quinta-feira, 29 de setembro de 2016

O TÍTULO

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Eu assinarei no fim um pseudônimo. Em outros tempos eu bebia vinho em comemorações maiores do que estas histerias de hoje em dia. Mas agora quero falar de um amor quase impossível. Dentre tantos obstáculos, o sangue é o que mais aproxima. Dentre outros amores, a distância insiste persistir. Ela estava vestida como uma autêntica Dama de preto. Vestido de branco eu a olhava de longe como um Príncipe ansioso pelo futuro. Vale ressaltar que eu não sou daqui, desta terra. Pertenço cada dia mais a uma terra velha virada para o atlântico. Aquela terra tem as chaves do mundo todo. Onde as paixões que lá tive não duraram meia vida. Pediram-me para cuidar do mestre porque ele é aquele que ajuda as pessoas. Além do mais o mestre me ajuda. Enquanto outros se perdem eu venho aprimorando o meu rumo como um mestre. Que volta a ser o mesmo sítio. O lugar onde fala essa língua. Seja em ilhas, vales ou colinas. Durante o dia a chuva avisa, mas não chega. Durante a noite ela não avisa e chega. Quem me ensinou isso foi o Pajé. Mas eu, eu sou o Cacique.
BRASIL, 2016.
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quarta-feira, 28 de setembro de 2016

CRÔNICA: O FIM DO MUNDO

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Periodicamente as ruas (pessoas em máquinas) emitem sons desagradáveis para o interior das casas. A altura do som dos carros é algo extremamente incomodativo. Com certeza essas práticas maléficas afetam a maioria bruta das pessoas causando insatisfações gratuitas. Imagina, pois, idosos e recém nascidos recebendo esses impactos durante a noite. Imagine qualquer pessoa dentro de um cômodo, seja de madeira, pedra ou vidro, a projetar ofícios dignos de bem com alvo à todos, e, constantemente ser confrontado com essa distorção exagerada vinda da inconveniente atitude de uma minoria que ostenta uma exagerada emissão de som sem qualquer finalidade prazerosa. Esses indicativos constatam duas coisas importantes de serem resolvidas o quanto antes. A tal liberdade mal educada e ignorante atua com o intuito de prejudicar a sociedade e, a segurança pública é falha no seu trabalho. O termo "à paisana" existe justamente por causa da observação da paisagem e nós vivemos num tempo tão fácil de captar informações que eu tenho que lançar esse pedido na rede: O vácuo (LEI) pode passar por aqui ou teremos que arrancar orelhas (RESPOSTA) ?
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CIÊNCIAS

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Há uma semente potentíssima que brota e uma vez crescida frutifica abrindo frequências que modificam as próprias línguas. Além de projetar sobre o horizonte uma ponte vista como um caleidoscópio tão multifacetado que bate às portas de outros mundos. Tudo por causa do elemento que residente na central do pensamento é capaz de encontrar cristais nas cabeças dos peixes e castelos de nuvens no ar.
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quarta-feira, 21 de setembro de 2016

A VIDA É CÃO, SEBASTIÃO


Porque a velhota sujou o chão da praça
Porque a separação abala os alicerces 
Porque parado dormem emoções
Porque o remédio cora o sangue
Porque as festas uma hora acabam
Porque o povo descrente não avança
Porque o clima secou as monções
Mas a vida é um leão alado mítico
Como a juventude é uma esperança bela
A liberdade prova conquistas e reconquistas
E é assim que o globo se agita
Com a pura qualidade de bem fazer
No movimento genuíno do tempo
Os iluminados atraem benditos
Até a chuva enche os rios e os campos férteis ficam
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NO MEIO

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Pense
Que as teorias sistemáticas da organização
O próprio universo até o entendimento das coisas básicas
Provém de uma fonte, alimento
Que é a energia divina
Agora pense no risco do destino possível
Viver no Rio de Janeiro
Local de famas históricas
Com mil cruzeiros?
Pense que você está no meio do Atlântico
Onde podes colher uvas com sabor vulcânico
E até caminhar por dias nas brumas
Exatamente onde está o seu Ying Yang
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POSTAL PARA ENGENHARIAS E ARQUITETURAS

