quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

DECLARAÇÃO

Quando assento e sinto o vento
Vejo um quadro com uma estrada
Essa estrada está murada, tanto em pedra como em árvores
Tem um caminho estreito como um labirinto
Equipara-se a uma janela aberta sem abas
Ou o mar tranquilo sem tormenta, navegável
É que o vento vem de longe num sopro frio
Depois segue mais robusto por levar meus pensamentos
Diz a sacra profecia que um dia o mundo acaba
Antes disso a humanidade ilumina-se e degrada-se
Só queria conhecer quem murou as margens dessa estrada
E saber por que no vento vêm saudades e seguem verdades
Penso nos Patrícios que passaram as tormentas monstruosas
E chegaram justamente onde passa essa estrada frutificada
Creio que o registro deste feito antepassado inesquecível
Tenha confirmado que a terra é o quintal da casa
E as vias só protegem o peregrino dentre os muros
Pois sem eles ultrapassaria para além das margens
Se assim fosse o vento não o encontraria eternamente
Não haveria mensageiros que trouxessem ou levassem nada
As janelas teriam abas para que fossem fechadas
E as tormentas não se inquietavam pois estava em pé, no mar

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