sexta-feira, 27 de março de 2020

O PALANQUE XXI

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As palavras tem poder. Eu visto a carapuça. Empunho lanças nas pontas dos dedos. Banho-me de escudos que nem imaginam o nome ou sobrenome. Faço uso do moderno. Mas, atento! Os da esquerda e os da direita aparecem assim como fantasmas, mancando, sedentos, com palavras erradas, uns com 10% da frase escrita certo. E há o silêncio. Pode ser três coisas ou mais. Uma é a renúncia do debate, outra é sinal de derrota, a terceira é consentimento. Daí pra frente pode ser várias coisas. Respeito, consciência, falta de tempo por estar ativo em outros debates, às vezes a pessoa morreu. Os símbolos rápidos da rede também já são corriqueiros. Não utilizo tantas outras redes, é verdade. Mas na rede do Zuckerberg o polegar pra cima é porque gostou. Coração porque gostou muito ou amou. Lágrimas são tristezas ou lamentos. Risadinha é porque é engraçado. Boca aberta é surpresa. E cara feia é reprovação. Mas, cuidado! Cara feia pode ter duplo sentido. Ou não gostou do que você manifestou ou não gostou de você por ter compartilhado. Tem-se uma gama enorme de outros emojis possíveis de se aplicar. Compartilhar é o bonde das campanhas de ataque ou defesa de alguma coisa ou alguém ou a réplica simplesmente de alguma coisa pronta qualquer. Pode ser que alguém ache que estou falando pra ela. Isso já me aconteceu algumas vezes, se leram dentro dos textos. Eu também já senti isso ao ler outras pessoas. Há pessoas que desvendam o sentido destas palavras, outras que interpretam a cabeça do autor com certezas das mais erradas. Venho escrevendo, àquela época em cadernos, desde os 17 anos quase todos os dias, sobre tudo. Tenho estudado dois livros, todos os anos. Leio outros finos, científicos e místicos mais que ficções. Acredito em algo que pouca gente acredita de outros tempos, mais novo que Moisés e o Novo Testamento. Mas pouca gente num Planeta abarrotado é relativo, pode equivaler a milhares de pessoas. Há pessoas que acreditam em tantas coisas que não existem e que existem. Coisas absurdas, possíveis, impossíveis, duas (dois sentidos). Mas este é o palanque XXI! Imagine o Da Vinci aqui? Imagine! Textos, imagens, expressões, verdades, mentiras, discussões sadias outras covardes. É aqui nesta porção de Mundo real, neste tablado virtual que se encontram ou desencontram bandeiras, crentes, explícitos, mascarados, certos, errados, sensatos, lunáticos, estando conectados até um dia ficarem desconectados.
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