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Meu último tutor era pacato. Vivia numa cave que de vez em quando saía. Falava comigo enquanto percorríamos para norte, para a divisa do rio. Ele falava sobre a caverna de Platão. Eu ouvia enquanto a paisagem de fora da nave (carro) movia. Sentia a atmosfera galega como uma névoa matutina fria que paira contínua mesmo em outra hora do dia. À beira rio, mirando o traço de uma extensa ponte branca com os pés de suas colunas a meio submergidos, eu estava dentro de um cenário constituído por uma montanha de pedras antigas, uma estrada milenar de cavaleiros e peregrinos e um forte castelinho que centrava a Vila, com casas, vinhos, brasão de armas, damas, até uma via duplicada paralela de ferro onde rodava uma maquinaria pesada que tracionava um comboio. No cenário que me circundava também constava o céu, a terra, o próprio mar na boca do rio, os barcos, os peixes e seus cristais do meu estudo, as gaivotas, todo o sul e toda língua portuguesa. Eu estava fora da caverna e continuava a formação em filosofia, ciências e letras.
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domingo, 7 de agosto de 2016
FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS
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