sexta-feira, 29 de abril de 2022

É JUS QUANDO PRECISA-SE DE UM REI

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Quando os poderes se batem
Com nomes gregos e romanos
E nomes de sistemas antigos
Nem por isso inúteis como os modernos
E as interpretações das escritas
Dos ofícios e importâncias, se confundem
Quando os atos, as posturas dos exemplos
O explícito mal feito é notável, descarado
Quando as definições dos livros
De história, relatos e gravações
Dos artigos, das receitas e dos indicativos
Das posições dos ícones piores que robôs
Quando as fatias escorrerem pelas mãos
Quando a escassez de educação até para andar houver
Quando o desrespeito e a ignorância prevalecerem
Quando a república pede ajuda aos externos
Que nem falam a mesma língua, mas almejam
Quando no Brasil deixar de chover e a terra chorar ou arder
Enquanto os que perderam a rédia não souberem disso
... É JUS QUANDO PRECISA-SE DE UM REI
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terça-feira, 26 de abril de 2022

COPIA PRO TWITTER

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Tirem-me o celular das mãos
Tirem o celular das mãos
Atirem os celulares aos olhos
Às mãos atina-se com o celular
Voe com o celular nas mãos
Mergulhe com o celular nas mãos
Toque com o celular nas mãos
Estude com o celular nas mãos
Fotografe com o celular nas mãos
Escreva com o celular nas mãos
Pinte com o celular nas mãos
Entretenha-se com o celular nas mãos
Labora com o celular nas mãos
Tirem o celular das mãos!
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domingo, 24 de abril de 2022

FOSTE TU

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Tu fostes amada com cheiros sim
Tu fostes colada todos os dias a mim
Tu fostes farol, porto e sonhos
Tu fostes uma guia na terra Natal
Tu fostes cia. de bucho e de sonos
Tu fostes a ilusão que a realidade criou
Tu fostes o milagre da vida, só que não
Tu fostes o incentivo da minha coragem
Tu fostes o motivo dos meus sins 
Tu fostes quem deu mais seu do que eu
Tu fostes relâmpagos e trovões pra cima daqui
Tu fostes um quadro, com lâmpadas que se apagam
Tu fostes aprendizado, um barco, no oceano sem fim
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quinta-feira, 21 de abril de 2022

RITUAL DA CASCATA: A P. COELHO

(Isto não é ficção) 
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Elemento água
Armadura água que reforça o espírito
E a justa espada em punho dentro da cascata
Encontre uma cachoeira limpa de gente, em horas
Onde a água escorra como chuveiro, sonora e abundante
Em pedras que se andam, também descem águas e respingam
E sobre o corpo sinta a força líquida como capa, manto límpido
Por minutos pense que a água é protetora de incontáveis elementos
E armadura corrente contínua, se não, a natureza seca, empobrece
Mas com um cristal de ponta ou outras pontas lanças
Postado dentro da cascata com toda segurança dominante
Imagine por minutos os problemas todos que lhe atormentam
Seja colocá-los com rostos, nomes, causas, símbolos e frustrações
Imagine que a ponta lança finda todo sentimento ruim
Ao passo que a armadura deixa-o mais forte aos tormentos
Ao fim todo sentimento será bom pois se treinou o bom combate
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THE PASS OF PILGRIM

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Você dá seta demais
Sabe que as estradas podem ser melhores
Você indica tanto que captam
Ou ignoram
Você traça a retirada das pedras em volta das Praças
Ao mesmo tempo que nivela o solo e as recoloca aos mapas
Você pausa tem hora
Bem em cima do pulo
Você empolga, extravasa e transforma
Sobe, monta e ultrapassa o horizonte
Você sonha ainda que acordado
Realiza coisas tão simples que nem contam
Você escreve profundo, fácil e genuíno 
E o que escreve é raro, porém de todos
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quinta-feira, 14 de abril de 2022

EFEITO BORBOLETA

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Você pode achar dominar alguma coisa, mas se não souber realmente comandar o domínio, o conduzir e o equilíbrio - de qualquer coisa ou situação - as coisas, as peças, perdem o controle, não se ajustam, não funcionam, justamente por não serem bem comandados(as). Não dominadas não têm controles e perdem-se. É por isso que as guias bases nunca podem ser esquecidas. Está embutido dentro da cabeça. Ou nem os que pensam dominar nem os dominados ou perdidos se salvarão. Saiba que de tantos domínios, as escrituras, todas, rezam atalhos aos clarões das consequências de todo o passado, presente e futuro.
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quarta-feira, 13 de abril de 2022

