domingo, 23 de abril de 2017

SACO CHEIO

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Está quase a chegar o dia 25 de abril. Marca de uma revolução portuguesa. Eu já tenho um texto pronto. Separei uma música que é dos tempos passados mas serve bem aos dias de hoje. Meus agressores são pobres coitados. Não sobem em coqueiros, fumam petróleo e o que há dentro de suas cabeças é ervilha. Mas eu pretendo voltar. Porque gosto muito de lá. Porque quando abro a porta de casa vejo um tempo calmo... Até parece que está tudo pronto. Passam menos carros vomitando sons, na pracinha crianças e adultos brincam enquanto pela noite a nebla vai chegando leve como um cavalo branco que pasta no jardim. No quintal de casa vai se construindo um mausoléu para lembrar os chutes do artilheiro. Mas nem tudo é calmaria. Talvez seria mais fácil amar uma russa a uma índia, só porque a estrada da branca esta na "conchinchina" e a da índia nessa zona de República toda lesada. Em falar nisso, me arrepia os cabelos da unha, tanto me faz secar os olhos, gera náuseas na língua, coceiras na alma, tenho vontade mesmo de voltar às ilhas, quando eu vejo a ferida do Brasil causadas por pessoas como "Juca Bala" e "Wu Yu", entre outros mais ou menos malfeitores do meio.
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Acredito que a vida é um mistério profundo com infinitas possibilidades de início, meio e fim, desde as formas, os elementos, as sensações (...