domingo, 9 de outubro de 2016

PARA SER MAIOR

*
Que coragem a minha
Dizer com peso, fulo, puto 
Que o antigo “Dono da Casa”
Cedeu o território inteiro
Ao povo todo misturado
Uns dizem que no dia ele sentia
Dores de barriga, euforias exageradas
Outros dizem que ele amava
Sua própria vida e as que o pressionava
Que era em cima de um burro
Que palitava os dentes com a espada
Depois um grito pariu o progresso
As estradas foram alargadas
As cidades de concreto subiram
Rios que não secaram os poluíram
Nos palácios utensílios não usados
Mas que coragem a minha
Fumar palha como comer milho
Beber latas como se fossem taças
Soprar flauta na frequência exata
Consciente frente aos olhos da massa
Crente na certeza que o mando absoluto
É um conjunto de peças raras
Que estão algures dentro de uma mata
Destinada a um único iluminado
Que uma vez nascido sobe uma escada
Capaz de suportar o peso do poder imaginável
Até ao ponto de mandar navios cheios
De matérias vivas ou inanimadas
Para toda costa que se fale a Lusa
Mas que coragem tão astuta a minha
Dizer que o pensamento é um trabalho
Dentre todos os pensantes o que assentado age
Até mesmo de braços cruzados comanda Bandeirantes
E vive ileso bem no meio fio de dois lados
Um lado é o mistério da existência, a gênese
Outro lado é a consciência do destino, o máximo
*

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