sábado, 4 de outubro de 2014

P, A, PA, PÁ

A madeira é a matéria-prima vinda de várias espécies vegetais. O conteúdo das árvores servem para muitos fins. O papel é um fim. É feito de celulose, de abundante material celular dos eucaliptos. Estes troncos crescem rápido, para cima-primário, engrossando-secundário. “Sugam” profundamente a água e os sais minerais do terreno. Existem ondas nas montanhas de eucaliptos em regiões que virarão papel. Logo, ainda, em pleno século XXI tão eletrônico e digital. Observe então o território do alto. E o tempo do território no pulso. Tire o último retrato da paisagem enquadrada como uma mancha homogênea cultivada. Em seguida inicie drásticas substituições dos eucaliptos por nativas, por noviças. De: cascas Para: cortiças, de flores pro mel, de frutos saudáveis, de mognos para móveis, de nozes pros que escalam… Depois de uma geração ansiosa por resultados compare a lembrança homogênea de verde e papéis com o diverso e rico sentido do amanhã visto agora. Esta é uma questão que abrange não só a natureza, mas também a ganancia da economia monetária e o comportamento de consumo do ser humano. É uma boa oportunidade para citar Bertrand Russell, em “O Elogio ao Ócio”. Se bem que o ócio exemplar é bem defendido quando no decorrer da produção o homem já acumulou um stock incontável de papel, alfinetes e outros produtos replicados exageradamente, alguns mais outros menos utilizáveis no dia a dia. Praticamente, aquele ócio justo por causa de existir o que se precisa fundamentalmente, nasce da própria capacidade do homem em planejar o espaço que vive com a diversidade de itens benéficos que surgirão naturalmente, até ao ponto de serem transformados em produtos que ocupam espaço, tempo e influenciam a evolução.

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