sábado, 28 de maio de 2016

A TRADIÇÃO SOBRE O PLANO

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Ela existe viva neste tempo 
No lócus natural perceptível
Sustentada pelo destino
Brilhante como pedra cristalina
Nela mora a prole por seguinte
Sina de formar a perfeita geração nossa
Nota que a comunicação é contributiva
Então seus movimentos são revelados
São ilesos os puros pensamentos
Pois seus atos não ferem a castidade
Por ser boa constam nobres qualidades
Assim sendo os aptos, adeptos são atraídos
Para a fundação de uma ordem inabalável
Que reinicia a expansão equilibrada do Império
Na unção de um Grão completo como a sua terra inteira
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sexta-feira, 27 de maio de 2016

FRANCO

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Velho, que “bug”, velho
Que inseto incorreto
Perda da regra da noção
Que caos no inferno, ímpero
É o atraso que emperra
Os conflitos dos gêneros
Confusão dos fundamentos
Horrenda falta dos elementos
O inverso das drogas “istas”
Portal com ingressos
Gritarias de grande pesar
Matrizes sem condução
Fachadas sem elevação
Miolos sem proteção
Eis que há um franco
Um brando ao longe
E fera ao passo perto
Que abstrato aponta
A ponta da razão que resta
Servindo age entregue, sereno
Com a habilidade da casta
De um nobre coração de leão
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O QUE HÁ DENTRO DO BAÚ

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A luz que é branco sol vem do fio cobre quente
A via que sobe são as costas da casa que desce
A mágica desvenda nas pontas dos dedos que acerta
A quadra cantada em tempos de Santos Reis
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POEMA DA ZONA DA MATA MINEIRA

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Escolha bem ou mal
Absolutamente tudo
Solo, num estado envolto
Seja venda qual justiça
Espada, som, fabricação
Olhos d`águas são jorradas
Vista que a pose mostra
Atrativa gente de expressões
É o fértil verde dos olhos
Que o homem (ser) em Deus crê
É a natureza coisa rara
Hora agora é a obra
Da mestria de ver
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terça-feira, 24 de maio de 2016

OS DONS

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Bem vindo ao “festival dos óvnis”. Venham! Pois, depois da emissão das notícias da antena dá um desânimo... É tanto pilantra político sendo filmado e ouvido que você fica perdido na incompetência das governanças. Que planeta é esse? Em falar nisso a Venezuela está um desespero. Quem os salvará? O oriente médio não para de explodir. Quem levará a paz? A Europa cada vez mais caduca, os bancos cada vez mais falidos. Quem irá renovar? Na África diminuíram os casos de SIDA? Fome? A ONU tem sede nos Estados Unidos, mas deverá ter essas respostas. No Brasil as pessoas continuam a reproduzirem-se sem educação sexual, cívica, ambiental... Enquanto os insetos transmitem vírus e crianças nascem deformadas. Casas – que não é o primeiro sinônimo de vida – são distribuídas enquanto favelas de madeira pegam fogo, pessoas são atingidas por flechas, dos tiros dos bandidos, dos políticos, políticos, políticos... Torcedores de partidos políticos defendem péssimos políticos para atacarem horríveis políticos, bandidos, os políticos, políticos... Horríveis partidos políticos, péssimos torcedores de partidos e de políticos. Os rios continuam poluídos, os artistas continuam sendo “comida” em couverts artísticos, pagos e não comidos pelo público ao invés dos empresários, pois a arte grátis tem o nome de utopia e é uma filha da... Cultura. Meu Deus! Eu invoco, Nietzsche! (Uma ironia pessimista ao seu estilo). O Mundo é uma mesmice com problemas cada vez maiores. Um foco na mira. A “Lava Jato” de fato está a limpar a podridão política do Brasil. Peguem esses políticos, tomem-lhes as posses, tirem-lhes os poderes, puna-os os malfeitores, reduzam-nos, extinguem-nos, os políticos. Em falar nisso a “Lava Jato”, em minha opinião, com todo respeito, bem que podia ter um nome clássico, um novo batismo, um título como: “Vide Supra”. Mas tudo bem, que continue as operações com “Punho Forte”. Eis o que me alegra, uma luz no fim do túnel, uma limpeza rápida como um jato. Eu, como um Sebastianista fico de mãos abertas como que a espera que me caia ao colo uma providência à medida de um aro perfeito, só confirmado se o firmamento aprova. O Sebastianismo é uma crença típica messiânica que espera o aparecimento ou manifesto de um renovador drástico e benéfico do sistema político, entendível a todos dessa língua matriz. Os Sebastianistas acreditam no Quinto Império do Rei Dom Sebastião. Enquanto preparam a sala, eu peço ao “moço do disco voador que me leve para onde ele for”.
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domingo, 22 de maio de 2016

