sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

ADEUS GERAIS

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Começou o último mês de 2017 e já escuto o primeiro apito da nave avisando que está tudo certo para a 17ª cruzada atlântica. Vivi mais um ciclo completo no berço que me faz forte. Passei 10 meses gerado dentro da Máquina Pública em Ofício. Aprendi o que não sabia. Agora sei. Apliquei o que sabia. Ainda sei. Confirmei a falta de óleo nas engrenagens. Mesmo assim vi o motor funcionar com suor, como milagre de "alguns todos nós". Comi, bebi, sujei, limpei, paguei... Contribui? (Questionaram-me). "E mamei direitinho na teta que eu tinha" (Cuspiram-me esse desaforo um dia e por dias seguidos senti úlceras. Passou). Convivi com Órgãos, Comitês, Universidades, Escolas, ONGs, Institutos, Clubes, Indústrias, Fábricas, Companhias, Associações, Grupos, Conselhos, Lojas, gentes vindas de outras cidades, Militantes, Militares, Idealizadores, Projetistas, Inventores, Produtores, Professores, Pesquisadores, Hospitalários, Fiscais, Agentes, Condutores, Construtores, Procuradores do Direito, partidos da direita, da esquerda, necessitados, gratos, ingratos, certos e errados. Pus os pés, as mãos, a boca, os olhos, ouvi a terra, sentindo o cheiro das riquezas culturais, patrimoniais, artísticas, artesanais, campestres, silvestres, naturais, rurais e humanas desse meu mapa Natal. Alegrei-me com resoluções de problemas ambientais e as chances de mostrar teorias e experimentar práticas para evitá-los, corrigir e melhorar o bem-estar. Entristeci-me com fulos, impacientes, autoritários, inertes exigentes para suprir suas individualidades ao telefone, na rua, boca a boca, em casa e com a mancha de radicais, afobados, inconsequentes, intriguistas e contraditórios, estes, alarmando rádios, esquinas, praças, mesas e ministérios sobre quase nenhuma árvore morta dentre "35 mil" (Jungle City), chuto "5 mil" manejadas suas cabeleiras exageradas. Enquanto os galhos e as folhas apodreciam, mais 1 mil examplares de espécies arbóreas - sem contar que os cabelos das podadas já estão crescidos - eram postas na terra para comer ultravioletas, fixar carbonos, sais minerais, húmus e beber a pouca chuva que ainda cai. Ao mesmo tempo que outras "30 mil" crescem vigorosas e o povo diz: "Tem gambá entrando na minha casa"... "Se ventar hoje cai um galho na caixa d'água"... Tenho dito: "Conservem os verdes nas cidades e preservem os remanescentes florestais originais. Conectem as ilhas de Mata Atlântica!". E não entendo como pode, estudantes uniformizados ainda jogarem sacos de plástico, papel e porcarias no chão? Onde estão os contentores de lixo e rejeitos recicláveis? Nós também precisamos muito de melhor e mais Educação. Os rios, os córregos, os bichos todos, as matas ciliares, os minerais e os metais nas serras, as cachoeiras, não podem extinguir! Não! Pude me expressar com todos os Secretários, Vereadores, Diretores, Chefias e pessoas diversas, eu, um fiável funcionário sedento por conhecimentos e enérgico por resoluções à disposição de muitos Setores da Máquina. Muito Obrigado a todos. Cataguases, amigos e familiares, Obrigado. Ao Prefeito Willian, Assessores e Auxiliares. À SAMA (Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente), ao José Emilton, Eduardo, Amarildo, Maria José, Manoel, Felipe, Tiago, Marco Aurélio, Jamaica, estagiários, adolescentes cidadãos e todos os colegas do Complexo Administrativo e da Sede. Ao amigo Marcelo do IEF MATA, Obrigado. Despeço-me grato. Vou ali estudar mais. Não chorarei por lamentos, ou talvez sim pela despedida dos elos que fizemos e mesmo sem vê-los sentirei forte, distante. Mas é sempre certo que vou com o coração cheio e aberto levar o meu País.
T.P.N.BRA.17.
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