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"O modernismo é um maduro velho
Movimento que equivale ao futuro"
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domingo, 18 de setembro de 2016

LAKSHMI

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Em um sonho de uma tarde quente
Corri nos corredores de um labirinto
Achei uma piscina límpida suspensa
Mergulho e ascendo num estádio cheio
No meio de um campo verde vejo bandeiras
E a rota que a minha cria fará ao leste
Pedi à minha amada para perguntar ao Brâmane
Se o meu planeta se fundirá ao dela
Já que o mapa do amor vaga nas estrelas
Eu portava um cordão de esferas de madeira
Da árvore com galhos para baixo e raízes para cima
Então acordei com a certeza que a sorte virá amanhã
Na noite chuvosa que o sol criara com seus raios
Para reensinar a língua e aprimorar os dons
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sexta-feira, 16 de setembro de 2016

VAZANTE

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As fontes falhas desmascaram
Tanto os lunáticos desvairados
Quanto os velhacos experientes
Elas funcionam como guilhotinas
Ora afiadas que degolam a massa
Ora cegas (sem corte) deixando-os cômicos
É certo que todo rio leva e traz
Tudo quanto é coisa, crias e fins
Eu pensei que estava chegando
Vindo de norte às lágrimas ao sul
Mas na verdade afirmo partir farto
Em busca do que não me canso
Justamente a minha parte viva
E uma insaciável fome de Sede (Fundação)
Noutros ares que me encantam
Bem por beijos de beldades
Ou arquiteturas mais antigas
Essa tromba d´água armada alta
Uma hora cai também bendita
A lavar as porcarias humanas
Noutra hora proliferam pragas
Pode ser que Lisboa publique
A revelação do oculto régio
Pode ser que escale o Cristo
Sal do mar no corpo a pé levado
E é por isso que hei de caminhar
Como a Terra move-se no tempo
Semeando planos com olhares
Navegando mares de paixão
Com a fé inabalável no Supremo
E as chaves dos castelos no coração

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quarta-feira, 14 de setembro de 2016

O PASSADO VOLTA A SER PRESENTE

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Isto é um canto interpretado vívido (Teatro)
Ao povo que expectante é ciente, olhe!
Olhe a zona que está esta política (Democrática)
Chamadas para caçar gravatas (Democratas)
Onde estão as músicas reacionárias? (Régias)
Aqueles que atuantes impactam
Vivem a construir a base fácil
Um Império! Verde e amarelo
Por potência de gerais minerais
De terras com florestas e animais
Um globo todo navegável por estrelas
Fértil pelo sol que amena as cucas nossas (Cabeças)
De falas entendidas instantaneamente (Ibero-Lusa-Latina)
A sociedade sempre muda, é inevitável (Óh tempo, infinito aperfeiçoamento)
Causa da divina graça iluminada (Sua)
(A DIVINA PROVIDÊNCIA) (Necessária)
Estes atos provam ser por Ordem (Certa)
Na máxima maestria de reger novidades (Abstratas)
DEL REY DELEON
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sábado, 10 de setembro de 2016

SERRA, CERRADO

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No topo do morro do vale
Vê-se no horizonte ondas
Um mar de montanhas de Minas
Sobre o olho d´água que brota
Os gaviões planam no mormaço
Os pastos são como filhos do sol
A Ybirá plantará uma floresta
Que será um cabelo pro monte
Uma ponte terrestre verde vértice
Para que as aves multipliquem
A chuva escorra nos riachos
E a paisagem fique mais atlântica
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sexta-feira, 9 de setembro de 2016

