quinta-feira, 22 de outubro de 2015

SOU EU MACULELÊ SOU EU

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Neste momento não sei se chove ou chora 
No céu ecoou um travão forte, enorme
Parecia galopar sobre nossas cabeças frágeis
Eu tenho esperança nesta força da natureza
Quando se estende por segundos seguintes
Penso que acontecerá alguma salvação
Este trovão é um estrondo de transbordo
Dos episódios que vem acontecendo na política do Brasil
Ele veio como um prelúdio de grito à beira do desespero
São isentos de tristezas os placares dos jogos de futebol
Os finais de novelas e o calor incontrolável
Os passatempos vão perdendo a graça
Por causa do sistema de organização do país
Como não sentir raiva em uma hora de noticiário?
Ver indivíduos de gravatas roubarem milhões
Sentarem-se aos montes em bancadas de veludo
Lesarem a sociedade, prejudicarem a nação
Dá vertigens imaginar a quantidade de "infiéis"
Desleais, ladrões, criminosos, malfeitores
Tantos a serem protegidos pela Constituição
Atrás das pompas do Palácio e seus setores
Departamentos falhos e sistemas labirínticos
Quando o trovão ronca eu torço para que acorde
Um feroz leão gigante ou estimule os justiceiros
E que remova a maldade por um sistema novo
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