domingo, 31 de agosto de 2014

CRUZEIRO

*
A falar do sol
Ao ler estudos
De Homens antigos
Antecedentes cientistas
**
A ouvir teatros de opiniões
Ao entardecer pois é meio dia
Em tablados de encontros ou só pensamentos
Digo há tanta terra que impulsiona a ida em Marte
***
Que arquitetaria o Saara e canais de mais água
Justamente por fazer uso da potencia mercantil
De ofícios e esforços adiantados
Como os lados da parede da Catedral
****
Procurai parceria certa
Que o fruto enaltece
Ganha por ter cumprido
A viagem transcendental

sábado, 30 de agosto de 2014

LEÃO EM MONTES DE DRAGÃO

Tamanho movimento de translados
Malas prontas para mais passos internos
O grafite escorre mais na celulose
E a noite fria de um verão nortenho
*                             *                             *
Andarilho de mil rotas peregrino
Tempo passa tal qual estrela cadente
Mar brilhante de ondas ao peito forte
Trova a história que tem tom de Dom

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

PV DE RAIZ

40 mês 10 em POR por BRA
Pessoa de ausente malícia
De imenso poder nas mãos
Num Ministério responde no ato
Quem em casa escreve a partida
Para além mar de mesma língua
Depois de desbravar seu solo juvenil
Crescente, apenas na parte do gigante
Que em bom conselho tutoria a sociedade
Com pontos de educação e outros valores
Do que é meu, é seu, é nosso, por bons tempos

terça-feira, 26 de agosto de 2014

TIGRE

Cresci ouvindo ter que escolher uma profissão. Na verdade a questão era o que eu queria ser quando crescesse. Os esportes desenvolveram bem meu corpo e mente e eu podia assim ser um amador constante a trabalhar metais, talvez, pois esse era o sonho da minha avó ao seguimento do filho, meu pai. Mas no quintal eu tinha alguns animais livres como formigas, abelhas, lagartos, pássaros e um jabuti. E nas frestas do cimento onde a terra úmida próxima ao rio é fértil, certa vez imitei a história do João e o pé de feijão e semeei às escondidas grãos de um milho potentíssimo que depois de 6 meses cresceram mais de 2 metros. Uma noite encontrei um morcego caído no chão e na manhã seguinte iniciei a operação. Dentro da barriga havia um feto perfeito pronto para o nascimento mas ambos não haviam hipótese. Acabaram dentro de um vidro de formol nas prateleiras da Universidade. Daí então servi a pátria, não como guerreiro, mas como protetor da natureza. Embrenhei florestas e ambientes de cerrado, mata atlântica até a ilha do sol, voltando sempre para incentivar amigos a desbravarem seus sonhos também. Mais a frente com a sede de expansão acabei por estacionar bem no meio do mar atlântico e viver dentro de vulcões. Hoje escrevo várias coisas facilmente e ainda elaboro labirintos magníficos. Me interrogo se essas coisas todas são tudo o que sei fazer, se vivo ou sobrevivo, o que eu tenho além da flauta amarela e o que vale uma bagagem de histórias não encadernadas. Porém as questões não me ocupam tanto porque me lembro ter escolhido em silêncio fazer muitas coisas o que não deve ser nem a metade deste exprimir. Enquanto durmo em casas de senhorios que alugam seus imóveis, eu tenho ao meu lado um colar sequenciado de esferas. Cada avanço sobre os contos me ajuda a adormecer para poder despertar e realizar tudo aquilo que ainda devo fazer.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

PENA

Pegai a armadura d'ouro raro
Segurai a ponta Dharma branca
Abri caminho em alas de milhares
Que o broto vara o solo até ao céu
Tem um esforço benemérito final
Estes são ossos da arte do ofício
Pois, rabiscos e polígonos únicos
A contar letras e essências corporais
Que animam as cordilheiras andinas
Cruzam savanas e grandes rios bravos
No topo dos Himalaias vê aros e camadas
Contornando o Globo conhece o Mundo
Com o fardo de ser quem é sem esforço
A exemplo de quem soprou o som dos Deuses
De joelhos ou andando por trilhos iluminados
Que levam ao paraíso após serviço dedicado
Durante toda a vida que contínua segue rítmica

