sábado, 30 de abril de 2016

MARINHO

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Eu escrevi para o Paulo Coelho mas ele não me respondeu. Contudo fui ter com o Velho da Torre que me disse assim: "Quem brinca com fogo faz xixi na cama". Já que assumi ser autor, confesso, sem vergonha, que fiz xixi na cama até aos 13 anos mais ou menos, e de fato eu brincava muito com fogo. Problemas resolvidos no passado, hoje, parece que estou ateando fogo em alguma coisa. Não faço xixi na cama, durmo mal pra caramba, de vez em quando arranjo um cobertor de pele lisa e, eu tenho que explicar a minha contusão. Na verdade não foi uma contusão... Era o ano de 2005, eu havia sido selecionado para trabalhar num programa de proteção de mamíferos marinhos e monitoria de pescas no grupo central dos Açores. Embarquei num atuneiro (barco) chamado "Grumete Silva" na ilha do Pico. O mestre da embarcação curiosamente chamava José Nunes. Lembro que enquanto o barco saía do porto a água estava calma, eu já usava binóculos, tinha o GPS em mãos, medidores, planilhas, todo equipado como um biólogo marinho na ativa. O primeiro dia estive nas pontes de verão e inverno e nos dois lados dos bordos da embarcação a cumprir as metodologias do trabalho. Contudo o mar não pára nunca. Nem quando está azeite (calmo). Nos três dias que se seguiram fui tomado por uma dor intensa na coluna vertebral, na altura das tais sacrais. Eu devo ser o primeiro dos "homo erectus". No último dia embarcado já não estava em pé no barco. Foi então que fiz um pedido emergencial ao mestre da embarcação para colocar-me em terra firme. Estávamos na ilha Terceira (Ilha Jesus Cristo), num dos maiores portos, a Praia da Vitória, de Portugal. O mestre não alinhou o barco paralelo ao cais como normalmente. Ele embicou a proa junto ao cais como se o barco estivesse de frente, quase encostado ao cimento. Eu estava na ponta, pronto a desembarcar. Os pescadores me ajudavam e se despediam. Bastava eu dar um passo à frente para pisar em terra firme. E assim o fiz. Cheguei à Ilha Terceira, em Angra do Heroísmo, do outro lado da ilha após uma boleia (carona) numa camioneta de leite durante a noite das Festas de SanJoaninas. Mas fui direto para o hospital onde passei as próximas horas dopado contra a dor. Então pela manhã eu voltei à Praia da Vitória, para então embarcar num cruzeiro (grande embarcação) que me levou à ilha de origem do meu embarque.... Só depois de um mês e meio eu voltei a jogar bola. Antes, fui destacado para organizar os dados dos observadores ativos numa plataforma digital, mas nunca esqueci as tartarugas marinhas, os atuns bonitos e os peixes voadores. Lembro das douradas, dos espadartes no jantar, das cavalas, das sardinhas, dos carapaus, lembro dos cagarros (aves), os golfinhos roazes e da única baleia piloto que vi. Hoje, eu avisei aos meus amigos e coordenadores de trabalho que irei me desligar. Porque eu tenho que embarcar novamente, para desembarcar num outro porto, maravilha, naturalmente.
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sexta-feira, 29 de abril de 2016

EFEITO BORBOLETA

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Há uma teoria que não lembro o nome (risos)
Mas existe
É um olho que tudo vê mesmo o mínimo
Parte do princípio
Menor que as formigas do Castelo de Sansão
Essa
Reza que estás sendo observado
À todo instante
É por isso que partindo ou ficando
A continuidade
É paciente ao roer as unhas sem ver
Ser casto
Para o sal do mar entrar na pele
Destruindo
Todo o mal que abala a paz que aos homens falta
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O DEBILITADO ESCRITOR

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Para chegar além ele vai além, de fato. Ato que lhe traz consequências cansativas. E só por falar a mesma língua é por isso mesmo surpreendente. Eis a sua proteção. Escreve construindo um cenário futurista. Ainda que deitado ou sentado, de qualquer modo. Onde constam encontros excêntricos entre raças extras. Isto é, a intenção de elitizar o (homo) ensinando a sapiência aos (sapiens).
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PAREI!

