quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

COMO DEVE SER

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Um sistema fechado e cheio de brio
Sem engravatados falantes à toa
Nos corredores dos Palácios Régios
Onde as poltronas pertencem aos próprios
Não, esta Democracia engana fácil!
Não por ser utópica e bela de raiz
Mas por controlar o poder do Povo!
Que aceitou cem anos trocados por milênios
Gostaria de querer a antiguidade lenta
Iluminada por um sangue bendito protegido
Pois bem acredito que retornará vibrante
Um pensamento todo seguido de atos magníficos!
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O VELHO DA TORRE CONHECE O DOM

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(...) O aprendiz subiu as escadas correndo, como era de costume. Na verdade ele tinha uma pergunta ao seu mestre, como sempre. Queria saber o aprendiz sobre a trajetória do Dom Kiss Hot. Ouvira há tempos que era um cavaleiro andante, que se perdera de amores por Dora Té, e que agora estava perdido no meio de um deserto. O aprendiz contou até onde sabia ao velho da torre esperando que o mesmo continuasse o enredo.
Então, o velho disse-lhe as seguintes palavras:
"Dom Kiss Hot já subiu essas escadas. Veio porque queria mirar os moinhos de vento ao longe. Um certo dia ele acabou por mirar Dora Té e depois disso esqueceu os moinhos de vento. Na verdade Dom Kiss Hot só tem duas estradas, diferente de você que tem muitas. Dom Kiss Hot tem uma estrada chamada aventura. E outra estrada chamada amor. Ele não pode percorrer ambas ao mesmo tempo, por mais que eu quisesse contar essa história assim. Na verdade você disse muito bem. Ou ele se perde de amores ou ele se perde em aventuras. O detalhe é que se perder como Dom, nunca é perder de fato. Quando ele amava Dora Té, ele encontrava o sentido mais frágil da vida. Ele encontrava o descanso, o gozo, a lentidão do relógio. Porém agora, como bem sabe, Dom Kiss Hot está no deserto, ninguém sabe dele. Mas aposto, que ele está rijo e bebe cada gota escassa d`água como se tratasse do último beijo em Dora Té. Dom Kiss Hot deve estar cheio de marcas internas incuráveis, já que havia percorrido a estrada do amor, mas surpreendentemente continua suas aventuras que só saberemos quais foram se ele retornar dessa jornada um dia."
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PALAVRINHA

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Geralmente as palavras são vistas nos olhos
São melhor ouvidas se está perto do rosto
As palavras aparecem na madrugada e somem na fumaça
Podem ser para uma pessoa apenas ou para a Terra toda
As palavras têm poderes de impulsionar ou permanecer no freio
Elas são as mágoas aproveitáveis dos poetas corajosos;
Dos momentos de agora ou daqui há um século
As palavras têm um mal ilusório e amargo
De querer conquistar num instante rápido os lábios
De quem se quer desde ontem o tempo inteiro
As palavras de fato voam soltas no vento
E como é certo levam novos entendimentos
De um trabalho verdadeiramente bem feito

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terça-feira, 26 de janeiro de 2016

PROCÊ

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Se você continuar a olhar para o horizonte
Encontrará uma nave com velas brancas
Que é transporte para aventuras mágicas
Os símbolos estão gravados no corpo médio
As lágrimas não caem há tempos ingratos
Porque o ventre com a flor beijada cria vida
Uma descendência escolhida para continuar já
Essas poesias que valerão mais depois que agora
Enquanto o gozo é justamente o que nos deixaram
Satisfatório por beldade de conteúdos de intelecto
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segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

CRÔNICA: FAST COMUNA

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Um português me perguntou como funciona os campeonatos de futebol no Brasil. Eu conseguiria explicar um tanto da política também, mas, baixo. Contudo expliquei que começará um novo campeonato entre equipes dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e da Região Sul do Brasil. Antigamente na história política houveram sucessões de acontecimentos governamentais nestes mesmos pólos. Para resumir o assunto concluí quê quem vencer 5 partidas consecutivas torna-se o primeiro campeão. Isso remete tanto aos anos de regência sana, como os temporizadores do livro que regra a atualidade.
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domingo, 24 de janeiro de 2016