domingo, 24 de agosto de 2014

BERRO

A humanidade anda tonta e algemada à ilusão da pseudo verdade que cria
Está carente de satisfação própria porque inquieta-se sobre a alegria alheia
Abarrotada e doentia não tem garantia de qualquer comunhão na natureza
Por descartar fundamentos passados que ainda são base para a normalidade
Enquanto existe gente sem um membro do corpo que nem por isso se abate
Outros existem até sem braços e pernas e lutam ainda mais com a garra da fé
Lamento o medo do povo à espera de um senhor de si mesmo que virá feroz
Algoz que com firmeza portará no bruto punho a justa correção da ignorância
Mas a população alucinada sussurra um som em vão que em nada contribui
Bem me lembro de quando ofereci a casa limpa, o copo cheio e palavras certas
Abrindo mão da copa com a mesa farta e a cristaleira onde pousara a estátua
Para testar os que abriram a porta física de um abrigo ou trancaram o coração
Assim ganhei sozinho os campos e as pessoas boas que neles estavam alertas
Subiam e desciam comigo as serras dos pinheiros verdejantes ou apenas viam
Tudo isso para entender que é melhor distinguir amores de quem não vive mais

sábado, 16 de agosto de 2014

VOSSO

Ando sabedor dos buracos do chão
Ágil como as passadas de ataque de um leão
São, depois do vinho verde tinto que tinge os dentes
Com a lembrança de um mergulho que não chegou ao fundo
Hora aflito por aplicar materiais exemplares e ofícios quotidianos
Sempre a desviar dos ímans que repelem ou aproximam
Ainda ereto, o peito à frente e pernas que escalam escadarias
Vosso, sou vosso, que avisam querer mais o que é vosso

CARTA

Para : ÍSIS
De: OÁSIS

Na superfície da antiga cidade dirigida lembro
Da história que aconteceu num dia imenso
Anseio começar outra história ampla
Com quem porta a tinta do pincel que desenha a planta
Desejo ver o quadro vivo que pintei a Dona
Por isso escrevo livre grandes cartas que serviriam às velas
Sejam de fogo que consomem meu destino derradeiro
Sejam de barcos que levam aos mares dos descobrimentos
Eu não creio que o mal vença o bem, jamais!
Porque o bem provém da matriz que é um poço infinito
E o mal é a parede deste poço que não impede o balde
Mesmo que preciso seja atingir a fonte aparentemente longe
As últimas gotas sentidas do amor que pingam das lágrimas transborda
E faz-se o grão molhado base, fortes pilares de um magnífico oásis

TRIAGEM

*
É verdade o céu do norte mais alto
A noite fria ao pé da serra ainda
Estas estrelas a mapear encontros bons
**
De manhãs húmidas e tardes quentes
O chão cimento limpos estão pisos de Santuários
Ensaios em microclimas, estufas, flores, verdes, grãos
***
O exercício treina o corpo dotado de espírito claro
Biblioteca de santas palavras glorificadas
Postura certa diante da fúria do teste da calma

CONSIGO

Na fila do alimento a criança agrada o desagradável
A fim de estampar por mais tempo o sobre olhar
Sorridente mas teso como rocha firme antiga
Sabeis que os acontecimentos são trilhas sonoras
Sem sono porque alerta por mais conselhos exatos
Qualquer dia toma o bastão numa mão e a espada empunha
Desamassa desníveis prolongando a respiração rítmica
Entre cinturões de árvores altas com cruzes e fontes
Visto, revisto, presente, atuante
Guardo, resguardo, passado, semblante
Jovem, fértil, futuro, corona

domingo, 10 de agosto de 2014

POR LER

O livro que escrevo está no meio da história. Narra os passos de um peregrino fiel à vida projetada por Deus. Que por conta da iluminação sobrevive às tempestades do coração. Ele escolheu um território novo para desvendar e fundar pilares e berçários. As demais pessoas envolvidas nesta história vivem em cenários próximos ou distantes. Hoje, todas elas olham o céu à noite e encontram um globo enorme. É a lua, símbolo de magos e amantes. Mas somente o peregrino vê um poderoso sorriso banhado a ouro no reflexo do dia e nos olhos azuis da Dama Branca que navega feliz neste mesmo mar.

sábado, 9 de agosto de 2014

COLUNA

A melhor escrita é aquela que traduz o pensamento profundo. E ganha a cortesia de uma linda rima também chamada poesia. Expressar o conteúdo da cabeça é espreguiçar os membros do sono. Contar em linhas os registros do que passou, o que se vê e os sonhos. O queijo sem goiabada é bom mas não melhor que as sementes trituradas. Mudar de sítio tanto faz ser de casarão para uma tenda ou para cidadelas medievais. As gentes amargas são assim porque não teriam graça serem doces no bagaço do limão. E as gentes nobres hoje em dia são aquelas que irradiam simpatia, boa energia e muita ação. Quantas vezes falarei ainda sobre o tempo com seus conjuntos e suas bandas arquitetando a subida do balão? E aqueles olhos que me veem desde cima de uma roda gigantesca o que será que pensam sobre mais que as letras filo-místicas-científicas? Quando o sangue quente nos lábios arrepia o corpo todo dela é boa hora para dizer que isso sim é união.