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Durante a barulhenta brincadeira da vida há um momento de pausa que é mais rápido que o estalo do relâmpago. Neste momento há um silêncio captado por todos os presentes, instantaneamente. É quando unta-se (reúne) a consciência de cada um (todos) antecipando o pensamento sobre o juízo final (morte) que será o fogo purificador da loucura libertadora e a salvação de Nosso Senhor (Jesus Cristo: "nós somos senhores de nós mesmos").
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ABRAM ALAS

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O caminho ao trono passa por andanças, que somadas dariam a volta ao Mundo, ao lado de falas de ociosos que degradam o solo, resistente às injeções de fumos dos carros nas calçadas, em meio à muitos pobres que confundem a sola de um Infante com a fraqueza da política que os detona. Há um agravante na estória desse texto que é a própria história Real. As coisas que não deveriam ter acontecido e já passaram terão outra chance e voltarão a acontecer para ser diferente. Como a exceção da regra, o Mestre de Avis não usava uma coroa na cabeça. Ele usava um gorro de pano aveludado, cintado num aro externo justo pois seu sol era interno e o que pensava tinha que ser contido para não derramar suas organizações. Daí, veio Sebá.
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quinta-feira, 28 de abril de 2016

A CRUZ E A ESPADA

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Foi tão intensa a vida até agora que às vezes duvido suportá-la. Há muito tempo não confesso. Há alguns anos não desabafo com o ouvido certo. Não choro sempre, mas quando choro desidrato. O que me faz chorar é a perda da parte que não vejo. Choro por não ver tudo que amo. Por isso sofro e quase morro. A cura para isso tem dois nomes. A renúncia que pode ser a morte de fato do poeta interno, que assim morto não dedica nada mais até o fim da vida. Nem amores, aventuras ou conquistas. Nem tristezas, amarguras ou decepções. Ele isola-se, deixa de fazer o que sabe só porque sabe como deixar de fazer o que sabe. Ele pode viver a vida de um ermitão. Esse momento não é fácil. É como uma tormenta que só começou, com prenúncios que não parará tão cedo. E o seu corpo é o barco sujeito aos embalos do que é bom e o que não. Se ainda pudesse chamar o Dono da história, mesmo sabendo que é ele quem rege, para poder acabar de uma vez com essa pressão. Mas tem um outro lado da história que se chama desapego. Este, é comparado a viver sem chorar a tristeza ou sorrir a alegria mas acima de tudo digerir essas sensações de forma equânime. Entre essas duas vias de comportamento - longe da ilusão, do ego e da posse que são finitos - está a fé em algo supremo que chamo de tempo. Esse sim não tem explicação, nem início, nem fim. Para mim o tempo é o pai do destino. Meu destino eu só posso aceita-lo, despreocupado, porque ainda que duvide suportar a minha vida, eu não tenho dúvida da força da minha fé.
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MARCIAL

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Avisem os meus agressores que meu Pai ouviu meu chamado, que a água do mar continua salgada e que as minhas costelas quebram a ondulação. Avisem os meus agressores que as cartas voam, que as quinas sabem e que a minha verdadeira chave não cabe no bolso do calção. Avisem os meus agressores que enquanto eles vivem em caves obscuras eu reproduzo vivaz riqueza humana. Que o cárcere privado que me fizeram é por causa da raiva ou inveja por não terem bom coração. Avisem a menina bruxa que a sorte dela é a serventia de gelos porque seu corpo e sua alma agora já estariam queimados por tamanha maldição. Avisem os meus agressores que mesmo calado eu convoco todas as tribos, com skates, pedais, os que correm, os que surfam, todos os saudáveis, todos os bons, para lhes tomarem a respiração. Avisem os meus agressores que as pessoas xingam porque eu não estava sóbrio e de frente, porque no Porto chegou um navio que me levará embora contente. A tempo e por fim, avisem os meus agressores que eles são 3 poucos covardes, que eu tenho uma praxe e que essa é a vossa única salvação. Avisem os meus agressores que o perdão começa com os joelhos no chão e que não usem nada no rosto para eu não picar a minha mão.
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quarta-feira, 27 de abril de 2016

AQUA

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Eu vou sozinho a caminho
Com gosto de navio "cante"
Que avista terra grande
Com as marcas do destino
Antes lembrarei voadores
Os natantes e os cuspidores
Com graças por serem bons
E triste por serem ignorantes
As lágrimas salpicam o caderno
Por deixar meu ninho idêntico
Meu sangue ficará coberto
Me beije óh menina dançante
É o grão que sustenta a montanha
Com ânimo para escalar o Cristo
E as tantas outras maravilhas do Rio
A minha chave é a fala espontânea
Meu cadeado o silêncio que esconde
Não tenho medo de nada que fere
Pois sei que o que vence o ódio é o amor
*

INTERNO

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Eu tenho uma porta aberta no ouvido
Que oscila consoante os meus passos
Que por sorte ora goza, noutra ora arde
Numa base com os poucos que olham
As mensagens de uma direção mor
A anatomia de um Leão de Jó (nome antigo)
É uma prova máxima que algo muito maior irá voltar
Será igual ao velho que na torre nada sente
Porém vive como um novo caminhante nos campos estrelados (Compostela)
*
SANTIAGO DA ESPADA

terça-feira, 26 de abril de 2016

A HAIR MANA HERMAN MAR T.