ESCUTA... LÁ VEM DOM KISSHOT

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Pois bem, a história continua. Um dos personagens havia sumido, lembram? O narrador foi pescar por não ter o que escrever. Passou muito tempo sem novos capítulos. Por causa do amor recusado por Dora Té (A Dona do Chá), Dom Kisshot (O beijo quente) decidiu vagar sozinho para além do cenário onde se aventurava antigamente com seu fiel amigo Santo Pança (O bom sorridente). Pança foi o primeiro a encontrar com Dom. Ele não o viu de longe, não ouviu trotar cavalo, nem foguetes, mas sentiu um sopro aveludado vindo dos ares do norte, como se alguém soprasse um instrumento apoiado no dente. Na verdade Dom Kisshot reapareceu sem sua lança, um pouco mais velho e embaçado por conta de seus pelos queimados pelo sol e pelo sal. Dora Té não bebe mais chá. Ainda continua a se chamar Dora Té. Mas não bebe chá. Ela não mudou de ideia com relação a Kisshot, só deixou de beber chá. Não me perguntem o que ela anda bebendo, mas não é chá. (...) Ansioso por escutar Dom, Pança foi logo perguntando ao seu amigo o que ele fez nesse tempo distante.
PANÇA: - Meu saudoso amigo, conte-me suas aventuras além do Vale, como eu não pude lhe acompanhar para que você pudesse se encontrar.
DOM KISSHOT: - Você está preparado para acreditar na real fantasia, Pança? Então vamos lá. Eu saí daqui amando e continuo amando. Amo uma força feminina que é tão potente que assume a forma de wicca, lua, fera felina, terra e a bendita chuva. Sozinho, beijei a água lá do céu, que escorreu pelo meu rosto até molhar os meus lábios. Ao invés de esfriar meu beijo, aqueceu meu sangue. Nas noites de lua cheia, subia ao ponto mais alto das montanhas que avistava, só para declamar poesias das mais lindas a ela. E ela me iluminava. Houve uma vez que uma leoa, sem juba, claro, olhou-me tão fixamente nos olhos que me paralisou durante duas semanas, como se me consumisse e comesse a alma que transbordava com o seu olhar. Andei ao lado de guerras travadas entre 3 exércitos em simultâneo, e mesmo não estando em combate fui tratado por uma Hospitalária da Cruz Vermelha, numa cama de lençóis brancos e perfumados. Em noites de frio pedia à Rainha do Mar que me mostrasse suas filhas, as estrelas cadentes, que viravam bailarinas e com elas dançava rodando suas saias. Mas não tive apenas êxtase e deleites durante essas andanças. Fui perseguido por três ursos que morderam meus calcanhares, arranharam minhas costelas e bagunçaram o meu cabelo. Mas os venci. Sabe como? Plantei um jardim de flores com um adubo mágico feito de aço. Então as abelhas que polinizavam e produziam mel nasceram com um ferrão de ferro, 10 vezes mais forte. Assim, quando os ursos foram roubar o mel, levaram ferro. Certa vez encontrei com Marte que na verdade era Saturno disfarçado de Marte e acreditando nisso entreguei a minha lança para que ele a afiasse. Mas como era Saturno, ele transformou minha lança em um anel e ofereceu à Lua, pois Saturno amava a Lua que amava Marte que amava Vênus. Foi então que o sol, muito bravo, que amava a Lua tomou o anel que ela havia ganhado e transformou o anel numa flauta doce e me deu. A minha lança era para ter sido afiada por Marte. Mas Saturno me confundiu e aproveitando a situação transformou-a num anel que entregou à lua. O sol transformou o anel que antes era uma lança, agora numa flauta...
(...)
Neste momento da história, Pança já se deliciava com as aventuras de Dom. E como Pança era um amigo leal e fiel à Kisshot, louco para continuar as novas aventuras em sua companhia, pediu com os olhos brilhantes de esperança assim:
PANÇA: - Dom, eu tenho certeza que você conseguirá fazer com que a Dora Té volte a beber chá.
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sábado, 21 de maio de 2016

HARD (Difícil é chegar ao fim)


