sexta-feira, 16 de setembro de 2016

VAZANTE

*
As fontes falhas desmascaram
Tanto os lunáticos desvairados
Quanto os velhacos experientes
Elas funcionam como guilhotinas
Ora afiadas que degolam a massa
Ora cegas (sem corte) deixando-os cômicos
É certo que todo rio leva e traz
Tudo quanto é coisa, crias e fins
Eu pensei que estava chegando
Vindo de norte às lágrimas ao sul
Mas na verdade afirmo partir farto
Em busca do que não me canso
Justamente a minha parte viva
E uma insaciável fome de Sede (Fundação)
Noutros ares que me encantam
Bem por beijos de beldades
Ou arquiteturas mais antigas
Essa tromba d´água armada alta
Uma hora cai também bendita
A lavar as porcarias humanas
Noutra hora proliferam pragas
Pode ser que Lisboa publique
A revelação do oculto régio
Pode ser que escale o Cristo
Sal do mar no corpo a pé levado
E é por isso que hei de caminhar
Como a Terra move-se no tempo
Semeando planos com olhares
Navegando mares de paixão
Com a fé inabalável no Supremo
E as chaves dos castelos no coração

*

Nenhum comentário:

HISTÓRIA PARA IARA: NOSTRADAMUS

Figura iluminada, sábia, por conta da bagagem, de grande parte da história do universo d'ontem, ao que se passa hoje e amanhã talvez. Fa...