CONVITE AO TRONO (LA FORTUNA È CON ME)

*
Que tal?
Peixes, crustáceos, fornadas...
Mesas várias, olhar bem de perto
Tragos saborosos, cheirosos
Prazeres privados por horas
Que tal?
Andar pra todo lado, lado a lado
Falar passados de ambos
Imaginar futuros juntos
Fazer um chão com teto alto
Que tal?
Translados ao Atlântico, Mediterrâneo...
Às cidades satélites do Estado
Acelerar a paixão sem medo
Viver sabendo que um dia acaba
Que tal?
Aceitar a célula natante que fura
O ovo que desce lentamente
Para a cria que nasça poderosa
E gravar nossos nomes no Império
Que tal?
Dizer sim para mim todo dia
Dizer não a qualquer outra cortesia
Fazer pérolas de declarações
E juntar nossos corações
Que tal? Hum?
*

PLIM PLIM

*
"Vareta",
Eu sei que você "gosta" do JN
Mas, vou falar do Fantástico
Enquanto comia, escrevia pra mina
Moderno, mas nada clássico
Foi então que vi na tela
Um black bock destapado
Com cara de santo coitado
E a cicatriz de um coração na testa
Reclamar no microfone do Roberto Marinho
Que os cacetetes da PM
Doíam mais que os calhaus
Que eles jogavam nas cabeças de pais
Que honram a ordem militar
Aí eu penso na época da Bastilha
Nos cavalos contra os tanques da "primeira"
Ou melhor, eu penso numa raça extraterrestre
Que por acaso queira dominar a Terra
E chego a conclusão que
Ou a pessoa reza ou vai pra guerra
No meu caso, fui chamado de outro sobrenome
Logo após esse "ataque", neguei e sorri
Essa é uma das minhas armas
Mas pode ser que eu "cague" e ande
Ou simplesmente ruja como um leão
*

REVELAÇÃO

*
Lembro, de forma bem corrida e clara, num parágrafo contínuo com um ponto só, final, quando novo, magro, cabeludo e a barba sempre cheia, caminhava pelos bosques da península noroeste da Ibéria, enfrentando cães selvagens e pedia pão e água para corrigir meus erros quando antes mais novo ainda tentaria abortar a minha própria vida, salva pela vista de um médico de família que me olhava como agora me olha, ainda vivo, gordo, com salário, sapato, perfume e mastigações, atos, que me fazem exatamente o mesmo, sem medo, o peito a frente, as mãos impacientes e o coração tão próximo como distante bem no meio de uma necessária revolução.
*

REVELAÇÃO II

*

Quase sempre

Quando leio

O que escrevo

Choro de emoção

*    

PSICOLOGIA

*
Se vocês soubessem o que realmente sinto
Digo, uma sensação extremamente máxima 
Quando vejo o céu de dia e de noite
As nuvens e as estrelas, de dia e de noite
Quando sinto dentro dos meus olhos
Os raios do sol e as suas formas multivariadas
Quando toco com as pontas dos dedos cordas
Sopro aveludado ar ao dente em coragem
E piso esse solo onde morrem e nascem gentes
O peso de ser humano por destino altivo
Quereriam que manifestasse mais que palavras
Que meu sangue fosse líquido bebível
Minha inexistência seja algo pela eternidade
Mas, como mero narrador da consciência minha
Espero que o sono chegue treinando a morte
E acordar para ser aquilo que Deus mandou
REI
*

SÊ USTED

*
Em qualquer língua
Roupa, posto ou movimento
Seja o que emana do interno
Corpo, desde o suor ao intelecto
Mostre uma calma nobre una
Um compasso junto com quem quer
Que seja livre à aceitação da vida
Porque ela acaba numa matemática
Comparada às batidas do coração
Assim sendo, pois, viva!
Como igual a todos
Para todos
REI
*

PARA VIVER NA NOVA ERA

*
Essa é uma oportunidade “a lá” 2012
Criar um sistema novo
Baseado nos sucessos do passado
Fundado antes desta República
Lembremos, “ora pois”
De lançamentos aos mares das descobertas
Nessas terras potentíssimas haver presente bagunça
Nada ou quase nada comparado a antigamente
A minha crença de governança é uma sistemática básica
É a unção de partes boas realmente
Capazes inclusive de findar o mal
Punições políticas devem ser monetárias
Genética, também, para que afete a descendência dos corruptos
Eis aí uma base pura de Educação
Administrar um país tende ser, acumular
E com um baú cheio de riquezas... Humanas inclusive
Produzíveis
Repartir à diversidade vivente no Brasil
O povo
Pode querer líderes com muitas denominações
Basta existir consagrado, mandatário e incontestável
REI
*