TENHO PANOS ONDE NELES CONSTAM LETRAS, TENHO PLANOS ONDE NELES CONSTAM GLÓRIAS

TENHO PANOS ONDE NELES CONSTAM LETRAS
TENHO PLANOS ONDE NELES CONSTAM GLÓRIAS
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No espaço onde vivemos o que é preciso? A sociedade precisa de punho forte. Se não há punho forte haverá o alimento para o caos e a desordem. Esta é uma expressão que à primeira vista revela quase instantaneamente uma interpretação única remetente à força corporal. Em suma este termo bruto engloba para além dos membros – que realizam obras ou destroem, criam graças e desgraças, atos que necessitam ação – também a teoria dos planos, as adaptações no meio ambiente, dons e a coragem de aplicar práticas já residentes dentre a mente, que são capazes de transformar a própria história do tempo vigente. A política é uma arte tão importante quanto plantar arroz. Porém a política é destinada aos políticos por essência com domínios exímios e capacidades sobre tal arte, ainda que saibam plantar arroz. Eis a variedade dos dons. Os grandes filósofos como Platão, Aristóteles, Sócrates, entre outros revelados quando se mergulha nos estudos sobre as sistemáticas das políticas e sociedades da Grécia antiga, devem ser a base necessária e fundamental – e digo com punho forte – exigência obrigatória a qualquer indivíduo aspirante ao poder das massas humanas e materiais. No Brasil, vivemos um sistema democrático republicano que aceita a candidatura de indivíduos aos cargos de governança pública desde que apresentem o mínimo necessário para tal. Isto é, as regras pré-políticas aceitam o mínimo (relativo e direcionado à capacidade ou dom de governabilidade) de um indivíduo, quando deveria solicitar o máximo dos indivíduos. Em verdade, no Brasil, há muitos casos explícitos de indivíduos que acederam aos cargos públicos por causa dessa democracia republicana, mesmo sendo eles corruptos, ladrões, maléficos, incapazes, inclusive, ex-palhaços de circo e ex-jogadores de futebol, entre outros indivíduos que estão engajados na política do país, sem a arte de tal regência, sem a capacidade de tais funções, “todos”, acobertados pela constituição política atual do Brasil. Imaginemos um cenário no passado que possa exemplificar com referencia à aspiração de poderes ou funções que não eram de seus domínios. Pensemos num salão onde uma corte inteira se encontrava reunida, o próprio rei com seus conselheiros, inclusive o bobo, e este bobo solicitando a palavra ao rei aspirava um ministério qualquer. Após todos rirem acreditando ser uma piada o rei poderia decidir três vereditos. O sim imediato; o não imediato – ambas as decisões poderiam impactar o reino com os úteis ou inúteis conselhos do aspirante bobo àquele ministério – e por fim um teste, o que seria mais sensato, além de mais um espetáculo no salão. No mesmo modo sobre as capacitações, imaginemos um homem bom e leal nesse mesmo reino. Cego e sem os membros superiores queria ele participar de uma frente de guerra como cavaleiro daquele próprio rei. Ainda que houvesse tempo para testar as potencialidades daquele homem que buscava tal função surpreendente e inimaginável numa frente de guerra, antes do sim ou do não, eu quero confrontar-vos com o punho forte. Em conexão, do hipotético passado ao real presente, hoje homens e mulheres, pessoas com deficiência (termo definido por lei) competem e superam em alto nível a Paralimpíada, modalidades esportivas originais, adaptadas ou criadas, a ponto de provarem o poder da capacidade com estas superações. O que precisamos no local onde vivemos? Punho forte!
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quarta-feira, 7 de setembro de 2016

NASCI OUTRA VEZ

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Quero escrever um livro
Quero fazer um filho
Quero plantar uma árvore
Tendo feito tudo isso
Morrer é preciso
No entanto ainda estou vivo
E quero chegar sano ao leito de morte
Ainda que ache que despenharei do céu
Ainda que tenha plantado bonzais
Que no norte cresça um leão de gelo
E que meus livros não tenham capas
Eu acredito no destino
É ele que martela os planos todos
Nesta vida agora
De outras auroras
Também as horas certas
Dos sorrisos e lamentos
Bem neste exato momento
Há aqui uma estrada real
Acolá um porto mercantil
Em toda parte amigos e inimigos
E se há vida depois do fim?
Sim, pois, nasci outra vez
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segunda-feira, 5 de setembro de 2016

