quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

REZA O CICLO

*
Eu contarei as contas do colar
Comerei passas em goles de saliva
Meus adornos quentes acompanham o calendário
O meu sangue corre legítimo para ondas do marítimo
Gaivotas voam fortes como meus passos
É um tempo findo iluminado para o início
De um fogo que vela os atos natos da Mestria
Absoluto modernismo, impactante destino
*

AL

*
O mar foi fácil
A nave estava vazia
Dormi a rota toda
Pousou no norte D´África
Donde perdera uma relíquia
Sorte a nossa outra existe
Ela mora escondida e perto
Desperta na cama da coragem
Então anda, abre os braços
Meu espaço é seu peito
Somos Marte e Vênus
Mais que fantasia
Realização
*

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

DOM

*
Os desenhos são traços num espaço base que resume a liberdade de expressão. A conjugação de formas livres cria um cenário primário vivo em dimensão atractiva. É um mergulho na imaginação humana. Cada desenho interage com o expectador sendo capaz de ser interpretado de maneiras diversas. Uma originalidade da psicodélica. A capacidade de revelar a existência dessa forma de arte - contributiva quando aplicada ao pensamento e ao bem estar decorativo do “Todo” dentro de um desenho (trabalho) - é um Dom entre muitos possível a todos, ainda que os raros já nasçam dotados deles.
*

PEREGRINO .I.



*
De todas as paisagens naturais da vida
Gosto de toda a natureza bruta existente
Desde as chuvas do norte frio ao dente
Até os campos encharcados donde brotam flores
E o cinza céu de gaivotas abrigadas
Ou as cores num papel pintado
Meu caminho é regado de momentos mui nobres
Por observantes natos dessa história agora
É um livro recheado de palavras lusas boas
Diz amor ao Reino extensivo ao Mundo
*

domingo, 27 de dezembro de 2015

A SAÚDE DO DRAGÃO

*
Eu vi o movimento do povo
As pessoas corriam em harmonia
A estrada continha uma pausa certa
Como pousam as gárgulas protegidas
Casarões cinzas lareiras acendem
Nas ruas respirações e passos de compassos
Penso sobre o que diria sobre a morte
Mas a vida tem o ritmo e o saber do coração
*

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

EU RECONHEÇO O PODER DA REAÇÃO

*
Exponho a face de quem anda à chuva
A perguntar de hora em vez a rota certa
Sabedor que o líquido que escorre nas calçadas...
Lava a terra da falada língua lusa portuguesa
Caminheiro bem diziam as cartas brácaras
Galopante frente estátuas, circulantes e máquinas
Com a sola e os dedos encravados naturalmente
E um topo belo como cahoeira imensa
Raros ouvem a história dua de una vita
Uma reza torres, rios, grãos
Outra reza casario, fogo, união
D´ambas surge a prole da coragem do leão
*

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

INSISTO

*
Preciso trocar um pedaço do céu por uma casa
Terei que pegar as estrelas cadentes no mar
Estou a três passos de uma chegada próxima
Mesmo que em breve me chamem para partir
Muita coisa diversa e igual aconteceu até agora
Está tudo se estabilizando para amanhã, julgamento
Mas demora porque o fôlego é longo, é tenro
Isso é por conta da força da vida em movimento
*

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

A CASCA DURA DO REI

*
O rei anda sem ver, tranquilo
Por olhar a estrada outra via
Mesmo que lhe cuspam o chão
Ou tussam em seus ombros retos
Que gritem histerias aos seus ouvidos
Mesmo que lhe freiem as canelas
Que lhe mandem aos infernos quintos
O rei não morrerá em mãos amigas
Já que o rei é amigo do povo
Que lhe deitam beldades ao colo
Em seus solos limpos por aromas hindu
Ouve-se sinfonias nas torres dos sinos
Emana um ronco rugido contínuo
O rei morrerá em mãos inimigas
Esse mistério é neutro ao destino
*

domingo, 20 de dezembro de 2015

TEORIA DO MANUSEIO

*
Os instrumentos
Servem sopros e alimentos
Geram sons e energias
São potências maravilhosas
*
Os gatos
São felinos rápidos
Que ouvintes chegam e saem
Com a nobreza de uma Majestade
*
Os textos
Contam como a sabedoria nasce
Quando vive entregue à realidade
De uma riqueza onde contém a paz
*
As Damas
Levam ventre berço à frente
Cheiram rosas coloridas em manhãs compridas
Cravam a boa sorte em homens de coração bom
*

REZA DECA

*
Óh Deus Pai Todo Poderoso
Senhor do Universo
Dá-me, astúcia, ânimo, paciência, coragem e amor
Para ajudar as pessoas
Dá-me inteligência, humildade, descendência, equilíbrio e habilidades
Para ajudar a natureza
*

