL GROSSO

Aos fulos desejo o extermínio
Qual a vantagem de chamar a atenção?
Levantam a voz os que te ouvem gritar quando falo
Seja consequente e tenha consciência
A fala que chega encontra a sua loucura
Castigo! Ou terão rejeição ou serão excluídos
Como não serem mais vistos
Nem lidos, nem ouvidos
Educação é bom
Vocês devem gostar

O OVO DE COLOMBO

*
(...) Certa vez 
KissHot abordou uma dama 
Quieta por causa de KissHot 
Tornou-se rebelde sem sorte
Além de atrair KissHot
Outros pobres crentes
De Iludida voz levante
Que some num olhar vão
O certo é melhor que o errado
É um relativo abstrato
Porém a Dama insiste melancolia
Com ausência de esplendor
Quem berra quando medita
Deixa turva a dádiva do início
Ícone sacro, o alimento verde
KissHot tem costume falar bem
Com TODOS que encontra
Quem reage tem uma história
Quem não reage tem outra história
KissHot conta-nos essa história:
SE, hoje você consegue acariciar um leão
Porém amanhã ele te avança, deixe-o!
O leão te avançará não porque é mal
Mas para lhe tirar o mal
E tu, livre esteja
No leão que não avança
Neste que concentrado reina

HOY ÉS NOSTRUM REI

*
Traduz em letra
Que o som produz
Vocais perfeitos
De pura luz
*
Tantas damas
Pré Donas, cantarias
Um totem além acompanharia
Dom nosso de observância, amem
*
Revelar quarto dourado
Margem total magnífica
Sopro brando claro ardente
Natal fica em HARE KRISHINA
(O/Em nome de Deus)
*
Fiéis,
Vós que sente os diretores
A matriz vivente está no passo mor
Onde em Paço ajam o prós existentes, sempre!

terça-feira, 1 de setembro de 2015

PIVÔ

O responsável pela frente do salão
Meu calçado era branco ou preto
Minha vestimenta era vermelha e branca
Meu time era uma mistura de brancos e negros
Lembro-me de passar a sola sobre a bola
E deixar os guarda-redes (goleiros) no chão sem perdão
Corria para o abraço e repetia a dose mais três vezes
Tudo para convencer Bené, um vulcão em erupção
A listar meu nome junto aos preferidos da seleção
O cheiro do pavilhão era típico do domingo matinal
As arquibancadas compostas de sócios e visitantes
Os pais entre gritos, sorrisos e impulsos vibrantes
Não havia conflito, pois saudável era a competição
Era em um Clube de nome aquático à beira rio
Onde eu também batia pernas e braços no frio
É um clube com porta junto à sala de troféus
Os reunidos tinham seus apelidos, em bom sentido
Desde bichos, comidas até anatomia humana
Tatu, Mosquito, Grilo, Jacaré, Gambá, Juca Baleia
Chocolate, Café, Meio Quilo, Boca, Oreia (orelha)
Eu era apenas o pivô, o responsável pela frente do salão

***

A todos os meus amigos.
Estão todos incluídos nestas lembranças.
Clube do Remo

QUASE TUDO PRONTO

Haverá mais ditos novos antes do meu lamento próximo
Fiquei sem par para me reencontrar imenso como o mar
Alguém para viver conjunto no espaço tempo que não para
Tenho tido primeiras vistas com raízes de amor e paixão
É em suma uma bruta impressão que estampa meu coração
Os de Áries alimentam rápido essas emoções ou sensações
Os de Áries são fiéis com postura adiantada em qualquer ocasião
Mesmo que esteja sem tostões e mergulhado em perdições
Desde sempre peço um beijo porque sei que a lua gosta
A distância minha a ela equivale ao sol que cora damas maravilhosas
Por saber que o calor dos seus lábios emana eu me faço mais vivo
Necessito estar atento ao próximo eclipse para um novo encontro breve
Bem queria que ontem fosse novamente e amanhã já seja agora
Tenho boas setas que indicam os atalhos dessa vida incerta e gloriosa
Uma delas é intensa e aponta para as cicatrizes de profundos ferimentos
É a prova que a dor de quem separa morre quando nasce um novo amor
Assim sendo lanço o verbo no espaço que no alto deixa longe a minha dor
Pois o destino é bem regido e conduzido em bravas águas calmas
É um relicário que tão perto brilha que parece ter infinitas formas

MEMÓRIAS DE UM IDO (S. MIGUEL/AÇORES - 2004)

Acredito: Depois que você entra no paraíso você descobre tudo aquilo que projetava e o que realmente existia. Além disso o que haveria ou nã...