Quem quererá terraço, espaço, meus passos, meus traços no terreiro? Quem com um cisco desloca meu eixo, meu queixo e os sonhos que viajam como bala de canhão? É uma deusa Cleo, com olhos que abalam o céu. Uma beldade com maças de lua cheia e curvas como o litoral de Paraty. Ali, depois da porta, bem em frente ao mando do comando paralisado, os navios já zarparam com aqueles de cabelos presos, dourados, sob a chuva rumo à vida. Hoje a tinta azul, nanquim, color ou apenas o silêncio pensamento do vigor. Abro minhas mãos que não aguentam mais vontades de trazer ao peito um abraço aconchegado com carinho que o Mundo espera ver. Crer. Eu aguardo, me guardo e não esqueço.
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