POR TU GAL ES PINHO



Quando o céu de frente à praia está cinza
Dos lados todo fechado mas ao centro claro
Pode ser uma janela onde as preces vão com os anjos
Poder ser uma abertura aérea apenas onde o sol raia a luz
Certo é que toda mística que enfrenta as guerras e as doenças
Vence a todo instante sutilmente estas razões visíveis demais
Este mesmo tema raro, intocável e acumulado de poderes
Faz quem vive sobre o próprio livre para escolher dádivas
Grato em prima pela vida sana forte que move e respira
Em dois ou mais destinos porque um é este feito
Seja a calma dos distúrbios em mosteiro em monte
Ou em copas reunido entre bons e crentes sorridentes
Felizes os descendentes que recebem a posse dos planos
É por isso que a janela do céu está aberta e os lados cinza
Porque o sol raiado no meio mostra que a luz geral é oculta
E a paciência é a melhor forma de ver o fim da escada que elevo


quinta-feira, 7 de agosto de 2014

EXPOSIÇÃO DA VIDA (traduz para o Universal )

SALMO DO CONHECIMENTO
* * *
Imagina que a paz
Natura sem edição de analistas
Expressasse a esfera que deixa o livro aberto
De um estado de espírito absoluto inexplicável AUM
Contínuo dentre a existência de um movimento apenas
Certo, casto, obsoleto, base, centros, mil sóis dos navegantes
DANTES
Arquitetônico entre as vias que viveram almas peregrinas SANTI
Entre aspas e interrogações? Peça de un gran THEATRO
Quem vivente para isto é uma afirmação vivente crê in MÁXIMO
Cumpre o patamar da proximidade de DEUS
Palavra da Salvação!
Glória vós Senhor!

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

SITAGAHATA


Eu vou te encontrar no frio do norte do Globo
E te cantar mantras com 10 instrumentos musicais
Te contarei histórias calmas e do horror que passamos nós
Com energia correremos, nadaremos e dançaremos para descansar
Porque você provém da vontade aventureira misturada de belos olhos claros
Foste preparada em solo vulcânico, nos campos de gados com leite e castelo branco
Banhado foi o ventre da sua carne em mar atlântico, místico, faunístico, da baleia azul
Conquistaste quatro rotas da Europa com os pés, Terra Santa, Lusa, Hispânica e Itálica
E a vista para o nosso abraço pousará no local do seu registro dentro desta Catedral
Mas o tempo me alerta que ainda tenho que mexer a terra e a educação ambiental
Mesmo assim sorrio enquanto posso pois se vejo sua imagem choro
Seu cabelo, voz e pele lembram tudo que ainda posso amar
Quando reunirmos neste sul mediterrâneo quente
Te prometo manhãs fortes e luas imensas

domingo, 3 de agosto de 2014

A BARCA HORIZ



Os cascos dos barcos no rio que beijam o estuário limpo
Atracam nos portos das margens do vinho verde tinto
As pontes altivas com brumas dos dias e noites frias
São túneis aéreos por onde passam os sonhos dos peregrinos
Em outras paragens desvendam naturais riquezas
Ao longe os que caçam não cravam as setas
E perto o escudo, a pele, as penas e as escamas
Comovem e não matam, não mordem, não ferem, abraçam

sábado, 2 de agosto de 2014

MICROWORD

Entre todos os grãos de areia da praia
Existe um grão com uma palavra mágica
A palavra revela o futuro seguro das rotas
Que um dia percorrerão descendentes nossos
Seria um sonho perdido mergulhado no sal do mar
Porém seco está na base da real possibilidade de amar

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

DIALMOS

Contido como o magma de um vulcão
Observante de eloquentes gestos físicos
Preparado para as consequências da reação
Contente com a renovação, seja sim ou não
Revelador dos movimentos que se veem ao longe
Escriba das comunhões entre licores e mastigações
Ouvinte de profundas opiniões distintas e equivalentes
Falante da sabedoria que domina desde novo, agora e sempre

MEMÓRIAS DE UM IDO (S. MIGUEL/AÇORES - 2004)

Acredito: Depois que você entra no paraíso você descobre tudo aquilo que projetava e o que realmente existia. Além disso o que haveria ou nã...