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Sabeis que o presente
É um instante passado
E por vir consequente
Uma escala em escada
Equilibrada à base plena
Consciente da dádiva máxima
Que é compreender o Todo Poderoso
Tanto agora como antes em remotos tempos
Crer no Mor Supremo é aceitar ser apenas parte
Do absoluto dantes por assim velho e constante
Logo, abrem desenvolvimentos
Cumprem os mandamentos
Deus se manifesta
Acreditai!
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quinta-feira, 12 de maio de 2016

“A GENTE QUER DINHEIRO E FELICIDADE”

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Bicho, é o seguinte. Parem com isso de falar em golpe. Que golpe, cara? Consultem o dicionário, por favor. O antigo governo do Brasil, este que caiu, vestido de PT (Partido dos Trabalhadores), encabeçado pelos dois antigos presidentes e seus convocados, quebrou o país. Parem com apelações conspiratórias apontando a mídia “A”, quando nem assistem a mídia “B” e ainda são influenciados pela mídia “C”. Parem com a cegueira, a surdez e a bobeira de acharem que ninguém fez nada de mal e são bons o suficiente para agradarem a maioria. Parem com o fanatismo partidário sobre as cores dos logotipos e políticos com suas biografias um tanto sujas com muitos inaptos para seus cargos representativos nossos. O antigo governo do Brasil, este que caiu, vestido de PT (Partido dos Trabalhadores), encabeçado pelos dois antigos presidentes e seus convocados, quebrou o país. Parem com o racismo automático, o martírio próprio e o terror de falsas especulações que alfinetam os vossos dedos, que encarapuçam as vossas cabeças e executam os que já venceram preconceitos. O antigo governo do Brasil, este que caiu, vestido de PT (Partido dos Trabalhadores), encabeçado pelos dois antigos presidentes e seus convocados, quebrou o país. Eles abriram o baú, encontrado cheio pela metade, sorriram de orelha a orelha, empinaram o nariz, encrencaram com Deus e o diabo, mandaram dinheiro pra fora, meteram dinheiro no bolso, acomodaram o povo com códigos de barras, monetárias cestas básicas, entregaram ouros aos tolos. O antigo governo do Brasil, este que caiu, vestido de PT (Partido dos Trabalhadores), encabeçado pelos dois antigos presidentes e seus convocados, quebrou o país. Eles não cativaram parceiros estáveis, não surpreenderam em seus comunicados, pelo contrário, foram zombados, envergonharam os que bem falam, foram conflituosos com os do próprio Estado e foram aliados de Estados verdadeiramente atrasados. O antigo governo do Brasil, este que caiu, vestido de PT (Partido dos Trabalhadores), encabeçado pelos dois antigos presidentes e seus convocados, quebrou o país. Eles foram observados pelos justos, caçados pelos injustos, vaiados nos estádios, reprovados pelo Mundo. Eles não sofreram um golpe de Estado, não ordenaram o território, não avançaram a nação. Eles não honraram o lema da bandeira nacional, não tiveram ordem, não continuaram o progresso, eles gastaram, gastaram e gastaram... Eles quebraram o país.
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terça-feira, 10 de maio de 2016

GENUINIDADE

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Só quem mora na mata das Minas sabe que para chegar ao mar do Rio é só descer as serras ou vice versa se quiser chegar na mata. Em pouco tempo eu expliquei que voltei de Portugal, não para passeio ainda que esteja à pé, pois sou um peregrino. Quando ando também rezo. Não se ofendam ambas as partes, mas o Brasil é um Portugal com mais gente. Chico Buarque consegue explicar melhor isso cantando. Mais calor, mais sujeira, mais florestas. A muvuca é grande. As filas de carros engarrafam o trânsito, mas de forma impressionante a fila anda. Lentamente, no patamar do ônibus é possível ver as marcas das balas saídas das pistolas nas barras de acrílico que “separam” as favelas do asfalto. Você olha para os lados da estrada e não há como construir uma nova faixa de circulação. Com a tamanha quantidade de gente nas metrópoles precisamos de mais cinco pistas de rodagem, que sejam umas por cima das outras, como uma cidade futurista, como as rodovias de Seattle. Novas Universidades Federais não resolvem problemas. Quantos problemas? Muitos problemas! Os alunos não têm Eurekas (ideias geniais) e faltam professores que espelham e apaixonam, como os que eu tive. A política nacional existente por causa do poder do povo gasta pompas supérfluas em índices numéricos ao invés de intercâmbios aproveitáveis científicos. A política nacional "alcançou a meta de concessão de 101 mil bolsas de estudos entre 2011 e 2014” *Fonte:http://g1.globo.com/…/governo-suspende-novas-bolsas-de-pos-…
Isto quer dizer que foram milhões de reais enviados para fora do país, diferentes dos milhões de reais gastos na Copa do Mundo de Futebol e na Olimpíada em breve dentro do país. Eu conheci países "aos trancos e barrancos", que são mais organizados por praticarem modelos simplificados que poderiam ser adotados pelo Gigante (Brasil) ao reciclarem materiais, extraírem riquezas do oceano, ordenarem com corpo pessoal capacitado o território, educando, protegendo e cuidando da sua sociedade. Bem podia haver uma lei natural que regesse a íntegra dos representantes máximos dos territórios. Sendo este talvez o cargo máximo do status humano, que é o poder sobre um território e a condução das pessoas inseridas nele, o poderoso cumpria de tal maneira eficaz o seu dever, que ao fim de um tempo alcançava naturalmente a glória. Depois da morte continuam a viver no respeito e na memória do seu povo. Enquanto todos os outros que vemos sem honras interrogados, duvidosos, incertos, maculados, confusos, desorientados, estes, são a desvirtuação do poder real.
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domingo, 8 de maio de 2016