*
Vou indo para a Itália
Na comunidade da simplicidade
Onde eu posso fazer minhas artes
Como as deixadas nas ilhas atlânticas
Com a porta aberta para os aventureiros
Onde eu consigo sair como um navegante
Pés no chão enfrentar moinhos
Corpo sano para alimentar a alma
E encontrar alguém de outro sexo
Que me faça renovar dessa sujeira
De falsários com dentes verde e amarelo
E outros bizarros degradantes
Eu quero dantes despedir-me desse solo
Com um mergulho da alma no oceano
Deixar a mensagem subaquática com a cabeça
As costas viradas para o azar
E o cheiro da massa do Mediterrâneo
*

TODOS SABEM

*
A família vai à frente, adiantados
Seus pratos tem temperos vários
Pimenta e pinga abrem o paladar
Sempre há café de boas vindas
Onde reúnem por causa da atmosfera da casa
Moderna, pensada na beira da praça
Todos mais velhos e protegidos
Como o casco de um jabuti que me abraça
Tanto para fazer como para nada
Serras com cruzeiros que pontuam
A rosa cruz que devemos proclamar
Distantes e diversas áreas para tratar
Crescem cavalos nos pastos que trotam leve
Com o peito nas ondas da praia surfar
É uma felicidade pertencer à Tradição
Pois ela é uma ordem do ramo da sorte
Dos nascentes contentes cheios de compaixão
*

NATIVO NATURAL

*
Completamente à margem
Porém com um pé no meio
Tenho vida que aproxima do final
Junto à mão de uma bandeira ilesa
Nova, porque o pano é forte
É o fio do bicho dos campos
Doado como as minhas letras
Assumindo as posições de outros
Confirmo que escrevo para o Mundo
De forma tão fácil, verídica e real
Que sinto que as esferas se ajustam
À esperança de ver os olhos da justiça
Sinto que a dor de um aço é menor
Que a dor invisível do coração paternal
Sobre um filho que está restaurando a história
*

O HOMEM DE PERUCA

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No povo
Assim se faz os horários
Responderia como tal
Sobre o certo e o errado
O povo
Cospem no chão seus nojos
Infecções de baixo pensamento
Enquanto os pássaros cantam
Nos dias quentes d'agora
No povo
Há uma angústia obscura
Uma raiva do que é belo
Uma ignorância por isso
O povo
Não usa peruca
Nem chapéus de Pessoa
Tem muito que aprender
Para poder acreditar
*

BABILÔNIA, CAOS, DESORDEM

*
Capitães vivos, Salazar viveu a juventude no seio do catolicismo. Ele acreditava ser a frente de um comando potentíssimo. Até então Portugal era um Império de acordo com a força antiga. Mas a força não é tudo. É preciso diplomacia para manter porções de terra. Capitães, velhos e experientes, Capitães. Vocês são heróis porque pararam as guerras contra as colônias. Isso é louvável porque as colônias, são partes do luso Reino. Logo o que fizeram foi a conservação do que é do Rei. Mas a culpa é do povo, ainda com o território vazio,  já que o contingente estava em ultra mar.  Tanto espaço para plantar, como morrer de fome? E os janotas (privados/ricos)  que não foram para as guerras, comeram tudo e não deixaram nada. Hoje, Salazar e Maia, devem estar se revirando no túmulo, quando à beira rio, mar e no Porto Real as pessoas se confrontam no mesmo espaço, por migalhas, cêntimos, pompas, quando era hora de estarem todos livres, juntos, visando outros mundos. Como um Sebastianista sinto que virá um abalo bruto. O abalo é um castigo dado pela força da natureza. Depois a calmaria. Mas esta é uma constante que só os fiéis (leais) possuem a todo instante.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

HD

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Eu vou no enterro da gata
Eu vou na queima das fitas
Eu vou nas cantorias de Coimbra
Eu vou de chinelos até Santiago
Eu vou voar no zepelim de São João
Eu vou perguntar por quê não gostam de mim
Eu vou produzir qualquer coisa boa
Eu vou beber chá tupiniquim
Eu vou terminar essa história
Vou continuar a jornada
Demonstrar minhas armas
Mas agora, eu vou escoltado
*

OFÍCIO TEMP.