A ESTRADA

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Sono pouco, pensamentos tantos
Livros folheados com os dedos
A amolar facas que cortam os matos
Matos que alimentam os que morrem
A apontar ferros que ferem os ladrões
Levantando de mesas que não despedem
A falar com pessoas que conhecem partes
Desejando a sorte, a consorte e um filho
Acendendo o fogo que confronta a ilusão
Navegando um rio quase a chegar ao mar
Ao mesmo tempo alto quase a aterrar por lá
Procurando alguém que ame e me deixa amar
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sábado, 3 de setembro de 2016

AS HABILIDADES DO MESTRE

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Eu sou velho, aprendiz
Sobre a frase sua a mim
Digo no sentido exato de saber
Que o entendimento do título
Desse texto nosso conjunto
É Igual ao vencedor evolutivo
Pois vivente é crente na natura
Neste instante agora e no além
Quem ciente é grato ao Criador
Consciente de Deus Mor
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sexta-feira, 2 de setembro de 2016

CRÔNICA: NÃO SE ESQUEÇA QUE VOCÊ É O POVO E ESTÁ NA TV (!)

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Estão destroçando o Brasil
Como bom Sebastianista, vivo
E hei de acreditar no Apocalipse
O final dos tempos indicam
Ao menos 4 cavaleiros impactantes
Destoam bruscos movimentos
Por destino que precede o início
Com bizarros comportamentos
Pessoas (homens e mulheres) que quebram vidros
Como rebeldia que não cria mas extingue
Causas de políticas dormentes no passado e no presente
Separam poucos como verdadeiros sábios benevolentes
Outros tantos selvagens como índios
Dentre todos, mais que todos, o raro
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quinta-feira, 1 de setembro de 2016

ZINZA - O RANS

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Essa cambada não lê pífia nenhuma. Não pensam direito, não escrevem direito, não conversam direito. Jogam lixo pelas ruas, poluem a cidade querendo ou não com suas descargas. Lá do outro lado do Atlântico os velhotes escarram muito no chão. Os mais novos, evidentemente, seguem. E falo para eles também. Essa cambada não estuda direito. Lá do outro lado do Atlântico há milhares de “estudantes” brasileiros com bolsas de estudos que as usam mais para viajar, fumar, beber, comprar e gastarem o ouro negro do Brasil. Confirmo, eu constatei vários casos dentro de uma década. Essa cambada de músicos ditos socialistas, humanistas, esquerdistas, não golpistas, são “macaquinhos comportados” nas mãos dos empresários ricos dos bares e restaurantes, que os taxam, literalmente TAXAM, como se fossem comida, com o chique nome franco de “couvert”, couvert artístico. É mole? “Putain de merde” (PQP). Estes, músicos, principalmente, aceitam estar no mesmo nível das azeitonas, sem valorizarem suas capacidades, sem o punho forte para confrontarem os gigantes capitalistas, sem a mínima energia ideológica que de fato poderia ser um ato de populismo e socialismo em benefício dos ouvintes, o povo, aqueles que comem e bebem e ainda pagam aos empresários uma porcentagem “X”, que destinam tal gorjeta aos artistas, sem saberem de tal justiça rija aplicada por cabeça, às mesas, ou pela cor dos olhos e cabelos, de onde vem e que incenso é esse??? Mera e explícita hipocrisia, essa cambada ir às praças e avenidas protestarem a favor de uma política democrática, republicana, falha, desorganizada, má gestora e má administradora de um território e seus elementos vivos e materiais, que outrora foi a Sede de um Império e a metade de um continente. Daqui vejo os bandeirantes modernos fanáticos, estacionados na evolução quando valorizam obcecados os ícones da foice e do martelo acreditando que devemos mais trabalhar (indispensável realizar), quando progresso é não ferir a terra, é elitizar o povo, isso sim, para mim é mirar estrelas.
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MEMÓRIAS DE UM IDO (S. MIGUEL/AÇORES - 2004)

Acredito: Depois que você entra no paraíso você descobre tudo aquilo que projetava e o que realmente existia. Além disso o que haveria ou nã...