quinta-feira, 10 de novembro de 2016

COMO QUIETO

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Não venho falar de meninas. Concluo o assunto com o título, pois gosto muito. Em tempos em que as pessoas entendem que “A” é “B”, será melhor dizer sobre esse abafado calor que me incomoda mais que qualquer flamenguista (na esportiva). O calor, para mim, é um dos convites para me fazer sair, como se fossem setas indicativas ou placas gravadas: “Vá para o mar!”. Não como uma expulsão, pois ainda que acenda ali na esquina um incenso de vez em quando, tenho sempre a palavra certa pra doutor não reclamar. A cidade terá uma nova administração a partir de janeiro de 2017. Estratégias funcionais e pró-ativas sobre os setores como a Educação e o Meio Ambiente são importantíssimos para o avanço e a melhoria dessa sociedade. Quando há chuvas fortes – por causa desse calor infernal – no centro da cidade principalmente e não só, a tromba d´água escorre pelas ruas, descendo pelos bueiros que vão dar ao córrego de nome “Lava pés”, corrente dentro e abaixo de duas grandes avenidas de nomes: Humberto Mauro e Astolfo Dutra. Porém, alguns bueiros, internamente estão entupidos no decorrer dos períodos sem chuvas. Estão entupidos de folhagens e galhos que fazem uma rede natural e que é agravada com os lixos que a população humana descarta pelo chão. A rede de drenagem não é eficaz. E digo sinceramente, só por ver a chuva cair e a água não descer, mas sim subir, afirmo o fato da ineficácia função da rede de drenagem e escoamento de água das chuvas (pluviosidade) da cidade. Análises e ações sobre o Meio Ambiente são funções profissionais que trazem à tona respostas da atual situação que se encontra a organização da cidade e o próprio funcionamento do Meio Ambiente; e isso inclui o comportamento humano. Quando eu cruzo a praça e vejo adolescentes e adultos descartando lixo no chão, é tão fácil prever que quando a chuva cair forte, como uma tromba d´água – por causa desse calor infernal – aqueles lixos entupirão os bueiros juntamente com as folhagens. Então as avenidas ficarão cheias por causa da água que desceu pelos bueiros junto com as folhagens, os galhos, o lixo humano e entupirá as curvas, os túneis e as bocas do córrego “lava pés”. Ele transbordará. Ao mesmo tempo a água que não desce pelos bueiros empoçará, unindo-se à água que vazou do córrego, e as ruas ficarão inundadas, com lixos e rejeitos de todas as más qualidades sanitárias à superfície onde locomovemos. Por isso, quando começar o ano que vem, (poderia ser até desde já) casemos (unir) a Educação com o Meio Ambiente. Tracemos estratégias para tratar a rede de escoamento com ações inclusive sobre as folhagens e os rejeitos arbóreos justamente sobre o córrego, seja por contenção ou recolha, com ciência de análise, experimento e ações para prevenir eventos de cheias instantâneas, justamente esses colapsos aquáticos fétidos. Elaboremos um plano assíduo, intensivo, prático, funcional e formador de Educação Ambiental nas escolas, às crianças e adolescentes, para tratarem a finalidade dos resíduos humanos nos devidos locais, nas lixeiras, e que haja distribuição das mesmas sobre o fundamental ordenamento urbanístico. Ao final de um ano com essas ações associadas, comparemos os registros de transbordos do córrego dos anos passados aos decorrentes e veremos notável diferença de ocorrência, isto é, espera-se que não ocorram ou ocorram menos, até o ponto de cruzar dados pluviométricos, em concreto uma ciência citadina exemplar para gerir e administrar um território com finalidades benéficas ao povo. Contudo, eu acabei de jantar, está um calor desgraçado, daqui a pouco vai chover, eu vou mesmo para o mar e não poderia ficar quieto.

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