sábado, 21 de março de 2015

CRÔNICA: BEM TE VI

Chegara pela avenida por outra ponta
Havia descido um morro antes
Com os primeiros pingos da chuva aliás
Abriguei sob as copas depois do Colégio
Corri para o pé da subida da Igreja
E no primeiro copo de filosofia
Segui como sempre para outras bandas
Até que em uma porta aberta ao meio da avenida
Sorri porque me sorriam imagens
Depois porque ali vi meu álibi
Da pisada no cão, sem maldade
Por destreza, causa exata, minha
Uma certa majestade contente
Só que outra porta mais a frente estava fechada
Com a melhor definição de convite sem sentido
Pois, isso é como chamar e não ser respondido
Ou outra clássica: “Ir para onde não tem nada”
Metáforas são cartilhas rápidas de aprender
Portas abertas cativam mais que elos de cadeado
Vocês precisam ouvir um negro erê de nome Milton Nascimento
Ele diz no canto: “Todo artista tem de ir aonde o povo está”

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