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Procuro uma razão para estar aqui
E acabo por encontrar muitos sentidos
Alguns são tão rápidos que já sumiram
Outros aparecem enquanto ando tranquilo
Pode ser a atmosfera literária que em mim fixa
Ou a parede científica que escalo na Academia
Pode ser o fascínio por um berço luso lindo
Ou o sangue já corrente num corpo d´ouro longínquo
Não se importam as ondas ou os ventos comigo
Mesmo que declare poesias delirantes a estes domínios
Não se importam os doutores com os mestres distintos
Mesmo que os mestres tragam fórmulas do infinito
Em três salas faço um quarto e nesse quarto um abrigo
Meio que ausente por andar com uma bandeira às costas
Pronto a retalha-la sem feri-la ao reparti-la
Eu queria saber o fim da história agora
Mas suspeito que o fim é o mesmo que o princípio
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