domingo, 8 de fevereiro de 2015

PRODUÇÃO DE TEXTO

Movimento Verde
Tragam-me papéis para a Revista
E tintas, pois há páginas ilustradas
Chegará a todos os países

“A OLIVEIRA DO MAGO
SE ESTÉRIL DESCRENTE
SE AZEITONAS CRENTE”

Título: FRAGMENTO (Isto não é um diário)

A noite passada conversei com um amigo de infância que esteve em outro espaço durante 7 dias. Alguns poderiam pensar que morou na casa da morte mas ele estava mesmo em coma. Eu fazia parte do círculo de orações para emanar energias que chegassem ao local onde ele estava com intuito de salvá-lo. O que deu certo, creio que porque assim Deus quis ou porque os Hospitalários o remediaram para voltar para este espaço. Depois não choveu sobre as pessoas que pagavam o que gastavam. Eu somente consumia, tudo, desde a euforia dos que me desejavam bem ou mal como a contenção dos que nem bem nem mal me faziam. Fui até a ponte mas a cancela estava fechada. Bem que eu podia passar por cima ou por baixo, mas teria o risco de cair dentro d`água. Então voltei para casa e dormi. Ou não dormi? O certo é que despertei com a certeza que tinha uma chance para refazer uma parte do passado. Podia optar em voltar à época de busca por uma amante, isto é, eu precisava experimentar para saber qual era “A”. Ou podia voltar ao momento em que não podia deixar cair aquela torre que eu e minha filha construíamos na sala das cores. Notei que minha mochila, velha de guerra, já estava arrumada no canto do quarto e eu com os olhos cheios de água já sentia saudades dos meus entes sanguíneos. Então, de frente para a praça abri a porta da casa modernista ao correr a porta envidraçada para ver se o cavalo branco pastava na grama onde se encontra um busto. E quando fui dar um passo adiante para monta-lo vi que estava descalço e sem casaco. Mesmo que o destino fosse a linha do Equador não sobreviveria aos percalços até à estação do salto. Seria um índio? Louco? Ou nu? Por fim eu voltei para dentro, abri a gaiola dos pássaros, furei o aquário dos peixes, empurrei a janela dos fundos e ali no quintal, na minha frente, encontrei o presente. De dia é o palco do treino da vida e de noite é o campo de estrelas cadentes. 

(...)

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MANIFESTO LIBERTÁRIO VERDE

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