SABOREIO

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Um atum pescado em alto mar atlântico
Como vi fazer, falaram os marinheiros
Que o dedo vai ao olho e o gancho às guelras
Essa troca de faixas ensina e desperta
Sobre os gestos expressivos validados e ativos
Funcionais e conjugais à população num todo
Inclusive a intocável maioral história régia do Império
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sábado, 23 de janeiro de 2016

POTEI

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Bem revelo que o sol à noite é a lua cheia
Que brilhante faz pensar o viajante sobre a vida
Nos espaços astronómicos dessa via láctea em oríon
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Magnífico tento de querer (A) mulher a todo tempo
Ou um claustro só de tintas, papéis e incensos
Em qualquer local que se possa ver o mar azul
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Pois a Tríplice é um arco nos extremos do infinito
É o controle de quem mor dirige o destino próprio
Toda vez na pausa milagrosa do início das manhãs
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sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

CRÔNICA: ESSES CASARÕES GRITAM POR POMBAL

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Uns tetos compridos e descascados
Com paredes rotas e canos furos
Dois, três, andares quase centenários
Incapazes de esquentar dois, três, meses
Uma “belha” veio à porta pedir “gita” para a bilha
Respondi minha senhora falta por não sobrar
Quantas portas são abertas mais para sair
Do que janelas transparentes para o sol entrar?
Os modelos de outros frios servem, por isso, sigam!
Mas não usem o artifício de ganhar com a energia elétrica
Já que ela é a natureza oculta dos rios massacrados
Melhor vir branda pois assim agrada a população
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O MUNDO É UMA TORRE DE BABEL

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A despedida não foi animadora
Em nenhum sentido costuma ser
Aliás, a presença nos prende mais
Com altos e baixos e seus contrários
Os baixos, acontecem quase sempre
Os altos, estão lá sempre e sempre
Não quero discutir o passado, agora
Estou justificando não ter escrito antes
Porque sem comunicação não há problemas
Eu trabalho aos sábados e domingos
Não guardo as festas por isso confesso
A iluminação pode ser interna ou externa
Enquanto ganho trocos por pintar dinheiro
No tempo, pode ser total ou em partes
Porém cobre as necessidades básicas
Contudo, luto em outras frentes monetárias
Não estou estacionado numa ideia somente
Tão pouco numa função apenas simples
Estão colando vidros para encher d`água
Depois, alguém bom terá que falar de peixes
Foi então que lembrei do passado e do Vieira
Terei que escrever uma carta aberta e clara
Além das cartas que escrevo à(s) Dama(s)
Com um selo novo dos melhores livros
Dentro de um navio que demore a chegar
Mas garanto, que posso levar você comigo
Para o canto onde a língua exata é a mesma
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QUANDO O SOL APARECER

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No meio da tempestade e da tormenta
Não sabemos quando o sol vai aparecer
Então temos que esperar, beber chá
Eu gostaria que o sol surgisse à noite
Assim ele se encontrava com a lua
Haverão maravilhas neste encontrar
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quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

EU NÃO SOU BOBO


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Mas fico bobo, pasmo, boquiaberto, quando vejo e oiço os pseudos administradores das políticas lusas, inclusive a brasilis, discutirem regalias à uma classe mais dotada de estereótipos incapazes e iméritos do que capacidades realmente justas de vitalidade perpétua. Mais, fico altivo quando vejo e oiço os verdadeiros políticos, aspirantes à administração dos territórios e seus componentes, confrontarem esse absurdo injusto sistemático e opressor que é pesar mais para quem tem mais e pesar menos para quem tem menos, no sentido de gratificação dos seus merecimentos.
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ALLÁ SARA O MAGO



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OBRIGADO SENHOR PELO DOM DA ESCRITA que num ponto de vista potente organiza massas e desfragmenta maleficências assim que incita o clarear dos pensamentos sobre as coisas todas da vida desde as sistemáticas minimalistas como o número de grânulos biominerais existentes no Planeta a significância exata para transformar chumbo em ouro diferente da alienação errónea de valorização de moedas simbólicas que corrói a alma e desertifica florestas até a importante missão de conduzir uma imensidão terráquea com formação cívica intensiva dos infanto-juvenis longe e contra o escarro da velha ignorância degradante dos maus conduzidos até hoje a favor sempre da iniciação de uma nova história significante e contributiva à evolução do intelecto.
COGNOME : OREIESCRITOR
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terça-feira, 19 de janeiro de 2016