CÉU

*
O meu fim vai a meio
É uma poesia rápida por inteiro
Em tempo de esperança rala
É um suspiro longo motivante
Que de fato inspira a vida
Assim como os campos férteis
Alimenta saciando o povo grato
Confiando com certeza absoluta
Nos encontros desse canto agora
Para a próxima passagem histórica
Eis as provas da existência máxima
*

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

TERCEIRO QUARTO DORO

*
Da última grande aventura em companhia
Surgiu um filho que lembra a metade brava
Da minha vida partida cheia de chegadas
Nestas terras Lusas por mim tão amadas
*
O relógio que não para marca o tempo viril
Mas nada se perde quando o sonho alcança
Cada grão de gente amante desse Mundo
Quando a majestade do segredo é revelada
*

PRESSÁGIO

*
Corre um vento quente em pleno inverno
É noite e os aviões cruzam com o trem
O dia passou numa estrada matinal cheio de sins
Afinal convencer é apenas deixar ser original
São tantas cartas com o sinal da prosperidade
Que o navio já navega no estaleiro da vontade
O pão foi ao forno oferecido aos Deuses
O fogo contido no estalo arde sem que veja
O beijo em uma jóia rara é o itinerário perfeito
Para que os pólos se alterem até o ponto máximo
Fazendo do velho moço um árduo rico a todos
*

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

VAMOS LÁ RESOLVER AS PESCAS COM EDUCAÇÃO

*
Na sociedade existem necessidades mais imediatas. A saúde e a educação são essas prioridades. Contudo a saúde engloba diversos ramos desde a alimentação, bons hábitos até pesquisas e urgências. Pelo mesmo lado a educação é outro pilar capaz de englobar diversos assuntos desde a criação de novas tecnologias até o bom comportamento cívico no dia-a-dia. No imenso mar existe diversidade, riqueza e abundância ictiológica, em outras palavras, existe uma variedade enorme de espécies de peixes onde algumas dessas espécies apresentam baixa densidade populacional (relativamente, poucos indivíduos). Quem determina as respostas de quais espécies possuem estimados números de peixes (população) são os cientistas, precisamente especialistas da biologia marinha. Há um termo científico chave não muito difícil para os leigos entenderem a questão de quantidade de peixes e gestão dessa quantidade de peixes. Esse termo é designado por STOCK e é aplicado às populações de espécies de peixes de uma determinada distribuição geográfica. O termo STOCK remete à similaridade de ARMAZENAGEM. Logo, a legislação ambiental da União Europeia tende a proteger as espécies com baixa densidade, aplicando a proibição da pesca sobre estas espécies a fim que o stock dessas mesmas espécies aumente com a reprodução geracional (nos anos a seguir). A exemplo disso, na atualidade acompanhamos a realidade da proibição da sardinha e do robalo em águas atlânticas. A indignação dos pescadores é enorme. Porém o mar é imenso e as alternativas passam por terra. Em tempo de não ir ao mar, penso que os pescadores deveriam ensinar. Além de poderem pescar outras espécies em simultâneo. Existem muitas comunidades piscatórias em todo o litoral. Com certeza num percurso pedonal sobre a área veremos espaços físicos abandonados, casas, casarões, sejam do Estado ou privado, precisam ser utilizados. Há de se aproveitar estes espaços físicos abandonados para a remodelação e criação de Centros de Educação de Pescas, onde os pescadores poderão receber comunicações de ensino ao mesmo tempo que poderão comunicar suas experiências práticas de vida ao público infanto-juvenil; poderão discutir novas artes de pescas, poderão aprender e ensinar. É motivante possuir uma teoria bruta capaz de salvaguardar a vida marinha para que esta seja capaz de alimentar a vida humana quando os pescadores passarem a ser professores.
*

sábado, 12 de dezembro de 2015

CAUSO D`ART

*
O salão tem uma fogueira invisível ao centro
Com o fogo que percorre as paredes do salão
Sem dinheiro pago com pedaços dos meus dedos
A riqueza dona manda a certa mão leon
As mulheres são caixinhas de pandora juntas
Basta a pose nata de quem as quer sozinhas
Com mais cama já que a chave abre a porta
Menos freio pois corridas desvanecem o medo
Há quem cante com o ronco da goela boa
E quem toque com a sola dos pilares membros
Todo mundo olha quem pensando faz história
Nota a lente gravadora embutida mente adentro
Glória, bem podia ser o nome da beijada agora
Com sorriso, com certeza, com alegre realeza mor
*

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

MALTA E PALAVRAS

*
Estou me mantendo com meus passos
Oro muitas vezes ao dia em movimento
Pauso e nestes instantes continuo a viver
Cordas vejo entre meus dedos sem unhas
Como capa sobre a toca que aquece a cuca
Tenho que enquadrar 4 escadas num triângulo
Por isso oiço, há gente a sorrir, por isso
É um trabalho posicionar-me num círculo
E um tanto satisfatório conduzir leais
*

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

O PAPEL DO REI



*
O papel do rei é som ouro (sonoro)
O papel do rei traça estradas
O papel do rei tem os astros
O papel do rei consta casas
O papel do rei planta arroz
O papel do rei é segredo
O papel do rei vale e nada
O papel do rei voa ao vento
O papel do rei vê o vidente
O papel do rei é folha pesada
O papel do rei nunca acaba
*

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

O TESTE DO VELHO DA TORRE

*

São perguntas que ele coloca ao aprendiz em confronto com a exatidão das respostas que ele mesmo já possui. O mestre questiona, como unificar países depois que estes desejaram serem únicos? O pensador chega ao fim da vida e tende dedicar um tempo para pesar na balança suas ações frente às necessidades que a vida lhe propõe. 

