sábado, 19 de setembro de 2015

LENDA URBANA: DO TEMPLO

Reza a lenda que dois cavaleiros, um comerciante e outro professor, empreenderam uma campanha de reconhecimento pela cidade onde viviam. O comerciante era um típico capitalista possuidor de moedas cotidianas enquanto o professor era um mero mestre da sabedoria. A certa hora da noite os dois se viram às portas de uma festa onde o ingresso de entrada era o equivalente a uma quantia monetária que só o comerciante possuía. O professor por sua vez, sem conter moedas, continha lealdade, por possuir sabedoria. Foi então que uma velha bruxa vestida semi oculta em uma capa negra onde só se via seu nariz, sussurrou ao ouvido do comerciante prometendo-lhe a entrada naquela festa sem que gastasse suas findáveis moedas. O comerciante sem pensar duas vezes entrou na festa abandonando rapidamente o professor à porta sem qualquer comunicado ou saudação de companhia ou despedida. O professor tranquilamente logo prosseguiu sozinho a campanha pela cidade onde morava. No dia seguinte o professor foi ao estabelecimento do comerciante e com alguns fragmentos do tesouro que possuía de seus antepassados mandou servir o prato de comida mais caro do estabelecimento. Assim que o caro prato farto chegou à mesa, o professor fez um sinal ao comerciante para que viesse até ele e sentasse na cadeira. O professor proferiu as seguintes palavras ao comerciante: “Segure aqui a quantia equivalente a este prato de comida. Estou pagando esta comida. Mas não vou comê-la. Quero que você sirva este prato, que seja quente, a qualquer primeira pessoa que fizer este mesmo pedido de refeição. Tal pessoa não pagará por este alimento, pois já está pago aqui agora por mim”. Então o professor se despediu e levantou-se da mesa. A lenda conta ainda que durante muitos anos ninguém pediu tal prato naquele estabelecimento. A comida paga naquele dia pelo professor nunca apodreceu e o comerciante não mais ganhou dinheiro por décadas. Dizem que o professor sumiu no horizonte para ensinar povos distantes.
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MORAL DA HISTÓRIA: O dinheiro é um mau consequente e a sabedoria é um bem incontável.

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