ÀS MENINAS QUE NÃO VI

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Um beijo na testa
Um beijo no queixo
Um beijo numa bochecha
Um beijo noutra bochecha
Um beijo na ponta do nariz
Um beijo num olho
Um beijo noutro olho
7 beijos iguais Castelos
Cheiros de vermelhos frutos
As lágrimas da minha boca
O som das minhas mãos
Venci as calçadas minadas
Em silêncio bate o meu coração
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sábado, 7 de maio de 2016

OS TRÊS PONTOS DO VELHO DA TORRE

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- Vê aquela pedreira, "Pedro"? Ela moverá de lugar.
- Mas, Mestre, ela é grande demais.
- Grande é a força que a moverá.

- Vê aquela nave, "Pedro"? Ela te levará para longe.
- Mas, Mestre, essa é a minha terra.
- Sua terra é onde o seu coração vivo está.

- Vê aquela donzela, "Pedro"? Ela te dará um filho.
- Mas, Mestre, ela sequer sabe que eu existo.
- Então desça a Torre e mostre-se.
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quinta-feira, 5 de maio de 2016

A PORTA DA LOUCURA

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Num profundo pensar, quieto, tranquilo mas sem unhas como o sereno chuvisco que molha e a noite que instala com a escuridão que esconde a luz, questiono a mim próprio como que num diálogo interno o que de fato é um monólogo silencioso, que o mais importante é ser compreensível, ainda mais depois das dúvidas sobre a condução da própria vida, com a sensação de manípulo invisível de forças sobre humanas, se entrego os pontos e paro longe dos vivos sem ser visto ou lido ou ouvido, nem nada em troca, apenas túnica e paraíso, ou se continuo sem pontuar esse texto que é o testemunho de uma prova de vida única, quase indiferente ao inferno astral de todos, a não ser que seja exemplo para sequenciamento ou rejeição dos próximos. Questiono como pude ter nos braços uma ninfa, fértil em corpo, neutra em alma e madura com a qual pudera ter a sorte fecunda de uma prole aumentada bela de sangue ouro e bens maiores em parceria para agora estar sozinho num deserto. Questiono se dormem como gente ou ogros os covardes indignos que lutam por moedas espalhadas pela mesa encobrindo nem a ínfima quinta parte da minha totalidade ainda por brotar. Questiono o sistema capital sem gratificá-lo ainda que o use sem fazer mal o porquê de tão demoníaco agir sedento sobre as posses mínimas e máximas das pessoas simples sofrendo o risco de ser revolucionado por um digno salvador arrebatador de maldades. Deparo com uma roda enferrujada construída para dádivas que está parada por minha conta própria no meio de dois exércitos num campo de batalha. É esse o peso que divido e até rezo o compromisso de tentar com óleo negro ou santo levá-lo ao movimento do público. Eu bem lembro de um conselho que me deram. Você pode escolher  abrir a porta e esperar a sua morte ou trancar a porta e salvar a sua vida.
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CIDADE DIRIGIDA

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As antenas captam meu pensar
Claro doo por dever
Paralelo às artimanhas do sistema
Não morrerei por dinheiro
Quando tudo que existe pertence ao Todo
Isto é ser poderoso simplesmente
No fio do tempo igual ao início e ao fim
Essa língua é ampla pois mistura
Essa gente impura com meu sangue
Que agora vive livre
Pois desde outrora a base vale ainda
Prova que a chuva castiga e abençoa
Com fé vigora
Óh gente boa!
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MATRIX

