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Antes, durante e depois do extravaso dos rios que compõem as paisagens outrora secas do cotidiano dos homens, aparecem os doentes, os fortes, os loucos, os maliciosos, os janotas, os propagadores de teorias e feitores de práticas tortas, os que registram, congelam e captam os movimentados, os textos, esforços expressos por bens de plástico, o ócio dos inúteis, a eloquência dos alcoolatras, mira os fracos, todos encravados nas unhas dos pés das serras que até antes do progresso vendido como combustível do sucesso, fracasso mudar a terra que continha as águas das chuvas e hoje são planícies que não param de sobrepor andares de torres de gentes submersas em sacolas de restos e folhas mortas de outros montes, que mesmo ao longe respondem às marés vivas, cheias e novas luas, salvando ao fim as almas boas e evaporando as ruins.
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