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A verdade é que a humanidade está abarrotada de desvios. Dos comportamentos mais complexos, estamos longe. Isso engloba a colonização de Marte. Por aqui os atos mais simples como andar, falar, portar, corrigir, acertar e outras bases, estão ao leu. Quem sabe das bases torna-se indispensável, está a par, é ímpar e anda sobre a linha que define o meio. Estes, rapidamente são identificados como "aquele". A grande maioria da sociedade é um pseudo robô. Tem alma mas não sabe tal como uma máquina precisa de petróleo para movimentar. Há muito tempo eu não reclamava tanto, por estar agradecido das muitas coisas boas que me surgiram. Mera ilusão já compreendida. O Verão já se foi e o inverno está a chegar. Voltei à minha terra natal, "cidade de gente boa", tudo indica que pelo menos uma Dama me quer vivo, comprei um chinelo novo, faço parte de uma equipe de trabalhadores. Mas quando saio, vou com a parte interna toda aberta, uma vontade imensa de viver, falar, beijar, ouvir, cantar, dançar, usar, tocar... Mas não encontro tribos, nem seus mestres. Encontro 10 amigos, uns quantos maluquinhos, outros quantos figurassas, e a outra parte que viso a conquista (no melhor sentido), está programada a recusar. A lua cheia proporciona identificar quem gosta dela. E se gostarem dela, gostarão também do sol que a luz dá a ela que a nós dá. E os círculos fechados de gentes mostram apenas as costas das pessoas o que dá a entender que a humanidade necessita de mais pessoas que mostrem as suas frentes. Que sejam boas.
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segunda-feira, 10 de abril de 2017
FAÍSCA: A LA KAFKA
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