segunda-feira, 15 de junho de 2015

CRÔNICA: A VOZ DO COMANDO

Tenho os pais ativos mas meus avós não existem mais
Meus bisavós ainda moraram por cá
E meus tataravós só andaram por lá longe
Tomaria muito tempo em dizer que navegaram
Instalaram-se, reproduziram e aqui estou
Até que foi rápido avançar a lógica do tempo
Mas o que quero falar mesmo é da Avenida e seus “com vivos”
Aquela com árvores cabeludas e um corguinho desmilinguido
Havia uma convenção digna das bizarrices de Roma ou Paris
Primeiro que, logo na porta havia uma cortina de pano
Segundo que, o segundo segurança tinha cinco palmos de altura
Terceiro que, a entrada custava uma hemorragia de notas vermelhas
A Polícia Federal tem as mãos firmes nas rédeas e isso alegra a Justiça
No mesmo dia Frankenstein e Conde Drácula morreram, ao mesmo tempo
Não escondo a alegria de estar vivo, não por nada disso, mas só por ela
Porque é nela que eu acredito enquanto escrevo delícias e ridículos
Enquanto os dias passam a condução avança e a esperança existe
Então as crônicas serão íntegras viagens com imagens e emoções

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