LIVRE

*
Não votaria aqui
Mas votaria lá
Na Região Autônoma
Em Zé, de Moçambique
Por conhecer o cientista
Tutor, conselheiro, salva vida
Que me abriu as portas
Levou-me ao NIF
Confiou-me uma câmera
Emprestou-me o UMM
Ensinou-me a dinâmica das populações
Biomanipulou ecossistemas eutrofizados
Vi peixes virarem gás metano
Algas azuis lutarem com as verdes
Suas “biosofias” estimulam meus textos
Age em prol do ECO equilíbrio
Ainda ouve o meu chamado
Antes que os vulcões acordem
Preciso pertencer à sua equipe
De qualquer maneira, científica, política...
PRO REI, PRÓ-REITORIA
*

O PESO DA MALA

*
É o sumiço da cena
É a demora do ato
O suplício da vida (Ver no dicionário)
Diferente de estrupício (Fuja disso)
Que é a ignorância nossa
Ao convite negado para o vaso vazio
É a consolação do solo, só, sozinho
É o consumo gasto respirado
O que é vivido é utilizável, e findo
Como a chuva que escorre e não morre
Mas é renovado com o canto do galo
Anunciando o sol, nunca perdido
*

COMO CIDADÃO BRASILEIRO

*
Diante do sistema político nacional
Diante da população alienada 
Não sei se rio, não sei se choro
Não sei sumo, não sei se apareço
Não sei se ligo, não sei se desligo
Não sei se grito, não sei se calo
Não sei se durmo, não sei se acordo
Não sei se escrevo, não sei se apago
Não sei se preocupo, não sei se cuido
Não sei se amo, não sei se odeio
Não sei se espero, não sei avanço
Só sei que não escolho pessoa qualquer
Para me representar, orientar ou comandar
Prefiro acreditar que o céu descerá
Que os ventos trarão ares do além
Que os vales abrirão portais do universo
Que os mares invadirão os desertos
E juro, que estou em perfeito juízo mental
*

SEMPRE, ALGUMA COISA ESTÁ PRESTES A ACONTECER

*

A sola da minha base ereta tem uma garra tripla que quando em combate deixa o coração no peito do pé. A anca sobre as minhas pernas tem uma almofada branca que amortece o impacto dos meus passos retos. As linhas das minhas costas significam símbolos de escudos divinos que tocam sinos poderosíssimos. Das pontas dos meus dedos brotam almanaques produzidos bem no centro dos meus olhos. E é verdade que existe uma porta dentro do meu cérebro (mente) que me mostra claramente o caminho do céu e do inferno.

*

BROTHER (ISSO TUDO É FAN TAS TIC)

*
Não há nada melhor que o seu berço
Pode até haver iguais, equivalentes distantes
Você pode ser particípio de qualquer forma
Ser gordo, magro, baixo, alto, torto, clássico
Estar trajado em vestes negras, brancas...
Pelado? Talvez. Pois é o berço seu (O Seu Berço)
O seu berço te aceita como você é, automático
Em sua cabeceira há alimentos comíveis e bebíveis
Você tem luz, mesmo que seja caolho
Você tem som mesmo que só mova no impulso
Paladares de chefes, elixires de paladinos
Você tem gente que é do mesmo berço seu
Você tem o seguro dos guerreiros do seu berço
E gentes de longe que desejam o bem estar dos seus
O dinheiro do seu berço é valoroso, não por causa da matéria
Mas por causa da dádiva de ter nascido e estar a respirar, vivo!
*

THE ROMANTIC TRACK

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I hope to see you still looking at me in this life
We will certainly meet in other times
*

A IMPORTÂNCIA DA TRÍPLICE

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Você tem que ter uma hora que ouve a todos
Vê todos, fala com todos, é para todos
Isso, de viver assim, é pertencente a um iluminado
Que além de forma tem conteúdo prático
Ao mesmo tempo é teórico em primazia
Este momento é um fardo leve consciente
Como pesado, pois é o foco do próximo passo
Por isso a existência tem que ser autoconhecida (todos)
Primeiro, como pensante, diferente das estátuas
Segundo como atuante, forte original nato
Terceiro como inexistente, parte de um ciclo infindável
*

