segunda-feira, 9 de junho de 2014

TENTO

A independência não comemora
Quando visa o sistema vigente
Que com balas de canhão ao mar
Desperdiçam pão, vinho e amor
Numa mesa gigantesca estariam
Sorridentes se fartariam de natureza
Mas a precária falta de sal local
É reflexo de uma sociedade miserável e egoísta
Que endurece o trigo inútil nas dispensas
Não digo dos homens do campo puros
Que comem seus animais e bebem suas uvas
Digo de aldeões que sem gestos mais tributários
Ocupam espaços e misturam entre os ricos
Estes últimos que pior que a mão fechada dos mendigos
Desperdiçam quilos, gás carbônico e nem suas drogas são naturais
E o citadino, hipócrita, não limpa o copo de água limpa que próprio usa
Se eu desloco é para comer o mesmo arroz que temperado é com caldo
No mesmo tacho que sofre o fogo e mesmo assim nos alimenta
Se eu não grito mais no ouvido de quem não vê a força da união
Só pode ser por causa dos barulhos das sirenes e rasantes de aviões
Mas nada se perde por completo, ainda mais quando se trata do que existe
Porque segue paciente em pensamento e armado até os dentes com seu ponto inicial
Pois pratica o estado de espírito e material das coisas todas, até o final

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