terça-feira, 6 de junho de 2017

SOLTEM OS LEÕES E PRENDAM OS LOUCOS

*
Como poderiam ser ordens
Prendam os malfeitores num buraco, vivos
Mandem os assassinos para a guerra no oriente
Tomem os bens dos que roubaram o baú
Calem os que não sabem o bem dizer
Dividam toda matéria inanimada dos que muito tem
Porque eu vou sair de casa
Isso não quer dizer que vou aparecer mais
Pode ser que engrote num recanto
Onde eu possa receber corajosos e aventureiros
Porque a humanidade é pior que imaginamos
Caim e Abeu já mostravam isso
Nem mesmo as bases, ainda que camufladas e tortas
São capazes de ensinar perfeito
Perdem-se no imperfeito gozo momentâneo
Com competições inaceitáveis de egos
Jogam lenhas alimentando fogueiras de barulho
São covardes e mentirosos debaixo das minhas barbas
Querem ser os calos das solas dos meus passos
Ora vejo poucos anjos distantes
Mas a todo momento demônios atentam
Então eu quero mesmo que vocês se explodam
Literalmente, a ponto de borrarem as calças de terror
Supliquem por alguém altivo, montado, de brio
Para que salve ao menos os que desejam
Uma harmonia simples, única e total
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