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

REDIGIR

*
Temática: Energias Alternativas
Razão: Matéria-prima abundante versus matéria-prima limitada (ainda que em temporal renovação)
*
O petróleo é um produto-fonte que se encontra sob regiões marítimas e terrestres parcialmente em grandes quantidades em forma de bolsas concentradas de material animal ou vegetal fóssil.
Este produto é extraído para suprir necessidades locomotivas da civilização moderna atual, de acordo com a quantidade de indivíduos e suas deslocações no Planeta Terra.
Com a matéria-prima petróleo é possível transformar sua composição química criando derivados desde bases sólidas para rodagens e circulações em vias rodoviárias a líquidos que desencadeiam energia de movimento mecânico quando em combustão controlada, inclusive na aviação.
As energias alternativas abundantes, notadas durante a evolução científica humana, devem ser supra aplicadas de forma a substituir o uso de materiais em escassez e com maior impacto ao meio ambiente por energias naturais "mais limpas" (luz solar, correntes atmosféricas e marinhas, até microorganismos produtores de gases combustíveis energéticos) capazes de serem aplicadas em maquinarias existentes e ainda por criar.  
Essa gama de energias alternativas, sendo mais limpas, comparadas ao processamento de petróleo, geram efeitos de impactos menos degradantes ao meio ambiente e justificam serem utilizadas a fim de (i) expandir a tecnologia e a ciência, pois do seu estudo e aplicação surgem fórmulas e modelos; (ii) mudar o comportamento humano e consequentemente acalmar o stress da economia; (iii) reequilibrar o comportamento climático do planeta hoje discutivelmente alterado pela emissão de gases e outros produtos descartáveis.
Estas considerações, aparentemente simples, são inteligências iluminadas de introdução aos fundamentos teóricos para a realização das práticas possíveis de serem conjugadas por um poderoso e vasto IMPÉRIO, extensivo em hemisférios e longitudes, aproveitando suas colunas secas, molhadas, aeradas até mesmo o magma, a considerar ainda assoalhos, subsolos e todos os elementos.

*   

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

A IDEIA DE PESSOA

*
Na sociedade há diversos valores em partes, rei
O que move os sentidos é a matéria que usa se
Porém a ideia da pessoa não é palpável, é fato
Mesmo que inexistisse matéria ou pessoa sana (pura)
Então a ideia é um valor indispensável à Coroa
Pois é responsável pelo valor de qualquer coisa
*

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

CORTE REAL

*
Faz barulho enquanto ativo tenta
A consorte nobre de um sono ao lado
Na mastigação cerrada de quem pensa
Maceradas frutas férteis de uma Quinta centrada
Viram pó, sementes, ossos, grãos
Atė o pingo d’água cor em tela queima
Renovando o sol pelo galo anunciado
Tão ciente dos pedaços todos pertencentes
*

SOL


*
Aquecedor aparecido no tempo decorrente
Onde o tronco livre é o natural pudor
Páreo ao trilho que escorre mercado rias
Desde rios, terras, desde maresares
Fácil abstrato em punho constantino
As torres comunicam enquanto os sons produzem
É o canto libertino, é o pio d’ordem Benedito
*

domingo, 29 de novembro de 2015

PEREGRINO S.F.F.

*
Bem debaixo do meu passo forte
Existe uma fé em cada pulso rítmico
Que em meio ao caos percorre ao céu
Completamente em paz com o eu real presente
Porém garras são vistas como gravações d´observantes
Em solo onde o leão passa com o peito à frente
Protegendo gentes simples, patrícios e exóticos
Ao sabor do azeite do peixe que serve o ânimo
Para ser fundamental durante a dádiva da vida
*
Peregrino S.F.F. 