ENQUANTO MOZART AMADEUS WOLFGANG

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Carta ao Anjo da Guarda
Hekamiah! Eis mais uma longa carta a ti. Sou crente que as lê e compreende, ou sente-as seja em sacrifícios, súplicas, cânticos, oferendas ou rituais dessa Tradição. Estou mirando ir além, novamente. Tentei fixar raízes onde estamos, mas como sempre, onde estamos é sempre muito novo e não lhe reconhecem como os velhos, ou como velhos mesmo, experiente. Há sempre motivos para as idas, partidas, chegadas e reinícios. O tempo não prega mais tantas piadas, pois se sabe que os acontecimentos podem ser por nós feitos imediatamente, independente da opinião do destino. A concepção da vida e o estalo da morte já são outros quinhentos que temos que aceitar. Tenho em mim florestas inteiras e fragmentadas, mas lá do outro lado tenho uma lenda viva e sinto bem o frio e os ares. Irei abrigar numa Casa que acende fogueiras o ano inteiro. Prepara o alimento para vindos, idos, chegados aos que partiram, de invictos aos dos confins do Leste em explosões. Migram pessoas há tempos nesse mundo globalizado, então as amarras são bem restritas aos malditos. O nobre inteligente administra uma Gran Casa alimentícia, procriada e referência nos livros dos Euros, e de certo os combinados precisam ser preparados, feitos excelentíssimos, de novos pratos a cantos e toques, e exposições. Ciclos de pulos associados ao bem feito e aos calendários da retomada. Com a certeza absoluta de que na bagagem os experimentos de tantos postos, em mar, ar e terra, também seus paladares, os que se aproximam e se conhece tanto é que se agrega à eles. Sem contar o que se extrai do ouvido interno dos peixes. Geram novas uniões. Com certeza chega, atinge e coça, lembranças e esperanças, pois sabendo, Hekamiah, dirá à Malta. Toda  gente que labora, de qualquer forma, em sintonia e nem pensa que quem vem lá, é o novo mundo projetado no universo do Velho da Torre. Aquele que Dom sobe as escadas correndo para contar coisas do sano. Há outras gentes boas há tempos pra lá e pra cá. Ora! Salvou-me uma gente boa de alma e carne brasileira, companhia e suporte de tempos de risos e tentativas, mas como é típico do nativo qual o ímã gruda no seu núcleo, então fica e alimenta os ramos. Contudo irei, se só, não sei, talvez, mas certo que renascerei, como sempre. Tanto desejei ingressar em logomarcas, times e funções que de certo modo fiz sem contar quanto pra nada, sem dúvida de aprender e contribuir, o que pode ser igual ou melhor que outras qualidades, mas infelizmente as cadeiras eram bambas, as portas engastalhavam, as plantas vivem sim, mas muito por causa das chuvas, muitas outras secam, são arrancadas e muito pouco se planta. E a verdade é que o empreendedor que esforça míope em olhar para temas que visem menos valores de moedas e mais valores de inovação, pioneirismo e mudança, na verdade ama muito mais os “tec tis sapiens” do que um andarilho que por ter visto ao passar opta por restaurar os rios à sua originalidade. Toda figura na pirâmide portadora de qualquer quantia, roupa ou lápide, até as subposições, os tais sub poderes, que não prosta diante da necessária magnificência de uma realeza iluminada e potente, como o raro, o evolutivo, o predestinado, o esperado, na verdade desconhece o pioneirismo, que desde então retoma sempre sobre cenários caóticos, perdendo a chance de marcar a história com menos tempo do que tantos prantos, ilude-se em sensações e descrente é. Não peço tanto mais, muito menos material, muito mais espiritual, ainda que sonhe em padrões, status e posições sociais e monetárias, ou famílias com nomes e feitos fotográficos, feliz pela liberdade e acabo achando rico a gana de buscar tesouros do outro lado do atlântico, seja uma vida ou uma vista, ou simplesmente tudo que remeta ao Quinto Império, uma vez que essa letra se comporta muito bem com a de alguém da Companhia do Rei.
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QUEM VEM LÁ?

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Quem dera houvesse uma ponte rápida, hoje em dia

Há conexões que duram dias Brasil Portugal de outrora

Nem queria que houvesse passado igualmente, mas agora

Tão pouco aguça o futuro a saber do fim e a graça que finda

Só queria que o presente fosse forte, corajoso e genuíno e é

Como mostra quem apronta a mira para a glória da natureza nostra

Fama, riqueza, leitura, louros, pompas e imagens, são leves lufadas

Crias, voltas, cumes, cristas, ares, floras e cinzas, isto é a vida brava

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terça-feira, 12 de abril de 2022

QUADRA SANTA

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Não é que você tem
Você é o dado, a flecha lançada
É a calmaria pós tormenta, ambas
É quem chama, cala e conquista