FOI A CHUVA QUE ME BEIJOU

Se você soubesse que a noite passa e amanhã pode não chegar, talvez se entregasse no primeiro pedido que a fiz. Entregue a mim você saberia que gosto de todas as ruas por onde passo, inclusive aquelas esburacadas, empinadas, cheias ou vazias, quando estou ao seu lado. Sendo a chuva dona dos meus lábios, talvez queria ser você a mesma vinda do alto, rala e que molhou a minha boca, começando por lamber a lã da minha cabeça, depois pingar num olho que me fez piscar diante do seu rosto. Lado a lado saberia que meu barco é o próprio mar, meu cavalo ainda cresce e por mais que tenha o nome de uma ave que não voa, ele galopa armado dos cascos aos dentes. Se a chuva não tivesse caído eu continuaria a desejar seu rosto, seu sorriso e seu olhar, e não trocaria por licores ou manjares divinos, tudo, porque a vida tem um poder arrebatador que se manifesta em forma de empatia e logo num instante transforma em paixão ao ponto de conectar os corpos e assim deixar-nos mais fortes. Mas foi a chuva que me beijou enquanto a Pentecoste se esforçava por comunicar um agrado sabedor de muitos ritos porém incapaz de te conquistar definitivamente. Não culpo a chuva, mas culpo o fato de me ter separado dos seus lábios sem ter-me atirado a si como a própria chuva se atirou a mim. Para mim é um fato tão árduo pois adia, mesmo por um dia, o novo rumo desejado, talvez também por si, que não se importa dividir a minha vida com a própria chuva. Se você soubesse que amanhã pode nunca chegar, talvez, queria ser você a água do céu. Ela viajou, tocou-me e escorreu para se perder como agulha no palheiro ou gota no oceano. Contudo o seu beijo é diferente, porque marca e é capaz de iniciar uma nova história tal como o farol conduz os navegantes às novas descobertas. Sabido disso, espero que me venha como a chuva, que seja rápida e não espere que lhe peça uma gota, já banhando-me com seus pingos. Pois estou mirando a luz que me atrai a si, mesmo que agora esteja em terra firme, seco e só.

A MESA É DE QUEM?

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Quem? Isso não é apologia ao plágio!
É um vício que é um plano
Branco em tinta escorrida
Onde corre agora essa escrita
O frio também atinge o ego
Tingindo as extremas partes do corpo
O verbo vem antes dos atos antigos
Os bons atos sempre foram simples
Sempre serão bons exemplares
Poderão até ser Fados alegres
Dentre outros comportamentos humanos
Se bem que caminhar é saudável
Por isso faço mais do que é preciso
Isto é locomover com o vento
Estar ciente de tudo além do alcance
Além de desejar um cheiro doutro género
Que é a parte da rosa que se faz mel
O ventre de um Porto bem dito
Tranquilo, ileso, ativo e bem à mesa servido
O Dono é responsável pelo ânimo da vida
Que para alguns é deleite e para outros é castigo
Porém salvos os que estão equânimes no meio 
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sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

O BOM REBELDE

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Ei! Vocês que querem ser Presidente
O Palácio é do Rei por vir entrar
A República tem as mãos de sangue
Vocês não compram colarinhos nas feiras
Pão com manteiga para vocês é coisa rara
O Planalto é uma base de comando
Tal qual as vistas viradas para o mar
Os morros são bases de plantas e bichos
O povo prefere as planícies seguras (para amar)
Regência é uma divina providência certa
Que existe num momento breve exato
Contém força mística, pura e genuína
Capaz de unificar o globo por desejar
*

A EXPO ESTÁ MONTADA!

