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Não venho falar de meninas. Concluo
o assunto com o título, pois gosto muito. Em tempos em que as pessoas entendem
que “A” é “B”, será melhor dizer sobre esse abafado calor que me incomoda mais
que qualquer flamenguista (na esportiva). O calor, para mim, é um dos convites
para me fazer sair, como se fossem setas indicativas ou placas gravadas: “Vá
para o mar!”. Não como uma expulsão, pois ainda que acenda ali na esquina um
incenso de vez em quando, tenho sempre a palavra certa pra doutor não reclamar.
A cidade terá uma nova administração a partir de janeiro de 2017. Estratégias
funcionais e pró-ativas sobre os setores como a Educação e o Meio Ambiente são
importantíssimos para o avanço e a melhoria dessa sociedade. Quando há chuvas
fortes – por causa desse calor infernal – no centro da cidade principalmente e
não só, a tromba d´água escorre pelas ruas, descendo pelos bueiros que vão dar
ao córrego de nome “Lava pés”, corrente dentro e abaixo de duas grandes
avenidas de nomes: Humberto Mauro e Astolfo Dutra. Porém, alguns bueiros,
internamente estão entupidos no decorrer dos períodos sem chuvas. Estão
entupidos de folhagens e galhos que fazem uma rede natural e que é agravada com
os lixos que a população humana descarta pelo chão. A rede de drenagem não é
eficaz. E digo sinceramente, só por ver a chuva cair e a água não descer, mas
sim subir, afirmo o fato da ineficácia função da rede de drenagem e escoamento
de água das chuvas (pluviosidade) da cidade. Análises e ações sobre o Meio
Ambiente são funções profissionais que trazem à tona respostas da atual
situação que se encontra a organização da cidade e o próprio funcionamento do
Meio Ambiente; e isso inclui o comportamento humano. Quando eu cruzo a praça e
vejo adolescentes e adultos descartando lixo no chão, é tão fácil prever que
quando a chuva cair forte, como uma tromba d´água – por causa desse calor
infernal – aqueles lixos entupirão os bueiros juntamente com as folhagens.
Então as avenidas ficarão cheias por causa da água que desceu pelos bueiros
junto com as folhagens, os galhos, o lixo humano e entupirá as curvas, os
túneis e as bocas do córrego “lava pés”. Ele transbordará. Ao mesmo tempo a
água que não desce pelos bueiros empoçará, unindo-se à água que vazou do
córrego, e as ruas ficarão inundadas, com lixos e rejeitos de todas as más
qualidades sanitárias à superfície onde locomovemos. Por isso, quando começar o
ano que vem, (poderia ser até desde já) casemos (unir) a Educação com o Meio Ambiente.
Tracemos estratégias para tratar a rede de escoamento com ações inclusive sobre
as folhagens e os rejeitos arbóreos justamente sobre o córrego, seja por contenção
ou recolha, com ciência de análise, experimento e ações para prevenir eventos
de cheias instantâneas, justamente esses colapsos aquáticos fétidos. Elaboremos
um plano assíduo, intensivo, prático, funcional e formador de Educação Ambiental
nas escolas, às crianças e adolescentes, para tratarem a finalidade dos resíduos
humanos nos devidos locais, nas lixeiras, e que haja distribuição das mesmas sobre
o fundamental ordenamento urbanístico. Ao final de um ano com essas ações
associadas, comparemos os registros de transbordos do córrego dos anos passados
aos decorrentes e veremos notável diferença de ocorrência, isto é, espera-se
que não ocorram ou ocorram menos, até o ponto de cruzar dados pluviométricos, em
concreto uma ciência citadina exemplar para gerir e administrar um território
com finalidades benéficas ao povo. Contudo, eu acabei de jantar, está um calor
desgraçado, daqui a pouco vai chover, eu vou mesmo para o mar e não poderia
ficar quieto.
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