*
Reza o pai nosso
Que a alma dos homens
Incluindo a das mulheres
Estão condenados
O castigo é certo
Virá como tapa leve
Rápido, imediato, cirúrgico
Provindo de uma dura face justa
Que enxerga o mal desde a raíz
Pois o sal esteriliza a continuidade
Dessa gente que não sabe o que faz
Os médicos olharão meus pés
Oficiais carimbarão meu texto
Eles dirão: "Peregrino, você é bom"
Juro, não vou trabalhar amanhã
Não vou descansar sequer
Nem precisarei praguejar ninguém
Falarei novamente, com certeza absoluta
Bem feito e com o dedo histérico
Que eu amo os meus inimigos
*

sexta-feira, 22 de abril de 2016

A SUA MÃE

*
O melhor do Brasil é a paisagem
Quando lá chegaram, imagino
De longe homogêneo, denso
Desembarcados heterogêneos
Só indiferentes aos nativos nus
Com quem reproduziam por instinto
Que cheiravam os panos suados
Em tardes quentes com trombas dágua
Que assustavam qual a adrenalina das ondas
Aquele morro foi modificado errado
Lá do mar o morro é o corpo do patriarca
Ele é intocável no sentido extenso
O plano é deitado na fertilidade dos rios
E os recortes da natureza são bens incalculáveis
*

VELHO

*
Eu era um infanto quando arquitetei a fuga de casa. Há 13 anos que tal plano dá certo. O tempo passa e cada vez mais vejo dois locais como um só. Essa cidade antiga é cinza, como StoneHenge é o Porto do vinho. Uma cidade que é nova, brilha, incandescente. Porém ambas para mim são iguais. Perguntai à dama roja, moça, falante educada de olhos e boca, de tronco cintado, coração acelerado, quem é maior?
*

ACALME ROTINA PRECISO CALMANTE

*
Copos, bafos, poses, alguns passos. Portas pagas, desculpas e entradas. O desânimo não vem depois somente. Está presente nas doses inevitáveis de observância. Como um personagem com "x" de Cervantes. A rotina está nos trambolhões dos que estão vestidos com meia roupa por causa do pouco frio. Que derramam líquidos gelados felizes por isso. Uns malabaristas destreinados de mãos atadas.  Outros quantos a chamarem o "Gregório" do estômago. Precisamos de um teatro! Um anfiteatro! Precisamos de muitas peças! Como um lego, mas, de teatro. Precisamos de um Festival de Teatro. Que seja a céu aberto, com o bar ao lado, com arquibancada, na praia ou nas praças. Não precisa de fogueira pois de acordo com a demora os dias quentes vão chegando. Mas se o cenário pede a presença dela - fogueira - acenda. E uma reserva para o meu calmente. A minha acompanhante. Uma vez unido à ela, meu braço forte apoia seu sorriso leve. Assim as preocupações diminuem porque a parceria anima o elo que funda.
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quarta-feira, 20 de abril de 2016

Sempre Verão Sempre

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Vocês podem gerir
o relógio sem alterá-lo,
Com exata informação.
Posso acreditar no sol
a brilhar na casa das 10
horas da noite de "claridão"
Essa hora no hemisfério sul a luz Está no quinto sono, ainda na metade da volta inicial do novo dia.
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terça-feira, 19 de abril de 2016

BÁRBARO: "TIREM-LHE A CABEÇA E COLOQUEM DENTRO DE UM SACO (BOLSA). POIS QUALQUER MAU TEM QUE SER TOTALMENTE COMBATIDO PARA SER ELIMINADO".

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Brother,
As forças armadas em toda sua totalidade desde uma balística à mais alta patente estrategista é extremamente importante. Não pode haver associações negativas. Isso mancha a importância de proteção da nação. Que alguém de farda realmente, cale os infiltrados que trazem à tona erros do passado, que abafa o presente até hoje em marcha nas datas de independências (mal aproveitadas pois não?) e nos confins de selvas e rios fronteiriços, terra, ar e mar.
Os que berram caricatos como bonecos distorcidos são um mau horrível que invoca os demônios de cada um. Esse é um péssimo e verídico sinal sobre o fim dos tempos. E os que filmam, transmitem, subliminar, facetas de anticristo, os que incitam o contrário de amor, a ira da população.
Nós devemos continuar a prezar as funções boas dos militares e lutarmos contra as más associações em todas as sistemáticas.
Por isso penso, categoricamente, forte, no núcleo das três forças armadas. (De Farda) tem que ser...
Que se cale o mau a propagar sobre os guerreiros do Brasil!
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INSPIRAÇÕES DO PRAZER VIRTUAL

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As conversas podem ser figuras
Elas servem de análise para saber quem somos
O intelecto agradece o fato de vivermos no mesmo tempo
E no mesmo espaço terrestre
A tecnologia também é um vício
Pense nisso
Uma relação virtual pode ser prazeroso
Eu gostaria de pintar grandes quadros Aliás, gostaria de pintar os tetos e as...
Cúpulas e as naves das Catedrais da Europa
Massa né?
Como um iluminista
Quero viver em Roma
E poder ir à Verona e a Pisa
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IMAGO

Todos os dias o sol se põe atrás da linha do horizonte e a luz que observamos é variante consoante os ventos.