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

CERTEZA

*
Procuro uma razão para estar aqui
E acabo por encontrar muitos sentidos
Alguns são tão rápidos que já sumiram
Outros aparecem enquanto ando tranquilo
Pode ser a atmosfera literária que em mim fixa
Ou a parede científica que escalo na Academia
Pode ser o fascínio por um berço luso lindo
Ou o sangue já corrente num corpo d´ouro longínquo
Não se importam as ondas ou os ventos comigo
Mesmo que declare poesias delirantes a estes domínios
Não se importam os doutores com os mestres distintos
Mesmo que os mestres tragam fórmulas do infinito
Em três salas faço um quarto e nesse quarto um abrigo
Meio que ausente por andar com uma bandeira às costas
Pronto a retalha-la sem feri-la ao reparti-la
Eu queria saber o fim da história agora
Mas suspeito que o fim é o mesmo que o princípio

*

MURTA

Há um chamado
Que traduz felicidade
Em prima é a esperança
Que clama perpetuidade

O chamado
É um dito às belas moças
Que apanhem suas flores orvalhadas
E declarem as verdades do coração

Esse grito
Ouvem os mais apaixonados
Praticantes gloriosos dos ritos naturais
Como a árvore alimentadora duma nação

É o grito
Do sinal que o amor achou a Dama
Pois assim a Dama gera reis
Guia luz do povo em aro português

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

SEBASTIANISMO X

*
Vocês precisam saber 
Que a fagulha acende o fogo
De fogueiras que aquecem
Nos mantendo a noites quentes
Que a neblina esconde o passo
De quem dá a própria vida
Ganha o Paço da Tradição
Que o terreno é o mais belo
Pela língua, corpo e alma
Pertencente a Dom Sebastião
*

terça-feira, 24 de novembro de 2015

O COURAÇADO ENCOURAÇÃO

*
O maior barco foi afundado
No amargo mar da revelação
Não chegou a tempo ao porto
A conquista venceu o navegante
Ele vinha de Marte para Vênus
E trazia antigas histórias reais
A brisa uniu outras velas
Tormentas isolaram o errante
Em ilhas distantes se encontra
Vivente a construir outro cais
*

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

QUEM É ELA?

*
Está sobre a cuca
Vem porque vim
Presente pra mim...
E porque sempre vem
Transborda amor e paixão
A esfera de todo mês
Me ama como a São Jorge
Mesmo que eu fosse D. João
Faz ciúmes à ribeira
Quando de dia aparece
Os peixes se agitam
As aves voam rasantes
As marés ficam mais vivas
Lambem as canelas das pontes
Não vejo a “Ana”, ainda
Estou fora do Castelo, agora
Mas a lua cheia me enche
De força e coragem vibrantes
Pois venero-a em verdade constante
*

domingo, 22 de novembro de 2015

RISCO

Ser sebastianista em pleno séc. XXI
É viver próximo ao dia do retorno
Mesmo que visto como lenda antiga...
Melhor que acreditar no próximo governo
Ainda que assuste a menina que cortejo
Por outro lado são atentos os bons ouvintes
Sobre a profecia da manhã de nevoeiro
Poucos, raros, como Pessoa, creem no .V. Império
Sorte a minha propagar a vindoura boa nova
E a vossa sorte é a consequência minha
Baseada na antiga sistemática de união lusitana
Vem de longe alguém capaz de ir audaz
Numa mão escreve o mando certo a todos
Noutro punho reduz a guerra em grandiosa paz
Traz as marcas místicas no corpo inteiro
E no peito o amor de um leão feroz
É um peregrino de inabalável fé constante
Um cavaleiro nobre protetor do Mundo
É um navegante de mares que entram em rios
El Rei vivo com sua alma brilhante
 

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

ASSALTO AO CASTELO (Sebastianismo)

*
Ele estava fechado sem chave
O sol deitava no mar a frente
Eu subia as ladeiras às pressas...
Mas tenho a palavra passe
Então ele foi “assaltado”
Pelo céu que invadia com o frio
Pela lua à metade no espaço
Na noite que persegue o dia
Quem pensa: “Aquelas são as muralhas”
Engana-se, pois começam no fundo do mar
Estendem-se em ilhas vulcânicas
Encostam nas praias desertas
Em cais onde atracam cruzeiros
Na casa da Dama que aguarda
Até os corações daqueles que esperam o Rei
*

FOGO

*
Há muito tempo não choro. Chorava de saudades. Das lembranças de uma menininha que não vejo mais. Chorava a ponto de desfigurar o rosto. Encharcava, literalmente, o busto. Doía a moleira. Mas há tanto tempo não choro que cheguei a pensar que a dor acabou. Na verdade todo mundo sabe que a dor é passageira. Assim como vai, volta. A dor é irmã das alegrias da vida. Por isso hoje chorarei quando partir. Mesmo que esteja indo aventurar nos braços das descobertas. Vou me des...pedir da família. Das crianças da casa que me atinam para o tempo que ainda temos para brincar. Deixarei a cidade, os amigos, as paisagens. Deixarei a Pátria mãe gentil. Deixá-la-ei quente, seca e violenta. Deixá-la-ei bela, grande e esperançosa. Vou cruzar o mar com medo de voar, por gostar mais de andar, navegar e até cavalgar. Ficarei exausto e ao mesmo tempo leve após chorar. Meus olhos estarão limpos de um colírio sal ao natural. Eu estarei parado e ainda assim a caminho. Mil pensamentos chegarão a vários lugares. Meus pés impacientes jus de peregrino, minhas mãos prontas a produzir e meu coração já veterano de sentimentos, estará pulsando como um recém-nascido. Porque chegar àquela terra é chegar ao lado de lá. É como dormir no sul e acordar no norte. É como ver portas abertas na linha do horizonte. É como empreender uma cruzada para acabar com o terror. É como apaixonar novamente por uma linda mulher para com ela aumentar as alegrias que nos farão sorrir, e diminuir as tristezas que ainda tivermos que passar.
***

