sexta-feira, 27 de abril de 2018

MUDO

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Não reclamo tanto. Tenho digerido decepções e absurdos. Espasmos de satisfação. Mas tem hora que penso impaciente que nunca mais serei feliz. No campo (espaço), estou em meio à alguns combates, testes, tentações. Bons e males. Acham que eu tenho muito em mãos. Tenho tanto isso. E tento absolutamente nada mais que realizar o plano. Tive um sonho, um "castelo" recheado e a companhia numa estrada de emoções. Mas caiu o chão. Tem hora que a vida não tem nexo (motivação). Não faz sentido o tempo ser notado, ser constante e haver faltas extensivas. Então o amor se perde. Este estado investigativo, de calibragem, de vida, é como um trago, uma anestesia meditativa de poder inabalável. Isso coloca em evidência dentro da cabeça a atenção, o alerta sobre as coisas desse tempo agora. Perguntaram-me quem seria o próximo presidente do Brasil. Eu respondi mudo e desmotivado que os videntes saberão que é o último (pois não?). Perguntaram-me também sobre dividir o Brasil. Respondi meio que falante e apontando: "Tudo será uno. Do ocidente atlântico ao oriente pacífico. Do subsolo às superfícies, vias e ares."
Mundus Partum
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