quarta-feira, 27 de novembro de 2013

QUEM ME DEU FOI A SIMPLICIDADE

Eu tenho as cartas prontas, história
Eu tenho a mente cheia, ideias
Eu tenho o peito vago, espaço
Eu tenho os sonhos certos, glórias
*
Eu tenho o sol no céu, horas
Eu tenho amor de fogo, luz
Eu tenho o mar com peixes, vida
Eu "tenho" a bela dama, rosa
*
Eu tenho Deus comigo, amigo
Eu tenho o Seu abrigo, tudo
Eu tenho o passo firme, centro
Eu tenho honra eterna, calma

ÁLCOOL QUAL ÁGUA DE COCO

Conselho
Puxaram meu cabelo
Lavaram as mãos caput
Atiraram em meu queixo
* *
De gato e sapato por grãos de desejo
Paciência ao ritmo de Dulcinea (D.Q.)
Palavras relâmpagos de frente
De costas viradas ao som do trovão

NAS GUERRAS SURGEM LENDAS

"É que a lua mingua. Mesmo nas primeiras horas do dia. E na trilha estão lágrimas, porque a via que me levaria ao centro, tão pouco atenta estava. Mal sabia que além da pele sob o pano guardada estava uma vieira. Tal qual segredo de um campo estrelado que pela força sustentada relembra a volta a casa. Talvez preciso de um relógio, que pare o melhor momento que não vês. Talvez preciso remexer qualquer sentido além de agora. Só sei que num silêncio absurdo, descanso em calma, seco, e a minha terra é esta, que os seus olhos tem. A minha sorte é minha força, que me conduz bem longe, pois neste espaço pequenino, são seus no céu todos os diamantes. Não lê, não ouve, nem paciência tem, não crê que eu vejo além, mas é presença viva para cumprir um nobre bem. Parti ferido com o metal que nestes dentes quero em meus, pratico agora a lança que em mil partes se desfez. E a gaivota paira, o gato sofre as minhas garras e o mar tem ondas que nunca param. Este pensamento corrido não teria fim se não fosse meu e tão valioso somente pra mim. Bem, por isso mesmo, não tem fim, pois é seu e somente seu"

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

LÊ E VIAJA

No baralho as cortes com sorte
Não existem livros imaginários
Mas existe um livro perpétuo
As sistemáticas pré-pensadas em silêncio
Levam apenas ao artifício do fogo
E a história em que te inscreve contente
Sabe bem mais que todas as manhãs e auroras
Pois a ponte que dirige ao portal a frente
Fez-se em torno do tempo vigente
Incansavelmente ao logo das horas.

sábado, 16 de novembro de 2013

FUSÃO RENASCENTISTA

Esquece, acorda. Recorda, apronte
A rede não vale. O elo é precioso
Viaje sozinho. Instale em conjunto
Não queira o impossível. Deseje o possível
Não toque na alma. Toque no pulso do peito
Nem sonhe com a parte. Sonhe com tudo
Tão forte a metade. Da Invicta completa
Se feche e aguente. Se abra e suporte
O silêncio sufoca. Me diz um som suspirante
Passeie com a brisa. Assente em conforto
Não há hipótese. Mas há horizonte
Não brinque, não doe. Sorria e entregue
Não dá, não quer. Aprenda querer
Não vá agora. Eu vou, sempre
Na vida não pense. Aja até o fim
Pois a parceria arderá. Com a aliança que nascerá

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Aperta

Esquece, acorda
A rede não vale
Viaje só
Não queira o impossível
Não toque na alma
Nem sonhe com a parte
Tão forte metade
Se feche, aguente
Silêncio sufoca
Passeie com a brisa
Não há hipótese
Não brinque, não dê
Não dá, não quer
Não vem, não vá
Agora na vida
Não pense no par
Pois isso arderá

PARA A MINHA NOVA ETERNA

A meia-lua exata sempre me prega partidas
Talvez porque mingua distante sozinha
Talvez porque cresce para junto do sol
Mas a lua cheia reflete e ilumina
Com braços de raios que anestesia minha sina
Acelera a corrente sanguínea
E me jura num rito de vida

O TEMPO TODO É UMA FEIRA DE CIÊNCIAS

A verdadeira posição do homem vitruviano de Da Vinci está deitado em plano horizontal com a fronte e o tronco voltados para cima. Somente neste estado, com a nuca e vértebras, paralela e onduladas à terra arcada, é possível estender os membros superiores e inferiores, postando o crânio ainda em três posições. Na vertical, mesmo que em pé, o representado vivo é uma forma estática, sem uso ou fim. Se o corpo estiver de barriga para baixo, ainda que possível mover os membros, a respiração não se faz em bases sólidas. Da Vinci então, vitruviano, deitado numa grande cama ou num prado raso, em dia claro revelou pensar o praticar tão básico. Noutra esfera diria ainda:
Anjos são guardas costas
Sonhos vêm após viver
Dias findam no princípio
Força maior é o bem-querer

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Teoria

Se a porta não abriu volte e beba seu grão café
Lá nas serras do Brasil galopando o seu cavalo solto 
Seu mirante mostraria bela dama, mais amor e alegria
Sua guerra é utopia e meu coração apaixonado ainda morto viveria

domingo, 10 de novembro de 2013

Trabalho Soa Altar

Instrumentos em casas

A que horas dormes?
Quando o felino acorda com fome
Despertando donzelas sozinhas
Jóia imensa é ter filhos
Para dar vida aos bons ninhos
Moinhos de vento p`raó milho
As brumas do mar chegam pelo ar
Floresta altiva no monte que guarda
Destino, cruzada, em busca d`amada
A ficção não amedronta a realidade
Pois histórias verídicas se fixam no tempo
E o que percebemos é um pedaço de Tudo
Como esteira cósmica em movimento

Farol

És um grande farol. Um farol já és!
O farol é fixo e lança a claridade à frente
Agora assuma um comando móvel
E de farol continue a ser luz 
Mas como um vagalume (pirilampo) que alegra os bosques.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

TRABALHO É O QUE FAZ

Reage o pensador
Que durante a vida 
Ouve palavras buenas
Com fascínio viajante
Ao tentar separar palavras retas
Das linhas das palavras raras
Encontrando estrada encontra casa
Encontra porto e seguro fica
Com ciência o pensamento muda
Quando a hora que a abelha nasce
É para o grão viril da produção
Para a garra do urso lento
Para o mel do homem, os certos.

De: Cartas ao Vaticano

O RELATO DO CRISTÃO
O milagre mais impressionante
A saliva tocada com os dedos
Aos olhos do que sentia sem ver
Aquele que realmente sentia sem ver
TERCEIRA ILHA DE JESUS CRISTO

MEMÓRIAS DE UM IDO (S. MIGUEL/AÇORES - 2004)

Acredito: Depois que você entra no paraíso você descobre tudo aquilo que projetava e o que realmente existia. Além disso o que haveria ou nã...