VILA DOS VIKINGS

*
Certas coisas tem que ser feitas, imediatamente!
A evolução é composta de começo, meio e fim
Pensai numa praça, moderna, monumental, gigante
Com passados que se uniram e procriaram por destino
Sendo assim sua descendência vive sobre o mesmo espaço
Necessário haver suporte físico, não somente monetário
Ainda que pesasse ser possível instalar lixeiras flutuantes
Assumindo estar no futuro e com isso cativar os receptores
Assim se fundaria numa ideologia tão única que escreve a história
*

VILLAGE OF KINGS (VILA REIS)

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Em idas e vindas como educador ambiental, encontro o crescimento da minha cidade natal organizada, o Ribeirão Meia Pataca ainda corrente mesmo que fedido, árvores lindas retorcidas e outras em crescimento. Falo com as gentes que cumprimentam com um "opa" e os gestos, ouço os pios dos pássaros no meio do mato e as máquinas em pleno progresso. Vejo cavalos, charretes, produtos diversos, barro e até o Cristo de costas no alto do morro. E o que sinto é uma liberdade em cada passo, em cada pulso, sob o calor do sol que me irrita, e a feliz satisfação por treinar agora o futuro do meu país.
*

VAMOS FAZER ROBÔS, MORO!

*
Ato pertencente
Ser observante
Contributo nobre 
Para estabelecer o surgimento
De um movimento casto
Simples bruto por ser culto
Justo qual o tempo
Neste atual momento
Ora pois, sim, fomenta!
Manuseia as ferramentas!
Sauda o cumprimento da sapiência
Monitoremos todas as voltas do Globo
Terreno por campo de jogos e alimentos
Até voos que chegam em "3 meses" a Marte
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UM DÉJ`A´/\VU ... (Isso dá dinheiro)

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Vim da nebla alta, marítima
Feitorias, via nas minhas próprias mãos
Criador de mesas onde pelejam viventes
Transeunte em passos para encontrar Satiwa (Equilíbrio)
Crendo que é possível ensinar ser pleno a todos
Consciente ser a base destinada para manifestar Supremo
*

DOMINGO EU VOU AO MARACANÃ

*
Com todo respeito ao Eurico Miranda, homem vivo e ativo, entre lado direito e esquerdo, não prefiro nem a tribuna de honra. Eu gostaria mesmo é de ver o Fla x FLU de dentro de um balão ou dirigível, do alto, bem em cima do meio do campo, como acompanhar o espetáculo do jogo acontecendo a olhar para baixo. É verdade que qualquer milionário consegue fazer uma coisa dessa, mas eles preferem ter mais dinheiro. Então, avisa lá que eu vou de branco até os punhos, as mãos ágeis e coradas, com a camisa 10 do Rivelino e um escudo grande Tricolor no peito esquerdo. Estarei no meio da torcida mais cheirosa do Brasil. Eu mesmo levarei pó de arroz no corpo. E não se importem se eu acender um fumo na palha ou se eu for de chinelos de dedo. É porque eu gosto de sentir a minha terra na raiz. Não juro pular dentro do campo se o Fluminense for campeão, e quero muito fazer isso, mas posso prometer tentar. O fato é que não sou tão jovem assim de títulos. Porém se perder, o que posso fazer a não ser voltar toda vez que o fim puder conquistar a glória? Não revelo o chute do meu placar mas, tenho sempre o mesmo palpite.
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IGNORAR VS IMPORTAR

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Toda vez que eu penso ter perdido um, a seguir eu ganho cinco. Toda vez que eu choro de saudades ou das mutretas alheias, a seguir alguém diz gostar de mim de verdade. Toda vez que eu escrevo pro mundo sem respostas, a seguir um pedaço pequenino responde ter me lido ainda que interpretado errado. Então, eu vou deixar a minha barba grande, para que me vejam como um velho sábio. Vou deixar a minha espada na parede e vestir a armadura calma. Vou focar apenas em uma pessoa para que todas pensem que são elas.
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ENTÃO VOCÊ É QUEM? (Isso está deixando de ser uma ficção)