TAPA

*
Cedo durmo
Preservado em vão
Acho a tarde ...
Em braços ocultos
Enquanto isso ando
Sem feixes de luz
Rumo a um farol novo
Pois meus amores morrem
Num piscar de olhos verdes
Nas frestas dos dentes brancos
Nos compridos cabelos loiros
No triste fim de ano
Quando eram para ser imortais
Justamente na cidade invicta
Mas do mesmo jeito renasce
Quiçá em outras quintas
Ali na cidade dos Bispos
Onde escadas me lembram
Alguém que não me viu
Do mesmo jeito que a vi
Por isso não me quer
Do mesmo jeito que a quero
E não me terá, salvo
Enquanto não me quiser
*

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

O “REIDENTOR”

*
Mais uma vez o aprendiz subiu as escadas do Velho da Torre. Na verdade a Torre é uma herança material do aprendiz. Enquanto os ensinamentos do velho é uma herança intelectual da humanidade. O aprendiz estava indignado, como quase sempre. Afinal sua vida é um lago, ora vezes cristalino, ora vezes lamacento. O velho é uma espécie de filtro de um chafariz (que são os atos do aprendiz) onde a água deve ser jorrada pura e consumível. O aprendiz subiu as escadas correndo e comentou com o velho:
- Mestre, hoje um oriental comprou um anel no valor equivalente a 100 escolas. Isso não pode ser justo. Estou indignado inclusive com o destino, o karma ou que quer que seja que dita as regras dessa vida. Como pode um homem gabar-se com uma pedra, enquanto crianças não sabem ler nem escrever? Já não basta ver os palácios cheios de falsos líderes, gananciosos, malévolos e malfeitores da sociedade? Ver ainda homens com poderios materiais individuais serem referenciados publicamente como detentores de minerais valorosos leva-me a interrogar os espíritos superiores, os santos e os iluminados de outrora, o que eles fazem contra isso?
- Meu bom aprendiz. Indignar-se contra os superiores espíritos não irá resolver a situação e ainda rebaixará você ao patamar daquele oriental que comprou a pedra mineral por milhões. Os espíritos superiores já fizeram seus afazeres e não podem intervir no presente imediato, exceto se encarnarem ou estimularem de alguma forma as pessoas a executarem atos contrários a essas tendências materiais. Venha aqui, olhe pela janela o Cristo Redentor, no alto daquela montanha. Ele está lá de braços abertos, ileso, imune, inerte... E ao mesmo tempo é CAPAZ de ser uma referência para você mexer esses braços e dar melhores exemplos contrários aos que te indignam. Você conseguirá mudar a história ao decidir ser e agir, ou como um bravo rei que abdica de anéis de ouro por anéis de madeira, ou, como um pacífico educador redentor.
- Sim, mestre. Eu serei um REIDENTOR!
***

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

ENCONTRA-SE ENTRE TODOS

*
Entre os sátiros e boêmios
Entre muitos outros gêneros
Em meio a todas as classes
Sem saberem serem súditos
Bem perto dos que lhe tentam
Sabendo o que é que lhes matam
Brotando dentro dos que lhe amam
Produtor de atos imperialistas natos
Surgidos na sinapse cerebral instantânea
Lido pouco mais que a totalidade dos sábios
Por traçar nas superfícies suas artes fascinantes
É merecedor de banquetes não desperdiçados
Mas é fazedor de tortilhas aos seus convidados
Eis que se encontra a proteger a cuca (cabeça)
Num inverno norte que lhe agrada como a seda
Onde fios dourados esquentam em cruzes de lãs
Entre a hoste dos que reivindicam dias melhores
Em meio e como os trabalhadores que remam o barco
Encontra-se, entre todos, um simples homem apaixonado
*