MAIS ÂNIMO POR FAVOR EM PROSA

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A rede interativa é um jornal instantâneo, temporal. É a chance de qualquer um real ou fictício auto proclamar-se qualquer coisa. Eu entro na rede e meto lá coisas. Na rede eu vejo os lances, filtro os prós bem fino e reduzo à insignificância as partes más. Dá mais pra rir que pra chorar, depois de separar. Já dissera eu que a gramática portuguesa é um labirinto de corredores fáceis e difíceis. Por isso é uma língua apaixonante. Viajar no dicionário evolui para amar. Certa vez eu encontrei com um amigo numa feira de desenhos. Ele me contou que na pausa do seu trabalho ele lia o que eu dizia e revigorava. Entendia mas ainda assim perguntava. A resposta tende sempre que ser bem colocada. O macete para navegar tranquilo na rede de qualquer sistema é NÃO CREDITAR as coisas ruins e ACREDITAR no que é bom. Por exemplo: Os índios que usam roupas e espelhos sabem tanto quanto o Reino Unido em que ano estamos vivendo.
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BAGAVAD GITA

O BAGAVAD GITA: É uma Epopéia (antiga grande história) Hindu (mesoriental) em formato de poesia (arte) transformada em canção sublime (potencialização), um diálogo entre Deus manifesto (Krishna) com o homem (verdadeiramente crente e devoto) sobre o conhecimento do Todo (salvação).
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CAP.9 (O CAMINHO DA SABEDORIA REAL E DO MISTICISMO REAL)
VERSO:20
"Os conhecedores dos Vedas (essa escritura sagrada), purificados de seus pecados, bebendo o santificado suco das folhas do soma (transe), Me adoram (Deus Krishna) para ir ao céu (ecstase); chegando à esta esfera de méritos de Indra, o rei dos seres celestiais, desfruta do gozo (nirvana)."
BAHAGAVAD GITA
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SERÁ MAMÃO COM AÇÚCAR

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Se agora estou abrigado num espaço pequenino onde é bem difícil esticar os braços e ainda assim pousar os cotovelos e achar gaivotas num céu cromado; se ainda rodo as parcerias em meio a um quadrado perfumado de beldades femininas, dançante aos toques de excelentes tocadores; se os peixes que não me mostraram ainda seus cristais do ouvido interno crescem a conspirar justamente para que eu os coma a carne, então, levanto com ânimo para plantar um jardim extenso plano e suspenso, em salões nobres passear com bailantes coroadas de brilhantes e no umbigo da barriga da baía grande caminhar como um navegante.
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PEDIDO MANUELINO TEMP.

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Ainda em vida - talvez depois pudesse - peço, que quando eu morrer e o acesso ao meu corpo sem vida estiver estático, minha coluna óssea deitada no horizonte seja alavancada por uma redonda almofada justa, posicionada em baixo das vértebras sacrais, como que meu peito ficasse junto ao queixo reto e minhas pernas entrecruzadas pelos pés como Cristo. Se encontrarem um dia esses ossos esqueléticos convexo e cruzado, poderão saber que essa poesia fúnebre é uma preparação para outra vida. E que a dor da próxima vida seja branda porque o ofício dedicado nesta vida será merecidamente um delicioso descanso.
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AULA

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O Estado (País) é apenas uma parte fundamental da razão absoluta. Por isso, urgência! Mestria! Há de aparecer um líder, digo, verdadeiramente à frente. Capaz de reformar sistemas, com dotes conjugados práticos e ecos até dos pensamentos. Que gira as conquistas progressistas por mais tempo até as gerações vindouras. Mais que biografia própria de um mortal qualquer. Que tenha predestinação para possuir poderes, capaz de conduzir tudo que há sobre a terra e sob o mar.
O contrário disso tudo é uma zorra. Pois, imaginem uma reunião de pessoas democratas. Eles gastam a potente utilidade do nome ao escolherem alguém inútil que deforma o molde da história e acelera a desorganização do território. É por isso que sem dó nenhuma eu aponto para o povo com a sua ilusão "cracia". O povo segue livros que nem mesmo lê. Como fantasias de escrituras e teorias de constituições. O povo até jura de pés juntos e mãos abertas que é melhor dinheiro do que outras glórias. Simples glórias como conquistas modernas de agora. Enquanto isso o povo nasce e morre insatisfeito. Até mesmo os ricos, fartos de serem minoria, à espera da chegada de uma novidade tal, maioral, que iguale todo mundo. Mesmo que venha de uma terra antiga, com um som que fixa quando move, emitindo luz quando grita e que entrega o corpo para revelar a alma.
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O GOLPE GALÁCTICO

