terça-feira, 11 de maio de 2021

PARA QUEM RECLAMO?

*
A Praça Chácara Dona Catarina é um dos primórdios da cidade de Cataguases
A Praça da Catarina é um dos corações da Cidade
Antes da sua restauração por iniciativas privadas e públicas no ano de 2000, os mais antigos a conheciam pelas palmeiras imperiais
A conheciam por uma sombra próxima ao Mercado “CB”, em frente à Estação Ferroviária, semi cercada por um muro falhado, habitada pelos “pontas de aterro” daquela época
Depois de sua restauração vieram mais à tona as histórias do imóvel, da pessoa que dá nome à Praça, inclusive, ligada à um dos fundadores da Cidade
Vieram à tona as Histórias e ressuscitava-se as aspirações de Cultura...
Fora Museu, Galeria, Palco...
Hoje a Praça Chácara Dona Catarina abriga a Biblioteca Municipal da Cidade
Na Praça Catarina situa-se a Secretaria de Cultura da Cidade
Na Praça tem um vagão de trem – “fantasma” – alguns poucos bancos utilizáveis por uns quantos aposentados e outros quantos viciados
Na Catarina tem dois pontos de ônibus onde sobem e descem “no chute” mais de 500 pessoas por hora e circulam seguramente em seu miolo, por dia mais de 5 mil pessoas 
Em 2020 foram catalogados 93 exemplares de árvore sobre a Praça Chácara Catarina (cerca de uma dezena dessas plantadas nos últimos 4 anos, por um ex-secretário e o escritor), através de um trabalho voluntário de um estagiário finalista da Universidade de Viçosa na Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, trabalho este apresentado em dois Conselhos Municipais
Em 2020 foram instaladas na Praça Chácara Dona Catarina 14 lixeiras de ferro e madeira articuladas por um ex-secretário e o escritor, aprovadas pelo IPHAN e Conselho Municipal da área. (Em menos de 1 anos, já estão deterioradas não pelo tempo, mas pelo povo devido à falta de educação e responsabilidades públicas)
De 2017 a 2020, como funcionário coordenador temporário municipal, lidei com funcionários também temporários e efetivos, ociosos, incompetentes, rudes, sem amor ou paixão pela cidade, indignos de posições de trabalho, imprestáveis, antiaderentes de ações pró ativas; lidei com opositores, invejosos, maldosos, cidadãos que fotografavam, filmavam, faziam piadas, reclamavam, sujavam, lesavam; lidei com o “falecido Cerca Onça (?)”, que me chamou de “mamador de teta”; extrapolaram meu salário, e no fim até telefonemas perturbadores recebi...
A Praça Chácara Dona Catarina é um dos corações da Cidade e o que tentei ser foi, sangue... Entre pulsos em outras veias da Cidade
Hoje, ando com botas de borracha e uma bolsa amarela por Pontos Estratégicos nos extremos da cidade (Ferros velhos, galpões, borracharias, fábricas, depósitos, almoxarifados, etc; coletando larvas de mosquitos, combatendo a dengue e outras possíveis doenças, dando o sangue com amor, grato pela dádiva de um emprego conquistado, sem que reclamem muito ou quase nada de mim.
*

Nenhum comentário:

MANIFESTO LIBERTÁRIO VERDE

Todo manifesto vindo agora não é súbito. É um vagão que compõe a locomotiva do ser. Nem ocorre em estado de boêmia descontrolada, não se enc...