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Minha Mãe (e já abro parênteses para dizer bem aquilo que convém) sempre tentou me frear. Suas asas, com penas indígenas, africanas e lusitanas me abafavam a ponto de me ocultar num escudo místico poderoso. Ainda assim ela me ensinou a fazer arroz, a sentar à mesa, a "somar as letras". Minha Tia (que é a minha mãe de leite) me liberava, tal qual a minha professora de química, que me dizia ser grande para o espaço onde eu estava. Eu tenho seis símbolos nas costas posicionados (maculados) a pontear a estrela de Davi. Na verdade eu não tenho onde cair morto e estou desejoso por ter mais filhos. Minha vó nunca leu as cartas para mim, mas em sonho ela me disse que a minha carta é o enforcado (isso dá muito o que pensar). Eu encontrei com o pessoal do teatro no salão superior da Galeria de Paris e pedi-lhes um conselho sobre qual entre dois personagens eu deveria assumir como a minha atual encarnação. Mas eu não posso revelar a minha decisão depois que eles opinaram ambos, porque agora eu vou tomar um banho em plena madrugada, enquanto a tempestade passa e depois eu vou dormir para me encontrar com o nada.
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quarta-feira, 30 de março de 2016
VOCÊ BEM QUE PODIA DORMIR SEM ESSA
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