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A separação é uma derrota imensa para nós. Ficamos sujeitos à zombaria e menosprezo de inimigos. Nossos erros fazem de nós mesmos carrascos nossos, que aplica um castigo aparentemente ilusório até o fim da vida. Humildemente duvido do destino porque do mesmo modo que as coisas estão ruins - como a sensação que tenho agora - logo o tempo passa mudando o rumo da história com a esperança máxima sobre as coisas melhoradas. Quando você descobre o poder que tem para acelerar este tempo tornasse imensamente rico de gênio, luz, sabedoria que está acima de qualquer matéria, cheiro, sabor ou valor físico. A felicidade permanente mora justamente aí, na paz de espírito frente à qualquer coisa que aconteça ou inexista, ainda que num campo de batalha ou no nascimento de um filho. Eu manifesto a escrita porque é o meu trabalho revelar o interior da anatomia da cabeça, o teor do pensamento. Estou relatando uma "tempestade" que não pára, como Camões pré naufrágio e ainda continuo escrevendo porque vejo um raio de sol, isto é, uma fagulha de esperança que me guia à calmaria que salvaguarda a raríssima mentalidade da vida. Não pode haver só sofrimento na vida. Sei que não há só felicidade na vida. Por isso, tudo isso repelido passará, para aquilo tudo desejado uma hora voltar. E assim ciente deste ciclo duo e variante, procuro ser um real amante do mistério que no meio busco desvendar.
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MAL AGOIRO

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Estátuas espatifadas
Azulejos incompletos
Desleixos sinalizados
O degredo dos desfiles
A saída dos formados
A chegada dos malditos
A mistura boa é lenta e escassa
Os comandos são dormentes
Anarquistas ganham forças
E os clássicos massacrados
Os políticos moram, mais nada
Afundam-se medalhas conquistadas
Mas as ondas crescem bravas
E o magma ingere a terra
A pressão é acumulada
Os ventos trarão pragas
Porque os homens são descrentes
Traem os dias, matam as noites
Por isso a nebla vaga não compactada
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quarta-feira, 4 de maio de 2016

COPAS VINCI

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No estádio, antes o extravaso
Há um ato cívico lembrado
Nos pátios de brasões Pátrios
Escutemos as baterias dos batentes
E as palavras que pulsadas com amor emociona
Não ultrajemos a bandeira nacional de nascimento
Bem guardemos em nosso corpo essa honra qualidade
Que tamanha impera ramificando o sul
Preservada à rápida idade moderna do homem de Aquárius
Quisera eu guardá-la como "O Pequeno Príncipe" inquebrável
E também principiá-la à união máxima do planeta
Milagrosa água da fonte pura
Benza Deus o Dom e o povo em manto lindo e graça
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AQUILES

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Ele faz voar cavalos cinzas em rodopios
Em combates de frontes íntimas valentias
Ele é alado e concentrado em equilíbrio nato
É um instante de observância que consta pró ativo
Consciência fácil e compreensível vida
Como a exposição de uma crônica real peregrina bendita
Pois bem, tanto vou partir dessa Terra um dia
Como voltar ainda que no céu das maravilhas
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segunda-feira, 2 de maio de 2016

TESOURO

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Ele escorre líquido e cristalino, salgado e quente dos meus olhos. Quando escuto a voz da mãe bravia vivente no meu berço, suspiro de alegria. Ao mesmo tempo que me aperta o peito deixar essas casinhas aos cacos e os palácios jamais vistos ou entrados, ainda mais agora que o sol colore os seus jardins, e o meu fruto nórdico que guarda seus dentes de leite numa caixinha para mim. Eu arregaço os lábios, exponho as rugas, procuro a calma dentro dessa cabeça eloquente para amenizar a ansiedade de querer que a felicidade seja grátis à todos, que os velhinhos andem e não cuspam ou se entravem em macas de átrios expostos. Eu quero desde já que as crianças saibam caminhar para construírem um mundo bom, ainda que eu não saiba se cruzo o mar ou o céu, mas certo ser a realidade de duas terras. Serei subordinado pelo gigante e suas entranhas naturais, me perderei talvez por deusas de corpos esculturais, mas subjugarei o meu próprio coração à união do círculo com a máxima paixão existente. Esse é o meu amor.
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MEMÓRIAS DE UM IDO (S. MIGUEL/AÇORES - 2004)

Acredito: Depois que você entra no paraíso você descobre tudo aquilo que projetava e o que realmente existia. Além disso o que haveria ou nã...