quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

VOU-ME EMBORA PRA PASÁRGADA?

Lá eu já sei o que há, pois, eu sou o próprio
Lá eu comungo de domingo a domingo (pão e vinho)
Aqui, exatamente aqui, eu vivo e não gasto vidas
Eu diria no plural que aqui há mulheres lindas
Florestas ricas, nascentes protegidas, casarios de amigos
Até ficaria, se o singular da feminina me prendesse
E se as manchas florestais fossem somente de espécies
Os rios pelo menos no início fossem bebíveis e comíveis
Se os “irmãos” fossem mais amigos, digo, todos fossem amigos
Acontece que aqui não vale ser extenso, pois preguiçam
Não se descansa no meio da subida da escada, pois competem
E conceito de trabalho está intocavelmente definido
Isso me deixa pensativo o que me torna um trabalhador prodígio
Tudo por causa da síndrome dos status que atropelam o progresso
Mesmo assim, não me vou embora pra Pasárgada agora
Ainda falta um sono mais no degrau que leva à cama que ganhei
Ainda falta algumas obras, mais que estêncil a cores, nas paredes por aí
Ainda falta um beijo doce que me deixe leve para carregá-la ao mar
E pios dos pássaros, histerias nas praças, shows ao vivo, ver jogo, falta a taça...

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