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A Lua visava Marte, pois queria dele um filho rubro. Mas Júpiter entrometeu ao lado da Lua e adiou o plano dela. Marte, distante como "Dom KissHot" , vencia a cada giro as intempéries do espaço. Acontece que a Lua é do Sol e Marte é de Vênus. Essas parcerias são perpétuas mesmo que temporalmente mutáveis. Júpter é um gigante e não tem amante. Ele chega e parte quase sem ser visto. Na verdade Júpter se camufla para beijar a Lua pois assim ele "bebe a cheia dela" para ficar mais gigante ainda. O Sol vendo essa história toda resolveu sair para organizar as coisas. E saiu tão forte que o universo vibrou. A lua teve filhos com as cores de cada planeta, mas, todos eles do próprio Sol. E as calotas polares da Terra derreteram a ponto de ficarem apenas 7 montanhas secas em todo o planeta. No cume dessas montanhas foram construídos 7 castelos. Todos eles com a bandeira portuguesa.
*

sábado, 16 de abril de 2016

SIGNIFICADO

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Quando você lança a besta ela avança
Mas ela pode parar por si só
Ela pode carregar quando bem quiser
E por isso a graça em controlá-las
Já as máquinas não têm graça
Elas parecem ser mais do que são
São apenas plástico, ferro, poluição
Os cavalos excretam esterco que é adubo, é outra combustão
As máquinas entopem as calçadas
Os homens dirigem em vão
E a classe ajusta-se perfeitamente
Às pessoas dispostas a viver em perfeição
*

O GÊNIO

*
Você tem três desejos
Pode escolher dois, para já
O último guarde-o
Ele me faz voltar
Então primeiro quero
Que os carros se transformem em cavalos
Segundo quero classe para a população
Enfim, espero
*

VELHA E PORCA

*
Você está lutando contra uma sociedade tamanha
Ora oriunda de beleza escassa
Cheia de lamentável tristeza
Escarram seus males sobre olhares
Ainda que a patada cale o som da explosão
Aí então é melhor se retirar, ou
Numa hipótese muito sana, reagir
Porém com uma bravura capaz de cativar
A lealdade dos que sabem sobre o Dom
*

sexta-feira, 15 de abril de 2016

MUITO MAIS

*
A chuva que te molha
Ameniza a ira absoluta
Da ilusão de posse material
Para entradas em portas rústicas
Ao mesmo tempo a massa, povo
Participa no espaço em construção
Como formigas cabeçudas desorientadas
Sedentas por notas, moedas, sem noção
Isso acontece quando nada te impede
De continuar tranquilo em mar aberto
Ainda mais quando o demônio é sua espada
E Deus a sua armadura
*

terça-feira, 12 de abril de 2016

LEÃO

*
Lembro que o meu avô de mãe tinha sempre um sorriso no rosto mesmo que estivesse enfurecido. Certa vez sob uma árvore de copa parabólica ensinou à dois de seus muitos netos que a selvageria humana é uma armadilha para a natureza silvestre. Com isso ele estava farto e por isso resolveu fazer dos pássaros engaiolados seu rádio de comunicação. Seu abraço era com a barriga dura. Seu bigode nos dedos enrolava. Antigamente era conhecido por ser um branco cavaleiro de olhos azuis, "pastor" de gado, levante de leste a oeste, quiçá de norte a sul. Conhecido também por Zé Bonito e Seu Leleco da Dona Neida. (Lusofonia). Era o Pinheiro guardião da varanda das samambaias onde os espíritos se reuniam. Morava na torre das minas d'águas mágicas, na porta da floresta dos saguis. Na coluna da sala uns tatus empalhados. Na coluna da cozinha um berrante suspenso. Eu tenho a sorte máxima sem querer e com humildade, porque o passado não morre. Ele muta, vira presente, renova. E numa foto memória conjuga a árvore genealógica com a natural postura que é parte da história do seu próprio ser em desenvolvimento.
*

segunda-feira, 11 de abril de 2016

AÉREAS SEMENTES DE DENTE DE LEÃO

*
Notei que após os textos tentam entrar na história por avanços ou gritos. Tentam, fazer parte de crônicas passadas, repetidas. Sejam, mais atenciosos com a serventia. Sigam, com alta estima sem subestimarem a ordem antiga. Não atropelem pacíficos que oram, andantes geradores de benefícios. Os velhotes sedentos babam e escorregam na frente enquanto senhores com classe tremem mas não sucumbem. Há uma diferença entre o contratado e o contratante. Um veio ao mundo pela lusófona fala dominante. Outro veio ao mundo por causa da força do punho bravo constante. Jovens que não sabem do imperativo (dizer rijo) precisam aprender que o melhor cuidado é o respeito pelo solo que abraça o povo. Mas se o vacilo uma vez vence o indivíduo, é um risco, nunca mais à porta entrar de bom feitio. Nesse chão tem uma esfera, fogo, rubro ativo. Quem disser que a posse é sua antes minha deteriora-se devorado pelo instinto.
*