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

O CORAÇÃO DA LISA

*
Vou passar na Capital
Lá ficar em meu quintal
Dias que trarão futuro
Sobre a colina do Castelo
Frente ao rio grande
Sob a capa da ordenação
Sejam elas espada e pena
Com certeza vou rever
E serei revisto como tal
Qual quem foi e desapareceu
Mas voltou vivo como sinal
Para consagrar a profecia
Melodias nas praças d´artes
Cheias de bornais dos caminhantes
Boinas, turbantes, raças misturadas
Essas coisas aconteceram a tempos
Isso tudo acontecerá novamente
Das poucas coisas que preciso
Preciso que você me espere com vontade
Fiel e crente para ser meu par presente
Porque o destino é um trabalhador incansável
Ele vem construindo uma união estável
Entre o amante máximo deste solo sagrado
E a mais certa de todas as femininas beldades
AL
***

sábado, 7 de novembro de 2015

BROTHER

***
A mistura de calor constante e insetos hematófagos dá a sensação que estás dentro do inferno. Ainda mais se vês um episódio de “The Walking Dead”, em seguida sente-se mais apto a eliminar essas pragas enquanto suas como um condenado. E se algum FDP te morde, então sente-se mais motivado ainda a exterminá-los. Na lista dos serviços infernais ainda está a contraditória lentidão tecnológica. É possível contar aos reunidos "beatniks" que antigamente, antes às máquinas, um ser humano podia imaginar que existia outro ser humano noutro ponto do Planeta Terra tal como hoje podemos imaginar haver vidas no espaço sideral.

ONOMATOPEIA

*
Tradução SOM
CONTÍNUO 
No espaço
Como Zum
AUM
"Parati solare
Imana iê oh êh
Ah oiê"
Tanto quanto
Absinto estar
Além daqui
É hora agora
De calma ao sim
Ser chama calorosa
O Rei com Dama
JAH é, já está
*

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

FIXA

*
Só te olhar fixa-me 
Impulsiona-me a ida 
Leva-me a guerra por si
Com a certeza do sim
A incógnita é sua por mim
Alguém escreveu para nós
Um sério mistério a dois
Juro que não inventei
E você nem respondeu
Então é o destino a agir
Você sonha com alguém?
Eu sonho de dia consigo
Vá à janela e encontre a lua
Eu já guardei o sol para te dar
Você não me matou ainda
Você me faz acreditar
Que tudo pode acontecer
Depois que a gente se encontrar
*

CASA


Não é fácil mudar o canal
É bem difícil desligar a vista
Sempre foi certo partir daqui
E nunca foi errado voltar para cá
Eu tenho poucas coisas materiais
Mas acredito que tenho Deus
E isto é mais que muito, é Tudo
Por ser fiel e amante da vida
Eu sou um cientista sano
Que experimenta o sim de 10
Misturado à negação de 1000
Que leva o corpo a conhecer a alma
E caminhando pelo Mundo transcendo
Eu sou alguém temido pelo amor
E desejado pelo exército da ira
Carrego uma montanha nas costas
E as águas refrescam os meus pés
Eu tenho uma filha linda na neve
Seus cabelos crescem e não vejo
Por isso voo como um leão alado
Para o outro lado onde devo reproduzir

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

CHEGAREI

*
No meio deste mês onze
No próximo fim de semana
Na cinza estação de São Bento
Sairei do salão azul e branco
Olharei a direta o carteiro de bronze
Olharei para frente o leão de pedra
Subirei a esquerda o morro da pedreira
Deixarei na Sé Catedral as minhas preces
Cruzarei a férrea e alta ponte D. Luís I
Margeando a muralha da invicta desde sempre
Cruzarei o Douro que encontra o mar ao meio dia
Olharei o Morro do Pilar onde nascem as neblinas
Andarei uma quadra apenas a Gaia que me lembra Maia
E na rua 1º de Maio pousarei para novamente recomeçar
*

terça-feira, 3 de novembro de 2015

RÁ BOCHECHA

*
Não imagina a minha estrada
Não imagina as casas que entrei
Saiba que você faz parte sem querer
Creia que é você meu ir além por querer
Isso é culpa nossa estar vivos neste tempo
Nada mais podemos fazer a não ser viver
Seu pescoço é uma tela branca, nova e quente
Onde vejo a mesma estrada como espelho
Liso, vasto, no sentido de ser visto e sentido
Em meio as cobras, gentes e aos leões
Um grão cacau, um grão café, maestria em graus
Milhões de pós destinam às suas bochechas
E infinitas canções se escrevem na pauta do seu coração
*

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

LEOA

*
Soa uma pose casta
Como que a casca da semente
De uma árvore reluzente
Lutadora ao bem geral
Pousa inabalável já que é boa
Na calma da fera que amansa
O impulso do bravo que chega
Conquistando sete mares
Em terras que anjos beijam
No espaço onde gravam cenas
De cores tão arcaicas como novas
Pois a união iguala a todos
Ainda mais os excelentes
*

DATE PAX TEMPLA

*
Desculpa, MAD MAX
Irei para Casa Blanca 
Ali em Alcácer-Quibir
ÓH! Em plena sexta-feira, treze?
Se eu chegar vivo a Lisboa, juro
Que subo o São Jorge e lá fico
E se ainda continuar solto
Fora do hospício, então, desço e sigo
De boleia ou nos trilhos
Rumo ao norte frio
Que talvez esconde a minha morte
Ou talvez guarda o meu amor
*

HEY, PARA ONDE VAIS?

