sexta-feira, 25 de setembro de 2015

O NARRADOR FUTURISTA

(...) Acabara de chegar à Terra Santa, vindo a pé margeando o mar à sua esquerda desde Lisboa até Santiago de Compostela. Na sétima vez ele confessou. Após o ritual do botafumeiro em meio aquela euforia de peregrinos e turistas foi ao primeiro confessionário de madeira dos muitos que existem na Catedral. A primeira coisa que fez foi perguntar se havia algum padre que falava português. A segunda coisa que disse foi que era necessário ser da Ordem. O padre que ali estava era o mais velho sacerdote ativo e por mais que entendesse português atendeu ao primeiro pedido do confessor. O padre pediu que esperasse e depois de exatos 5 minutos voltou acompanhado de outro padre, talvez o mais jovem da Catedral. O velho padre disse ao confessor em galego: “Somos todos da Ordem”. E se retirou para sentar-se justamente num dos bancos à frente como se esperasse retomar sua função enquanto rezava suas orações. O confessor então passou longos 30 minutos em conversa com o confidente, dizendo-lhe tudo que era para ser dito. Ao final desse tempo o confessor e o padre saíram do confessionário e foram de encontro ao outro padre que curiosamente ainda estava concentrado em suas preces. Então o novo padre tocou no ombro do velho padre e disse-lhe: “O senhor precisará tomar o primeiro avião com destino à Roma para entregar uma carta do confessor nas mãos do Papa”. O confessor ficaria mais 3 dias em Santiago, sob tutela da Ordem à espera do próximo passo. (...)

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