terça-feira, 10 de maio de 2016

GENUINIDADE

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Só quem mora na mata das Minas sabe que para chegar ao mar do Rio é só descer as serras ou vice versa se quiser chegar na mata. Em pouco tempo eu expliquei que voltei de Portugal, não para passeio ainda que esteja à pé, pois sou um peregrino. Quando ando também rezo. Não se ofendam ambas as partes, mas o Brasil é um Portugal com mais gente. Chico Buarque consegue explicar melhor isso cantando. Mais calor, mais sujeira, mais florestas. A muvuca é grande. As filas de carros engarrafam o trânsito, mas de forma impressionante a fila anda. Lentamente, no patamar do ônibus é possível ver as marcas das balas saídas das pistolas nas barras de acrílico que “separam” as favelas do asfalto. Você olha para os lados da estrada e não há como construir uma nova faixa de circulação. Com a tamanha quantidade de gente nas metrópoles precisamos de mais cinco pistas de rodagem, que sejam umas por cima das outras, como uma cidade futurista, como as rodovias de Seattle. Novas Universidades Federais não resolvem problemas. Quantos problemas? Muitos problemas! Os alunos não têm Eurekas (ideias geniais) e faltam professores que espelham e apaixonam, como os que eu tive. A política nacional existente por causa do poder do povo gasta pompas supérfluas em índices numéricos ao invés de intercâmbios aproveitáveis científicos. A política nacional "alcançou a meta de concessão de 101 mil bolsas de estudos entre 2011 e 2014” *Fonte:http://g1.globo.com/…/governo-suspende-novas-bolsas-de-pos-…
Isto quer dizer que foram milhões de reais enviados para fora do país, diferentes dos milhões de reais gastos na Copa do Mundo de Futebol e na Olimpíada em breve dentro do país. Eu conheci países "aos trancos e barrancos", que são mais organizados por praticarem modelos simplificados que poderiam ser adotados pelo Gigante (Brasil) ao reciclarem materiais, extraírem riquezas do oceano, ordenarem com corpo pessoal capacitado o território, educando, protegendo e cuidando da sua sociedade. Bem podia haver uma lei natural que regesse a íntegra dos representantes máximos dos territórios. Sendo este talvez o cargo máximo do status humano, que é o poder sobre um território e a condução das pessoas inseridas nele, o poderoso cumpria de tal maneira eficaz o seu dever, que ao fim de um tempo alcançava naturalmente a glória. Depois da morte continuam a viver no respeito e na memória do seu povo. Enquanto todos os outros que vemos sem honras interrogados, duvidosos, incertos, maculados, confusos, desorientados, estes, são a desvirtuação do poder real.
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