*
Eu sou o(a) A, o(a) B e o(a) C. Sou o(a) Z e a letra que eu inventar. Eu sou tudo, com letra minúscula, pois O Tudo (Deus) que é quem poder me dá. Até a loucura de poder dizer que sou o Todo, mas, prefiro ser o Semi, para viver e realizar. Sou o escritor e você não imagina o poder que isso tem. Posso pensar e revelar os pensamentos nas escritas. Posso construir leis, desconstruir leis, estimular nascenças, estimular matar. Posso criar fantasias, cenários reais, relatar acontecidos, imaginar a escrita do que ainda irá. Posso brincar com nomes, aproveitar o passado, esculachar o presente, destruir, criar, desconstruir, “desconcriar”, criar de novo, apagar, confundir, clarear... Posso brincar. Mas o que sou mesmo é REI, o meu cognome é o ESCRITOR e não fui eu que escrevi isso, foi quem escreveu o destino.
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DOM KISS HOT E SANTO PANÇA em... O CASARÃO DO D´AN

*
Enfim juntos. Dupla dinâmica, nenhum tão mais magro ou mais gordo que o outro. Eles se conheceram pequenitos, sob as asas de um senhor careca bravo, treinador de crianças no jogo da bola com os pés. Um, metia gols sem dó nem piedade (ainda mete) e o outro só comia churrasquinhos mesmo no bar. Adivinha quem é quem? Tudo bem, vamos aos dois. Dom Kiss Hot sempre tem um plano novo na cabeça, mesmo porque ele costuma andar de balão e quando está lá no alto pega umas ideias que traz para baixo. Quando fala, geralmente Pança ouve, mas tem dia que Pança está de pança cheia, e grita: “Não quero ouvir!”. Então, Kiss Hot pega seu balão e sobe novamente. Recentemente eles se encontraram num casarão onde havia um salão ideal para a realização das ideias de Dom.

Dom Kiss Hot: - Pança, tenho um plano. Vamos juntar instrumentos diversos, colocá-los sobre essa mesa central, pegar um grande narguilê (um exótico cachimbo coletivo árabe), acender uns incensos, baixar um pouco a luz, convidar exclusivamente os bons “malucos” tão “malucos” como nós e fazer um som “chillout” que nos trará uma sensação transcendental.

Santo Pança: - Dom, eu acho legal a ideia. Mas, a galera quer rock cara, tem que vir muita gente pra gastar as moedas. Aqui dentro não pode fumar e o palco tem que ser lá fora...

Dom Kiss Hot: - Deixa de ser chato, Pança. Não será um espetáculo típico desse vale. Isso ocorre naquelas bandas de lá, de onde vim com meu cavalo “Ogalo” estacionado nas solas dos meus pés. Será uma reunião de músicas do mundo folk, indie, celta, mystic... Um evento clássico, uma experiência com o poder do som produzido com o coração, o embarque para a transcendência, algo zen... E nós sabemos, efetivamente, produzir (fazer) isso. Além do mais aquele cara lá poderá fazer um som conosco também, o outro acolá se juntará a nós e assim veremos o poder que a GENTE UNIDA tem!

Pança: - Ok, Dom, seu balão sobe mesmo muito alto. Então, vamos começar a listar os instrumentos...

(...) O que posso dizer como narrador é que serão no mínimo 10 instrumentos musicais e 50 pessoas no Casarão do D´AN. E Quando irá acontecer? É bom terem atenção.
*

NERO

*
Crisca fora, chispa pra lá
Não seja trouxa, nem troll
Não fui trolha mas ralei, tá
Fritei bifes em restaurantes
Chocoalhei cachaça na madruga
Andei descalço rezando por florestas
Ajudei distribuir comida a ciganos
Ensinei crianças, ajudei enfermos mentais
Fiz meu próprio rango, limpei minhas sujeiras
Paguei os selos dos meus diplomas
Perdi nascimentos e mortes dos meus
Vivi com imigrantes da Ucrânia e do Timor Leste
Fiz uma filha dentro de uma tenda
E não venham me perturbar com seus lamentos
O terreno já está encharcado de voláteis
Só me basta praticar a física do movimento
E da tabela periódica riscar o P
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EU JÁ FUI...

*
...E ainda terei de ser 
Já ouvi dizer vários místicos
Que eu fui construtor de pontes;
E que morri numa guerra;
Diplomata untado a uma princesa persa;
Bárbaro; talvez o próprio Khan
Pois, acredito que o espírito pode existir em diversas formas
Dentro do tempo, justamente no meio onde encontra o equilíbrio
 Assim, tanto o antes como o depois da existência são mistérios
Os que mergulham no intelecto para investigar mistérios, acreditam
Fundam a Fé, História, que são razões para vencer as dúvidas
Morte é fim, nascimento é começo e a única certeza é o presente
É certo que sobre antes da vida e depois dela não sabemos nada
Eis a liberdade de podermos imaginar o que quisermos
*