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Eu levo sempre um punhado
De toques que são sons soprados
Na boca e nos dedos que abrem caminhos
Até chegar numa muralha maciça
Onde vejo a porta que me leva às calçadas
De pedras abstratas dos Paços lusitanos
Assentado, vejo a aorta da cidade
Um rio raso molha as asas de uma pomba
Outro rio molha as canelas de uma garça
Sem ouro no bolso, mas o céu como teto
As palmeiras são colunas que oscilam no vento
Enquanto falo com um mestre pacato
Sobre o Império que está marcado
No selo da alma de quem se revela
Para alegria máxima de quem acredita
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