*
Os quadros estão suspensos
Sente-se o cheiro do rango (comida)
O chopp é ouro, negro, leve cevada
A escada conduz às cores de cima
As meninas arrumam o cabelo no espelho
Os caras da música estão bem treinados
A lua estará clara, exata pela metade
Prontos, os que embarcam nessa jornada
Verão formas no inverno típico de quem é do sul
Neste norte onde cabe toda a rosa dos ventos
Consequência é a realização da obra em conjunto
*

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

ABRAÇO



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Não há momentos ruins
Se igualarmos a bondade
É uma utopia pensar nisso
Mas entenderá ser válido
Pense no ponto da ponte
Que jus dá sentido ao nome
O que não seria só passado
Mas agora neste presente
Esse é o meu calor bem dado
Busca além do quente abraço
*

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

NARRATIVA / ESCRITAS * O GÁS INFINITO



A rua é ao lado da igreja
A parte que se enterra os mortos
Mesmo que um coração esteja em vidro
Frente à casa uma estátua iluminada
No quintal uma quadra aberta clara
Que no céu voam gaivotas brancas
E na base azulejada gatos pardos belos
Bem no canto uma lareira em ferro
Está de ponta a cabeça e queima os cheiros
Todo dia que se sente o poder do alimento

HORIZONTE

*
Eu nasci dentro de um vale
O vale não é tão profundo
Queima pois brisas não entram
Os topos revelam-me ondas
As ondas sem água salgada
Os veios dos rios das Minas Gerais
Me lembro que ultrapassei montanhas
E um tanto adiante encontrei o mar
Sentia seu cheiro de longe na estrada
E via no horizonte tudo o que tinha que conquistar
*

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

OS DIAS IRÃO CLAREAR

*
Eu falei com um judeu
Ele tinha uma loja cheia
Porém as coisas não eram suas
Então eu conheci a ganância
Eu fui à missa do galo santo
Ao meu lado tinha um cristão
Ele me olhava com rabo de olho
Então eu descobri o traidor
Eu corri à beira rios ver os peixes
Encontrei um indiano de calções
Ele tinha cheiro de incenso e flores
Eu aprendi equilibrar pulso e mantra
*

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

VOSMECÊS

*
Sabeis que o estendal é um fio forte
Que suporta os panos do estandarte
Vós tereis uma Rainha nova em breve
Ela tem a fronte clara e a alma nobre
Santa criatura produtora de cultura
Corajosa detentora dos meus passos
Sabedora dos sinais seus próprios
Tereis vós um Rei vidente? Claro!
Chegado da distante língua cumpridora
Dono de uma rédea encabeçada pela crença
Da antiga lenda que por isso… Faz real
*

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

DEUS EXISTE

*
Ele está no rugido da fera
Que teme o silêncio do nada
Corrente nas calhas das casas
Nas águas que enchem os rios
Nos olhos que veem no escuro
A espuma das ondas do mar
Na bomba sanguínea do peito
Que impulsa o acorde da fala
Nas cartas da conquista mansa
Ao pé da sola, ao pé do ouvido
Ele está nas setas das estradas
Nos dentes que devoram massas
Nas mãos que cultivam células
Pairando no céu que envolve a Terra
Deus é o tempo que já havia antes
Além do espaço do campo visível da lente
Os elementos que geram as emoções
*

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

LOUCURA ACESA

A luz trocada
Da lua em Marte
Chocada ao lume
Torta fumaça torna

A cobra morde
A sua espécie própria
Matando os males
De horrendas gentes

A poesia chia sempre
Com o tempo ainda agora
Antes e depois da idade toda
Hoje, ontem e na próxima aurora

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

SIGA A MARINHA!

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Continue a ser gente boa
É um atributo imensurável
Continue a fazer suas obras
Esta conjuga-se às outras artes
Continue a amar distante
Uma hora ela estará bem perto
Continue a mover-se no plano
É o treinamento para chegar ao topo
Continue a escreve maravilhas
Porque assim as desgraças somem
Continue a olhar para o céu
E verá que os pensamento voam
Continue a estudar a vida
Pois ninguém sabe o que há depois

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MEMÓRIAS DE UM IDO (S. MIGUEL/AÇORES - 2004)

Acredito: Depois que você entra no paraíso você descobre tudo aquilo que projetava e o que realmente existia. Além disso o que haveria ou nã...