*
Sigo caminhante
Vou por bosques
Caminheiro e natante
Vou a Trás os Montes
Ser quem sou real
Por celestina Dama
Que é quem é
Que me encanta
Desde a forma externa
Ao som do pulso claro
No seu equidistante ventre
Mora a nova história
Dora, Ana, para mim
A aurora é toda hora
Vigora tanto que mostra
Ser que predomina
Tanto pela capa linda
E seu esplêndido interior

*

domingo, 1 de novembro de 2015

O ÚLTIMO CONSELHO DO VELHO DA TORRE

*
Antes do próximo conselho 
É um conselho múltiplo
Eu te aconselho a acreditar
Em tudo que você vê a frente
Pois seus olhos brilham de energia
Nessa paisagem que você faz parte
Lembrando-se das glórias até hoje
Sarado das quedas do passado
Aconselho unir-se aos bons
Lutar sem medo contra os maus
Cruzar seja mil vezes o mar
Amar a sua cara menina metade
Até fazer um ser igual ao sol
Que continuará a formação
De um mundo belo e mais feliz
*

sábado, 31 de outubro de 2015

A PROVA MÍSTICA

*
É o pensamento
Do presente instante
Conjugado com infindas formas
Dos participantes entes estes todos vivos
*
Centro
Trópico Equatorial
Transatlântico certo destinado
Eis que Atlântida surge em mar azeite
*
Que trovões do mar soem sons de ondas
Que as âncoras revolvam o assoalho fonte
Que a riqueza seja a gratuidade sana esta
Que bondade seja o nome da coroa ao rei
***

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

CHAMADO À CIA.

*
Babilônia é um apelido
Da grande cidade antiga
Ainda hoje lembra caos e harmonia
Uma mistura de ordem e anarquia
É a rua que limpa quando chove
As imundices dos transloucados
E dá brilho ao brio das filosofias
Em Portugal tem um bar que chama Rua
No chão do bar tem paralelepípedos
A rua é uma calheta inclinada e comprida
Onde juntam medalhões da boemia
Figuras excêntricas com seus instrumentos
Desde pratos, sopros, cordas e vozes de poesia
Hoje, vamos levar a rua para a avenida
Pois a observância é uma gravação da vida
*

O ÍNDIO DA CORTE

*
Sentado no banco do bobo
Obesa preguiça do corpo
A fala encharcada de cana
Vontade de ser quem manda
É o índio que fala por baixo
Sem saber que a fonte branca
Porta tantas obras que o massacra
Ele impacta com andanças e estadas
Em estradas de ferro e desertas casas
O sábio é um nobre que engana o tolo
Amargurados os que invejam a cama
Aventurados os que amam a Bela Dama
Não há raça mais potente que a humana
Retratada com estéticas diversificadas
Porém é raro alguém que engloba
Equilibrando entre o estalo da ira
E o sopro contínuo doce do encanto
Sorte ao índio que repuxados olhos
Enterra suas raízes como eucalipto
Para se salvar quando entregar a alma
*

SOBRE AS MOEDAS

*
São de diversos valores estas
Só que o mau é limitado e vão
Pensa que dinheiro é tudo, mas não
O bem convence com palmas apenas
Na flora dos vales de ouros ocultos
Com as mãos que produzem sons
Difere a fala estranha, mansa e fanha
De infelizes à beira de riachos rasos
Neste espaço até ao outro lado
Tem aqueles que negam pratas
Tem aqueles que engasgam fumo
Tem aqueles que sedem os goles
Tem aqueles que observam o Mundo
Em qualquer parte personagens constam
Os que negam pratas são tão pobres
Os que engasgam fumo ficam loucos
Os que saciam a sede na verdade gostam
Daqueles que revelam os segredos do Mundo
*

DEMÔNIOS EXISTEM

*
Eles sentam ao pé do mestre
Sedentos por sua posição
De iluminação provinda
Do destino majestoso
Onde testam seus olhos inertes
De cada olhar que faz canção
Zombam de sopros sonoros
Eles são falas abstratas invertidas
Por ousar sair do inferno
Presos ficam na escadaria
Da pirâmide verdadeira sina
De ser REI e MENDIGO
De ser MENDIGO e REI

*

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

FULÔ D´DONANA

*
Se é que Donana gosta de rosas
Se é que Donana no sul quer chegar
Se é que Donana sabe que existo
Se é que Donana não teme a espada
Se é que Donana não ama outro gajo
Se é que Donana que ser Maria minha
Se é que Donona tem ânimo pra andar
Se é que Donana quer ter meio Mundo
Se é que Donana crias douradas nos dar
Se é que Donana é Dama madura
Se é que Donana é Vênus de Marte
Se é que Donana não briga com Áries
Donana é a Dona da minha coragem
Donana é distante nos montes além-mar
Donana se penso te vejo brilhante
Donana é o meu porto aberto pra amar
Donana aceite agora esse louco errante
Se não Donana, mate-me já!
*


terça-feira, 27 de outubro de 2015

LESA

*
Faltam-lhes fios e neurônios
Sobram-me pelos e palavras
Dormem meio que acordados
Marcham como que parados
Cruzo quilômetros salgados
Para chegar ao chá da tarde
Talvez tarde já que Dora é nova
Ainda assim eu monto bravo
Ao bem de todos da bandeira
Que enxuga derrames vossos
Os ébrios quase sempre choram
Os sóbrios sempre choram
Os escudeiros sempre morrem
Os cavaleiros vencem antes
*

