sábado, 14 de janeiro de 2017

...COÇANDO PARA TRABALHAR

“Alguns casos acontecem e sobre eles – após eles acontecerem – novas condutas e legislações entram em vigor num sentido de adaptação social justamente por terem acontecido”. O raciocínio é completo quando a prática do sentido literal se faz, ou seja, as coisas acontecem e isso serve de conhecimento para moldes, tendências e decisões posteriores. Certo? Essa é uma ideia que lembro ter sido exposta por um professor de engenharia agrícola quando num curso de operador agrícola numa vila no norte de Portugal. É de fato uma frase padrão, corriqueira e talvez com outros formatos de colocação. Na época ele falava sobre legislação de trânsito no âmbito rural, no sentido de tratores, sinalizações de produtos, mercadorias, aspectos de segurança, etc, e comentou que de acordo com novos acontecimentos vividos no meio agrícola as legislações iam se adaptando. Eu vivo numa cidade com 140 anos de existência, apenas. É um complexo citadino urbanístico novo comparado à história das civilizações. Em 140 anos circulam descendentes de 5 gerações desde os pioneiros. E os pioneiros eram bandeirantes, um grupo expedicionário capacitado contratado pelo primeiro Imperador e II para desbravamento do interior do Brasil, na busca por riquezas gerais, mapeamento geográfico e consequentemente embate e miscigenação genética na mistura re-pró-criativa de raças e povos. Quem fincou a bandeira do “aqui será” em minha cidade, foi um francês chamado Guido T. Marllière. Quando eu escutava sobre ele sempre pensava que ele era italiano, talvez por causa do primeiro nome. Um detalhe dispensável. Depois da fundação da cidade a mesma cresceu. No decorrer desse crescimento as estruturas urbanísticas foram em tese se aprimorando em benefício da sociedade. Numa balança podemos pesar avanço e retrocesso. É confortável dizer que tende para um lado positivo, ainda que aos “trancos e barrancos” a cidade se mantém. Na verdade o que mantém o peso positivo da cidade é ainda o seu formato arbóreo, uma natureza vegetal que abriga muitos pássaros, de corujas passando por araras até tucanos. Porém, há um peso negativo nesta balança. Está no subsolo da cidade, nem tão profundo assim, mas ali onde estão abrigadas as redes de esgoto, escoamento de dejetos e rejeitos urbanos. Pensou que era ouro? Ora, isso não é problema. Com precisão há uma complexa problemática nos canos e tubulações que conduzem para o veio aquífero, rios (erradamente) esses rejeitos da cidade. Vale ressaltar que neste sentido de evolução a cidade tem aspirações de realizar o tratamento de águas residuais ainda nessa década. Isto é ordenamento do território, pelo menos teórico. Contudo tem uma rede antiga, velha, gasta e com necessidade de substituição reforçada e funcional. No sistema político constitucional, quem toma frente dessas ações é uma empresa ou outro privado qualquer. Aqui ela se chama COPASA, e é quase a única fornecedora de serviços dessa natureza, que é proporcionar o bom e ideal funcionamento das funções hídricas da cidade. Pertence ao Estado Central que sedia a Capital, porém “atua, ou tenta atuar” em outras regiões de Minas. Aponto para o problema existente que é esta empresa não conseguir sanar solicitações de reparo da rede. Ora, pois a velha rede. E é preciso renová-la. Até um pescador sabe disso. Porém tende haver com capaz de qualidade. O fato de ter capital e aplicá-lo em perda de tempo, em verdade é burrice. É o rebaixamento de um local medieval podre, rústico, insalubre. Numa metáfora minimalista, porca, hilária e rebaixada eu diria que ao “cuspir no chão estoura um cano de conduta” ... “se quando chove então, candango, é um cheiro sujo de bosta, é um Deus nos acuda” ... “pioram os cães pelas calçadas e porcos nas praças com seus biscoitos, nem pombos são piores” ... “que se acenda um incenso a cada badalada do sino”... Sabe-se que a COPASA tem a árdua missão de manter o adequado funcionamento da rede ao mínimo de falhas do funcional. E não é brando ou bonito, não é cheiroso ou certo ter em pleno Século XXI vazamento da rede de abastecimento e coletas de águas após uma chuva média. Então é preciso olhar o mapa, debruçar sobre o esqueleto da cidade, (alguém escreveu sobre isso). O trabalho tende ser especializado e bem feito, todo trabalho na verdade tende ser renovado, engenhoso e funcional. Caso contrário é inútil, dispensável porém substituível por melhor capaz. Isso se aplica a tudo, a qualquer função trabalhista executora, inclusive o mando ativo. 
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