TICO TICO

*
Saber sobre si são os pais
Antes mesmo sua origem
É como o alto céu protegido
E o profundo mar de absinto
No tempo ocorrem encontros
Que marcam até sem serem vistos
Suportar a fé é um estandarte brilhante
Maravilhoso rei DOM Sebastianismo
Traz à tona cumprimentos sonoros
E o povo age com motores, ativos
Próximo, simples, sob panos
Rico de uma face sana, velha guarda
Bravo atual de requintado comando da cavalaria
Filho de Marte, um original romântico
*

SUFOCANTE

*
Quando penso que a cada hora que passa, os cabelos da minha cria crescem e não a vejo, choro como a tempestade. Sorrio, quando a praga que em mim lançaram não funciona. E volto a chorar quando vejo o sangue do leão esvaindo em minhas mãos. Não sei se sorrio mais em breve. Temo uma maldição de Wicca. Temo que a terra trema, que o mar invada, que o gelo fure. Temo que um meteoro me caia, que a lua cheia não volte, que as aves não me olhem. Eu lamento as espadas que entortei, os demônios que não matei e as crianças que nem nasceram ainda. Vou num caminho e vejo a minha estrada do outro lado. Penso em desaparecer por décadas, enclausurar-me num mosteiro no monte para digerir os meus erros, para apurar os meus acertos, e voltar, nem que seja no último suspiro no cumprimento do destino.
*

domingo, 10 de abril de 2016

NA VIDA E NA MORTE

*
A ideia de Pessoa
Passa por ser decidida
Por outras pessoas
Todas elas iguais
(Melhor que não cuspam)
*
Como ser concebido exato
Pensante, livre, com sentido
Como nascer e saber
Que estás vivo
(Construam não destruam!)
*
A vida é um teatro
Abstrato quando digo
Em total equilíbrio
Sentimento, arbítrio
(O mar devolve tudo que consome)
*
Todos nós temos nomes
Que remetem à uma ordem dada
Pois, as quinas do meu horizonte
São as portas do paraíso
(A Casa Imperial)
*
REI
*

sexta-feira, 8 de abril de 2016

BELÉM

*
Lembro que minha avó de pai bebia café com leite e comia bolachas com manteiga antes de dormir. Ela tinha uma despensa onde a porta era um pano de chita. Ela costurava com a cadeira de costas para o meio e eu brincava com “tuturus” (eixo das linhas) nas bordas da sala. No quintal o sol batia antes numa goiabeira dourada imponente, que emanava um cheiro doce misturado com o cheiro d´alho e vinagre nas panelas. A janela da frente do quarto dessa casa era voltada para uma rua de nome Papal, onde trabalhavam barões, viviam pracinhas e chegavam e partiam rodoviários andantes. Eu aprendi a rezar nesse quarto, em uma noite de quaresma na beira da cama com o meu anjo da guarda e as três cruzes na fronte. Eu nunca conheci o meu avô de pai. Ele se chamava Ari. Mas eu conheci o meu tio que também se chamava Ari. Eu terei um filho (quando isso acontecer). Seu nome será Ari.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

PARTES: CASA

*
O verbo vem antes dos atos (profético)
Os bons atos sempre foram simples (sinceros)
Sempre serão bons exemplares (modernos)
Poderão ser até fados alegres (chorados)
Dentre outros comportamentos humanos (quietos)
Faço mais do que é preciso (tempo)
Isso é locomover como o vento (altivo)
Ciente de tudo além do alcance (longe)
Além de desejar o cheiro d'outro gênero (Rosa)
Que é a parte da flor que se faz mel (amor)
E está no ventre de um porto bendito (ouro)
Tranquilo, ileso, ativo e bravo, servido (paz)
*

A DECLARAÇÃO DE MARTE * * * (Forte)

*
Antes de subir a escada
Ela olhou para o céu
Lá estavam lua e júpter
Dados um ao outro
Belos como feras raras
Ele, alpha como flecha
Ela, nata quente em frio inverno
Hoje, abstratos continuam
Eu morro à frente antes os filhos
Mato-me por amor ao próximo
Nasço quando gozo
Ela é o meu par
*

quarta-feira, 6 de abril de 2016

BENZA DEUS

*
A caneta tinge
Uma arte ampla
Impressão, destino (Reino)
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Que a força bem armada
Tripla à máxima legitimada
Viva em ventre de amor! (Coração)
*
O repouso é o sono
Temperado à todos
Para o velho e o novo (Leão)
*
Manda que os males se espantam
Que seu povo canta, Sebastian
Uma bela canção (João)
*

AUM

terça-feira, 5 de abril de 2016

KAPA (O REI DE COPAS)

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Protetora redoma energética
Prana, luz solar divina força
Horizonte, karma, carne satiwa
Sinais dos astros como uma reza
Sábia de cima hárpia sinalizadora
Sábio andante por terrenos bons
Mais saltos altos seguros, hajam
Menos coadjuvantes sem noção
Despreocupantes caixas cheias
Certas condutas de locomoção
Partes partilhadas facilmente
Choro e riso enchem o coração
*

Ó PAÍ Ó

*
Eu sei dirigir as nuvens
Ando a pé, parado, longe
Há um berço lusitano casto
Que o Cristo Alto salvaguarda
Num balanço silencioso intenso
Roots por causa da garra brava
Paz e amor à Nação num Todo
*

A ESTÁTICA EM AULAS

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Giramundo!
Giramundi!
Giramundus!
...