Não é que você pausa
Você é o caminho já traçado
É a dor pós parto e as criações
É quem sonha, revela e prepara o chão

Não é que você queixa
Você ama e pulsa como áries
É o dedilhado das cordas antigas
É o que consta d'uma gama imensa de ideias

Não é que você caia
Você nada, vaza, ressurge e alcança
É a lança postada em sintonia nata
É cruz, espada, fortaleza, símbolos e proteção
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sábado, 9 de abril de 2022

PAIS

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A mãe, o pai
Matrizes
Exemplos
Formadores
Bases
Eixos
Topos
Guerreiros
Vencedores
Socorristas
Quem te ama
Eu vos amo
Para sempre
Obrigado
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quarta-feira, 6 de abril de 2022

TIRINHAS PÚBLICAS

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Enquanto isso... 
Que saudade da vivência dos Artigos 116 e 117, no âmbito da Ética na Lei 8.112/90
... Escusa e gratidão. 
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terça-feira, 5 de abril de 2022

PASSEI?!

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Eis a coragem de escrever
Que mesmo com dor age por saber
Que antes pensa, acumula e aguarda
Logo extravasa em multifunções
Devorando fascinado a Constituição 
E qualquer bibliografia em lusa língua
As Legislações que lhe abrigam
E toda questão referente a agora
Tanto que se encontra trechos da vida
Talvez justas, talvez injustas
De uniões e separações
Reconhecimentos e desprezos
Do direito de se desligar e valer
E por direito receber da máquina
Pelas práticas executadas com excelência
Não há negação aos olhos dos leais
O que há é uma energia prestes a imperar
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PANDORA AMBIENTAL

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Evolução se equivale a Progresso
Ações a moedas, suores e capacitações
Feitorias a projetos, bases e guiões 
Produtos a utilizações modernas e futuras
Impactos a marcas inevitáveis das produções
Legislação a Ordenamento do Território
Mitigações a marcos de soluções 
Conformidades a amor à Terra
Inovações a inteligência e iluminação
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domingo, 3 de abril de 2022

UM GRAN CAPÍTULO

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Na véspera de completar o 39º ciclo de vida após nascer, mais os meses de gestação e natação, lembro-me hoje das andanças do Caminho de Santiago de Compostela. Lembro-me de ter cruzado uma porção do atlântico norte num navio mercante, traçando a Macaronésia rumo ao continente. Lembro-me da primeira peregrinação quase sozinho por todo o caminho, exceto nos dois últimos dias, o Conselheiro de outubro e princípios de novembro. E lembro-me porque meus 39 anos chegam com a cabeça calibrada, e que justamente por lembrar das vezes que percorri o Caminho de Santiago, mostra ao próprio ego ou consciência – quanto de satisfação já se viveu dentre tantas outras sensações, a imaginar ainda o quanto ainda irei viver a percorrer caminhos. Então, lembro-me das feiras de cavalos na Vila de Teo, do último dia para um cavaleiro trocar sua gaita por um pangaré. Lembro-me das pedras brancas e do cavalo branco. Lembro-me do pingente de ouro e do anjo junto à concha e a flor no peito e ventre da madre. Lembro-me das beldades do caminho, das lindas paisagens que se passava por elas. Registrou na memória, por isso lembro, pois era possível se ver dentro delas, inesquecível. Lembro-me das bandeiras nas praças, dos sotaques do mundo, das massagens, das dádivas e suportes do corpo e do espírito. Lembro-me dos sopros por todos os anos, do embornal, dos tragos e mastigações. Lembro-me dos cafés, das manhãs com cheiros de frutos nos campos e cidades. Lembro-me dos sinos, dos trilhos ultrapassados, das estradas, pontes até de viadutos. Lembro-me das serras, das bruxas, dos bichos, das magias protetoras dos conxúrios da Galícia. Lembro-me dos festivais, das ovelhas, das reproduções nos campos e fronteiras, das cruzes e naves das igrejas. Lembro-me dos peregrinos e dos turistas, dos pagadores de promessas, dos artistas e da qualidade de vida que é caminhar até um lugar por dias... Lembro-me dos menus, dos beliscos, das feitorias, dos vinhos, dos pães e da água. Lembro-me do suor de todos os dias, do poder de Cristo, dos rituais humanos e da natureza, da fumaça da Catedral, das oferendas mais simples e da obtenção que é uma vontade imensa de a cada passo conquistar, corrigir, construir e viver feliz.
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MEMÓRIAS DE UM IDO (S. MIGUEL/AÇORES - 2004)

Acredito: Depois que você entra no paraíso você descobre tudo aquilo que projetava e o que realmente existia. Além disso o que haveria ou nã...