PÓ EM

Governar é a felicidade do poder
É a oportunidade de escrever a história
A utopia é a medalha da incompetência
É o fracasso da realização possível

COM CIÊNCIA


Tanto a dádiva da procriação (Força)
Como a dádiva da renúncia (Sabedoria)
Conduzem ao sentido da vida (Agora)
Por remeter a ideia de sequência (Amor)
Naturalmente existente no espaço (Terra)
Ao mesmo tempo projeta a continuação (Filhos)
E recanta no seio da natureza calma (Original)
Como ensinar filhos a edificação da casa (Família)
Ou dedicar respiração comendo a luz do Criador (Sol)
Iluminados como Cristo e Buda (Encarnação)
São eternos na consciência dos vivos (Vishnu)
Porque antes o início nada existe (Brahma)
E no fim nada existirá (Shiva)
Porém inicia-se infinitamente de sempre a sempre (Infinito)
PARABRAHMAN é o inexplicável (Mor)
Se os planetas são distantes e manifestam (Espaço)
Então influenciam as horas dos dias (Tempo)
**
Força
Sabedoria
Agora
Terra
Filhos
Original
Família
Sol
Encarnação
Vishnu (Meio)
Brahma (Início)
Shiva (Fim)
Infinito
Mor
Espaço
Tempo
***

sábado, 24 de outubro de 2015

TERRINHA

*
Porto belo
Porta aberta
Casas grandes
Mil cores
Sons, canções
Punho forte
Beijos quentes
Mar do norte
Luz à vista
Brancos grãos
Noites longas
Dias bons
Brava gente
Solo meu
Nosso amor
*

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

SOU EU MACULELÊ SOU EU

*
Neste momento não sei se chove ou chora 
No céu ecoou um travão forte, enorme
Parecia galopar sobre nossas cabeças frágeis
Eu tenho esperança nesta força da natureza
Quando se estende por segundos seguintes
Penso que acontecerá alguma salvação
Este trovão é um estrondo de transbordo
Dos episódios que vem acontecendo na política do Brasil
Ele veio como um prelúdio de grito à beira do desespero
São isentos de tristezas os placares dos jogos de futebol
Os finais de novelas e o calor incontrolável
Os passatempos vão perdendo a graça
Por causa do sistema de organização do país
Como não sentir raiva em uma hora de noticiário?
Ver indivíduos de gravatas roubarem milhões
Sentarem-se aos montes em bancadas de veludo
Lesarem a sociedade, prejudicarem a nação
Dá vertigens imaginar a quantidade de "infiéis"
Desleais, ladrões, criminosos, malfeitores
Tantos a serem protegidos pela Constituição
Atrás das pompas do Palácio e seus setores
Departamentos falhos e sistemas labirínticos
Quando o trovão ronca eu torço para que acorde
Um feroz leão gigante ou estimule os justiceiros
E que remova a maldade por um sistema novo
*

TOO MUCH

*
If cheerful girl
I am a Crusader
That follows the stars in the sky
Because you inhabit my head
It makes me forget the severe brands
Show me a place to build the house
The wind shows me the way north
And I feel his distant smell
I imagine your taste in dreams
We live between heaven and paradise
But I can teach you the nirvana
Show me your tricks
You need to walk towards me
So let us unite our hearts
*

terça-feira, 20 de outubro de 2015

INTEGRAL

*
Vou já me despedindo
Sem sorrir nem chorar
Com a mão esticada 
E o dedo levantado
Nem perguntem qual
Sem anarquismo afinal
Mas sem gentileza moral
Indignado com as taxas
Das coisas que nem compro
Com os condutores do país
Que são comédias falhas
Que limpam a boca na bandeira
Sujando a bandeira com as falas
Puto com as “putarias” das meninas
E as “trairagens” dos barbados
Lesado pela ganância dos barzinhos
E seus donos pouco simpáticos
Depois de me roubarem até o sopro
Eu me despeço do berço forte
Protegido por um mistério invisível
Decidido a revelar novos caminhos
Rumo ao velho mundo descoberto
Grato apenas ao angu de milho
*

MEMÓRIAS DE UM IDO (S. MIGUEL/AÇORES - 2004)

Acredito: Depois que você entra no paraíso você descobre tudo aquilo que projetava e o que realmente existia. Além disso o que haveria ou nã...