AGRADEÇO ÁGIL

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Cabe o mundo nessas naves! Pode parecer rude mas poderia matar “um” boi para oferecer o churrasco (expressão festiva e grandiosa). Contudo ando a semear palavras e a colheita passa por tomar a sopa do rabo de boi (ainda assim com altivez). Porque todas as coisas continuam seu ciclo forte para serem consumidas e consumadas, como uso fruto delicioso em momentos mágicos como agora. O final antes do colapso é precedido por uma expansão incontrolável e cativante. Pensemos que o mundo tem um registro e nós definimos a construção da história periódica, temporal às eras, de acordo com os acontecimentos oratórios e físicos, desde há tempos até a atualidade. A criação de um mundo novo (Criativ Mundi / Mundus Partum) é a continuação do registro, o recomeço a partir das coisas mais simples, como olhar o horizonte marinho e encontrar terras virgens, ou subir ao topo de uma escada que apoiada está na base de uma tríplice. Isto pertence aos desbravadores, aos criadores e aos iluminados. Até o fim da vida temos a triste e alegre missão de desvendar onde viemos e para onde vamos, como que participantes de um jogo divino misterioso sem respostas. Isso é uma filosofia útil porque instantaneamente apura o pensamento sobre o estado de consciência, afixado neste tempo presente, conhecido como vida, ou conquista, como queiram.

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FERA

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O mundo é cão. Eu conheço uma senhora que só conhece cinco cunhas (chagas) do meu país. Outro gajo com uma pelota que não passa a bola enquanto não lhe molham a mão. Por fim um inventor que não aplica a redução das massas deixando transbordar aquilo que se dispensa. Concluo que pessoas nascidas no antigo primeiro mundo estão caducas, arcaicas, mesmo que possuam casas minúsculas perto do quintal da minha mata. Constato que pessoas que saem do submundo para campos mais nórdicos babam por moedas, mesmo as pretas, aquelas que não brilham e ainda rasgam a rede da pesca. Espero que as crianças que eu vi um dia lembrem grandes que com um papel liso é possível projetar portas, decorar espelhos e uma vez compresso, o espaço das vigências continua extenso.

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segunda-feira, 4 de abril de 2016

O VELHO DA TORRE É UM SÁBIO

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Sabe ele que viver no alto de uma torre é como controlar um mapa. Com florestas e porções de água onde possam procriar silvestres. Do alto a observância é um trabalho. Referencial inclusive aos que intencionam evoluir o intelecto. A satisfação disso é a sabedoria que uma vez exposta conduz a sociedade rumo à verdadeira libertação.
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A ALTURA CERTA

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Naturalmente nesta época a sorte costuma manifestar. Mero plano do destino. Enquanto às vezes reclamamos da chuva que salpica nossos rostos com pingas insistentes fazendo-nos baixar a crista como um cavalo que dorme em pé, a terra agradece feliz as espalhadas gotejadas primaveris. Então depois você percebe que a batata que te alimenta não precisa de moedas para ser enraizada, não precisa nem do suor do homem. Em suma, ela é uma das bases da existência. A água - elemento inanimado - não depende da vida mas a vida necessita da água, esta, que escorre nas calçadas a limpar os cuspes, que límpida sacia os lobos nos montes, que alimenta as cores verdes em todas as paletes físicas, que brincando desagrada os impacientes do mesmo modo que harmoniza sonora o ritmo do coração.

MULHERES

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HÁ MULHERES QUE AO SEU LADO NÃO SABEM QUE SÃO AMADAS
HÁ MULHERES QUE NEM SABES QUE EXISTEM E TE AMAM
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sexta-feira, 1 de abril de 2016

IMP.

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Os sabedores que avisem
Aos contrários maltrapilhos
Que galopam cavalos em colinas
O canto conjunto num círculo
É a potência da frente avançada
Veja só, eu sou Leão
Moro no ninho do Dragão
E é belo ver uma Águia
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A BANDA DO ZÉ BRANQUINHO CHEGOU

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Aê, tá tendo uma zueira danada feita por partidos políticos no Brasil.
E a Amazônia?
Cês tão ligados, né!
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MEMÓRIAS DE UM IDO (S. MIGUEL/AÇORES - 2004)

Acredito: Depois que você entra no paraíso você descobre tudo aquilo que projetava e o que realmente existia. Além disso o que haveria ou nã...